Crime aconteceu em 2016 e investigações identificaram os
envolvidos no tráfico internacional de drogas
Ministério
Público Federal (MPF) pediu à Justiça a condenação de um caminhoneiro e dois
funcionários de um terminal do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, por
envolvimento com o tráfico internacional de drogas. Após investigação, o trio
foi identificado como o responsável por tentar enviar 808 kg de cocaína à
Europa.
O
flagrante ocorreu em outubro de 2016, em um terminal localizado na Margem
Esquerda do cais, em Guarujá, durante fiscalização rotineira. Equipes da
Receita Federal interceptaram 30 malas de viagem com tabletes da droga nos
fundos de um contêiner com café, que seria embarcado em um navio com destino ao
Porto de Le Havre, na França.
A
operação ocorreu em conjunto com a Polícia Federal. Na ocasião, os agentes
verificaram que os traficantes utilizaram uma técnica criminosa, já conhecida
das autoridades, chamada de "rip-off loading". Isso é, quando uma
carga clandestina é escondida em meio a um carregamento legal, sem o consentimento
do real proprietário.
As
investigações apontaram, segundo a Procuradoria, que as malas com a droga foram
colocadas na caixa metálica antes dela entrar no terminal onde atracaria o
navio no cais. O caminhão que levava o contêiner desviou a rota e parou em uma
instalação localizada nas proximidades da Rodovia Cônego Domênico Rangoni.
Os
envolvidos na ação foram identificados após acompanhamento do sistema de
rastreamento da carga e de imagens de monitoramento das instalações. Segundo o
MPF, o caminhoneiro Josemar Mendes Bruno, o vigilante Daniel Macedo dos Santos
e o porteiro Clayton da Silva Lopes são os responsáveis pelo carregamento da
droga.
Durante
a apuração, as equipes federais ainda constataram que o vídeo gravado pelas
câmeras próximas ao local onde ocorreu a violação do contêiner, e onde foram
armazenados os tabletes de cocaína, foi apagado do sistema de monitoramento da
empresa. Dias antes, policiais tinham fotografado parte das imagens captadas.
Em
depoimento, conforme o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, Josemar
admitiu que receberia R$ 3 mil para desviar a rota de entrega do contêiner, e
que deveria permanecer na cabine do veículo enquanto a caixa era aberta.
Entretanto, disse desconhecer o que seria colocado no carregamento.
Para
o procurador, Daniel e Clayton apresentaram uma "decorada história
fantasiosa", ao afirmarem que não tiveram qualquer envolvimento com a
tentativa de envio de droga. Eles afirmam não serem os responsáveis por apagar
as imagens, mesmo sendo os únicos com as senhas do computador e com acesso à
sala de gravação.
Nobre
também explicou que os dois funcionários da empresa também negaram qualquer
envolvimento com o motorista do carro que levou a droga ao local. Nas imagens
originais, observadas pela equipe da polícia no início da investigação, a dupla
aparece se aproximando do veículo e conversando com o condutor.
Com
base nas provas, o procurador está certo de que os três estão envolvidos no
carregamento. Caso sejam condenados pelos crimes de tráfico internacional e
associação ao tráfico, as penas poderão variar de oito a 25 anos, mais os
agravantes pela ação ter ocorrido em local coletivo de trabalho e considerado
transacional.
Fonte:
G1 Santos
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