As organizações criminosas embarcavam drogas nos portos de
Itapoá, Navegantes e Itajaí
Motoristas
responsáveis pelo transporte de contêineres, despachantes aduaneiros,
funcionários dos portos, pessoas que trabalhavam em galpões onde as drogas eram
enxertadas na carga lícita, e os chamados empresários do tráfico — com alto
poder aquisitivo, foram presos nas operações Oceano Branco e Contentor. As
quadrilhas de Santa Catarina tinham contatos em outros estados, inclusive no
exterior.
Entre
os bens e imóveis sequestrados, que pertenciam aos investigados, está uma
revendedora de automóveis e uma imobiliária de Joinville. Entre os presos há
pelo menos quatro proprietários de empresas. Os nomes dos envolvidos não foram
divulgados pela polícia.
A
investigação partiu do acionamento de instituição pública da Dinamarca, na
Europa, que apreendeu grandes quantidades de cocaína em julho de 2015. A droga
havia partido do Brasil. Foi aí que a polícia descobriu que haviam organizações
criminosas embarcando drogas nos portos de Itapoá, Navegantes e Itajaí. Pelo
menos seis operações foram realizadas em SC e outras seis em países da Europa
(Bélgica, França, Itália e Espanha). A investigação descobriu ainda que a droga
também era distribuída no México e no Canadá.
Segundo
a PF, as drogas chegavam em Santa Catarina por transporte aéreo. A cocaína que
vinha de países vizinhos, como a Bolívia, era desembarcada em um aeroclube em
de São Francisco do Sul, no Norte do Estado. A droga era inserida em cargas
legais que eram desviadas das rotas com ajuda dos motoristas dos caminhões. A
transferência da droga para as cargas ocorria em galpões do grupo investigado.
O
patrimônio de dois chefes das organizações, que são os principais alvos, gira
em torno de R$ 150 milhões. Segundo a PF, as exportadoras não tinham
conhecimento do esquema.
Engrenagem
que abastecia países europeus de cocaína funcionava por terra, ar e mar
Redes
de traficantes catarinenses e estrangeiros, entre eles um mexicano que
camuflava cocaína em blocos de granito, constituíam as quadrilhas de tráfico
internacional de drogas desmanteladas pela Polícia Federal de Santa Catarina.
Desde
março de 2016, as seguidas apreensões de cargas milionárias da droga dentro de
contêineres em portos catarinenses chamavam a atenção no meio policial do
Estado. Desde então, policiais federais e a Receita Federal adotavam estratégia
de ação conjunta nos trabalhos.
Os
criminosos continuaram as tentativas de enviar cocaína na conexão à Europa. A
complexa apuração das duas instituições com monitoramento policial terminou com
mais de 10 toneladas de cocaína recolhidas. Assim, a operação está nas
estatísticas como entre as três de maiores apreensões da droga na história do
País.
O
rastro dos agentes contou até com uma campana de um avião de pequeno porte
trazendo a droga ao pousar no aeroclube de São Francisco do Sul, Litoral Norte.
Os policiais acompanharam e fizeram um flagrante na rodovia sem levantar mais
suspeitas.
A
PF garante ter tudo filmado, cuja divulgação ainda é prejudicada em razão do
sigilo do inquérito determinado pela Justiça Federal em Joinville. Por
enquanto, apenas advogados das partes estão tendo acesso ao conteúdo que
incriminaria dezenas de patrões do tráfico em Santa Catarina, principalmente do
norte do Estado.
O
que se sabe é que se trata de um grande esquema criminoso envolvendo falsos
empresários de fachada que ostentavam vida de luxo a partir da compra e venda
de cocaína.
Pelo
ar, terra e mar funcionava a engrenagem do tráfico internacional que abastecia
de cocaína os países europeus. O mexicano que escondia a coca nos granitos agia
a partir de Imbé, cidade litorânea do Rio Grande do Sul e está foragido.
Um
dos supostos líderes que vivia em Santa Catarina já havia sido flagrado com
cocaína em Barra Velha há mais de dez anos. Na época, era considerado peixe
pequeno. Pois ele saiu da cadeia e surpreendentemente reapareceu atualmente
como sendo um dos que desfrutavam da vida milionária a partir dos negócios
ilícitos.
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