A comitiva brasileira visitou instalações da Guarda
Costeira norte-americana em Washington, Norfolk e Miami, onde manteve contatos
com autoridades militares e civis daquele país
O
Diretor-Geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto
Tokarski, integrou a comitiva brasileira que visitou, na semana passada,
instalações da Guarda Costeira dos Estados Unidos da América, em Washington D.C.,
Norfolk e Miami. Na ocasião também se discutiu
sobre o Código Internacional para
Segurança de Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code), que foi criado pela
Organização Marítima Mundial.
A
comitiva, liderada pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da
Amazônia – Censipam, também contou com a participação do diretor daquele
Centro, Rogério Soares, do COordenador do Comando de Operações Táticas – COT /
Serviço de Polícia Marítima da Polícia Federal, Delegado Marcos Santos, do
Adido Naval do Brasil nos Estados Unidos e Canadá, Contra-Almirante Newton
Calvoso Pinto Homem, e do Diretor do Centro Integrado para Combate ao Crime
Organizado com Ênfase em Narcotráfico (Ciccon), Cláudio Mendes.
Durante
os cinco dias da missão, a comitiva brasileira visitou o Quartel General da
Guarda Costeira americana, em Washington, a Área Atlântica da instituição, em
Portsmouth/Norfolk, e o Comando do Sul, (SouthCom), em Miami, onde avistou-se
com autoridades militares e civis daquele país para debater aspectos de comando
e controle, operações voltadas a missões de segurança nacional – busca e
salvamento, aplicação da Lei Marítima e segurança nos portos.
Na
ocasião, a Marinha do Brasil, o Ministério da Defesa, a Antaq e o Serviço de
Polícia Marítima da Polícia Federal do Brasil reuniram-se com lideranças da
Guarda Costeira dos EUA, com o objetivo de fomentar relacionamentos
profissionais através de interações e reuniões com lideranças das respectivas
instituições representadas.
A
visita dá início às negociações para acordos bilaterais entre a Guarda Costeira
dos EUA e a Marinha do Brasil, no âmbito da aplicação da lei de segurança da
navegação no Brasil, e para criação do cargo de adido da Guarda Costeira dos
EUA, em Brasília. A visita também promoveu encontros pessoais e abriu o caminho
para discussões voltadas à elaboração do rascunho de Memorando de Entendimento
para Compartilhamento de Informações entre os dois países na área da segurança
da navegação.
Para
o Diretor-Geral da Antaq, a missão proporcionou uma oportunidade de tratar com
as autoridades brasileiras a segurança da navegação no Brasil, especialmente
nos rios da Amazônia, onde a pirataria vem crescendo em ritmo alarmante,
gerando, com isso, enormes prejuízos materiais e de vidas.
Segundo
Tokarski, por conta dessas pilhagens, que são cada vez mais frequentes, os
fretes cobrados na região já estão encarecendo por conta de novos custos para
os armadores na contratação de segurança privada, dentre outros. “Isso não pode
continuar, sob pena de inviabilizarmos os produtos produzidos na região, no
caso eletrônicos, e os combustíveis, tornando-os mais caros para toda a sociedade
da Amazônia”, salientou o diretor-geral da Antaq, acrescentando que a maior
parte dos assaltos ocorrem em áreas onde não há nenhum sistema de comunicação
disponível, dificultando a ação da polícia.
Fonte:
ANTAQ
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