Incidente foi causado
pelo lançamento de água de lastro do navio atracado no píer 1
Um
curto-circuito provocou um princípio de incêndio no píer 1 da Alemoa, na Margem
Direita do Porto de Santos, na manhã desta quinta-feira (5). Com isso, as
operações com gasolina, que são realizadas pela Petrobras, foram paralisadas
por três horas. Ninguém ficou ferido. A Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp) considerou que o incidente envolveu apenas o surgimento de fagulhas no
local.
O
caso aconteceu às 6h18, quando o navio Eagle descarregou água de lastro sobre o
píer 1, inundando a plataforma e conduítes do sistema elétrico da instalação.
Com isso, um curto-circuito aconteceu no eletroduto de alimentação do braço de
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
O
problema poderia ter sido maior se a estrutura estivesse em operação. Mas, no
momento do curto-circuito, o sistema elétrico estava em manutenção.
De
acordo com a estatal que administra o Porto de Santos, o incidente foi
observado pela equipe de fiscalização da Autoridade Portuária que estava no
local. Imediatamente, ela solicitou o desligamento da energia elétrica ao
operador da área, que é a Transpetro, subsidiária da Petrobras no cais
santista.
Em
seguida, a Guarda Portuária e sua brigada de incêndio, que conta com caminhão
autobomba, foram acionadas. Os técnicos da Transpetro efetuaram os reparos
necessários no cabo avariado e, após inspeção pela Gerência do Setor Elétrico
da Codesp, as operações com combustíveis foram retomadas às 9h24.
O
navio Eagle atracou no píer 1 da Alemoa na noite da última quarta-feira para o
embarque de 26.250 toneladas de gasolina. A manobra de saída do Porto de Santos
está prevista para a manhã de hoje, de acordo com a programação da Praticagem
de São Paulo.
Água de Lastro
A
Companhia Docas proíbe o despejo de água de lastro sobre cais e píeres. Cabe à
Autoridade Portuária a fiscalização e o monitoramento ambiental do complexo. No
entanto, a estatal não fará qualquer procedimento diante do descumprimento da
norma, que foi flagrado pelos técnicos da empresa.
A
água de lastro é recolhida no mar e armazenada em tanques nos porões dos
navios. O objetivo é dar estabilidade às embarcações enquanto elas estão
navegando.
Em
alto-mar, um navio sem lastro pode ficar descontrolado, correndo até o risco de
partir ao meio e afundar. A água compensa a perda de peso de carga e
combustível, regulando a estabilidade e mantendo a segurança da navegação.
Por
outro lado, a água de lastro é uma das grandes ameaças ao equilíbrio marinho.
Isto porque ela carrega organismos exóticos de um ecossistema (onde está
integrado) a outro (no qual não conta com predadores), causando danos à saúde
humana, à biodiversidade e às atividades pesqueiras das regiões onde é lançada.
Investigações
Como
o curto-circuito aconteceu em função do despejo de água de lastro do navio,
segundo a Codesp, o incidente será investigado exclusivamente pela Capitania
dos Portos de São Paulo (CPSP), órgão da Marinha do Brasil.
Assim
que informada sobre a ocorrência, a Autoridade Marítima enviou peritos ao local
e vai abrir um Inquérito Administrativo de Fatos da Navegação, a ser concluído
em 90 dias.
Procurada,
a Petrobras informou em nota que, na manhã de ontem, “foi identificado um
pequeno faiscamento em um eletroduto do Píer 1 do Terminal de Santos (SP). A
situação foi imediatamente corrigida por técnicos da companhia”.
A
empresa também comunicou que, “por questões de segurança”, ela interrompeu
“momentaneamente a operação que estava sendo realizada no píer. Não houve danos
às pessoas, ao meio ambiente e às instalações”. E destacou que “as operações
foram retomadas ainda pela manhã”.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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