Os
trabalhadores “abraçaram” simbolicamente o porto, gritando palavras de ordem
para protestar contra a desestatização
Os
portuários, unidos à classe trabalhadora, realizaram na manhã desta
terça-feira, dia 5, um ato solidário de união em defesa do patrimônio público. Os
trabalhadores “abraçaram” simbolicamente o porto, gritando palavras de ordem
para protestar contra a desestatização. Os trabalhadores ainda interditaram uma
faixa da Avenida Getúlio Vargas sentido Palácio Anchieta com um carro de som.
O
protesto, que teve início às 7h, com concentração em frente ao prédio 4 da
Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), terminou por volta das 9h. Ao todo, 14 sindicatos participaram do
protesto, além de federações e centrais.
Em
um carro de som, os trabalhadores fizeram um alerta para as consequências da privatização
da maior empresa pública do Estado, que vai trazer impactos negativos para a
economia capixaba.
De
mãos dadas, os trabalhadores fizeram um "Abraço ao Porto" contra a
privatização da Codesa. Foi formada uma corrente humana em torno do porto,
mostrando à sociedade a necessidade de união das categorias para defender o
patrimônio público.
Esse
é o segundo "Abraço ao Porto" realizado em torno da empresa. Em 1990,
o Movimento Nacional em Defesa dos Portos (MNDP) foi uma grande mobilização,
quando o então presidente Collor propôs uma nova legislação portuária que
modificou as questões institucionais, bem como toda a relação capital e
trabalho.
O
MNDP foi criado em Vitória, como parte de um processo de unificação de
estratégia sindical, que teve papel estratégico e foi marcado por um grande
"abraço ao porto público".
FNP
Eduardo
Guterra, presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), criticou o
modelo de privatização proposto. “Não podemos perder o controle em cima dos
nossos portos. Com a privatização, estaremos implantando um modelo portuário
que trará monopólios e cartéis, fazendo com que cargas deixem de operar pelo
nosso porto. Além disso, não podemos aceitar que trabalhadores concursados
sejam demitidos”, disse.
Suport
O
presidente do Suport-ES, Ernani Pereira Pinto, fez críticas ao governo Temer.
"Dizemos não ao entreguismo do patrimônio público. Querem nos privatizar e
não vamos aceitar. Esse governo não fala a linguagem da classe trabalhadora. Os
portos são essenciais para manter a economia e os empregos que são
gerados", destacou Ernani. Essa privatização vai abranger todos os
envolvidos na logística portuária, trabalhadores vinculados ou não a Codesa e
outros na área administrativa. Creio que isso vá trazer um prejuízo ao porto e
a sociedade capixaba”.
Participaram
da manifestação, o Suport-ES, os Sindicatos dos Estivadores, dos Arrumadores,
dos Vigias, dos Amarradores e dos Conferentes, da Guarda Portuária do Espírito
Santo (Sindguapor-ES), dos Trabalhadores em Transporte Aquaviário (Aquasind), a
Central Única dos Trabalhadores (CUT) , a Central dos Trabalhadores Brasileiros
(CTB), a Federação Nacional dos Portuários (FNP), a Federação Nacional dos
Estivadores (FNE), a Federação dos Conferentes e Arrumadores, a Associação dos
Operadores Portuários (Aopes) , além de trabalhadores da ativa, aposentados e
pensionistas da Codesa, portuários avulsos, vinculados de terminais e
trabalhadores em geral.
A
Polícia Militar acompanhou todo o protesto. Apesar de os trabalhadores terem
ocupado uma faixa da pista e causado lentidão no trânsito, o tráfego de
veículos continuou fluindo normalmente.
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