Baixada
Santista não é a única que registra acidentes deste tipo
No
início deste mês, um contêiner caiu de uma carreta que trafegava no bairro
Macuco, em Santos, durante a madrugada. De acordo com a Guarda Portuária, o
condutor seguia em direção à Ponta da Praia, quando o contêiner se soltou do
veículo e caiu. Não houve feridos no acidente.
A
Região não é a única a registrar este tipo de ocorrência. Em julho de 2015, um
contêiner caiu de um caminhão na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. Também não
houve feridos e a operação de retirada do contêiner levou mais de duas horas.
Já
em 2012, em Manaus, um contêiner que estava sendo transportado por um caminhão
tombou e caiu em cima de um carro. O condutor do veículo, de 49 anos, não resistiu
aos ferimentos e morreu.
A
Baixada Santista tem um trânsito intenso de caminhões devido às operações
portuárias. Por isso, a Reportagem questionou a Companhia Docas do Estado de
São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) para saber como é realizada a
operação que prende o contêiner ao caminhão, quem fiscaliza esse procedimento e
quais medidas são tomadas para evitar que mais acidentes como os descritos
aconteçam e possam ter consequências mais graves.
Segundo
a Codesp, a operação de travar o contêiner no veículo é de responsabilidade do
caminhoneiro e a fiscalização de trânsito dentro dos limites do Porto
Organizado é realizada através da Guarda Portuária.
“As operações verificam, dentre outros itens,
se o veículo trafega com o contêiner travado, com o objetivo de prevenir
acidentes como o citado”, afirma o órgão.
Já
a Companhia de Engenharia de Trafego (CET) disse que oferece apoio operacional
às ações da Codesp na área portuária e no restante do perímetro.
Também
são realizadas juntamente com a PM, blitze visando à fiscalização do
acionamento adequado de lockers (travas de segurança).
Sindicam
confirma que responsabilidade de travar contêiner é do caminhoneiro. Segundo o
presidente do Sindicato dos Caminhoneiros da Baixada Santista (Sindicam),
Alexsandro Viviani, a operação de travar o contêiner é mesmo do caminhoneiro e
que a fiscalização durante a operação só é mais severa quando o contêiner está
cheio.
“O
motorista está ciente disso e da responsabilidade dele, caso aconteça um
acidente ocasionado pela falta das travas. Andar com contêiner solto é perigoso
não só para o trânsito, mas o próprio condutor”, explica Rodrigo.
Ele
diz que quando acontece um acidente, quem apura as causas é a Polícia Militar e
caso seja confirmado que a caixa metálica estava solta, o motorista é multado
em mais de R$ 1 mil por locker (são quatro) e responde juridicamente.
“Existem
dois tipos de acidentes com contêineres em trânsito. Um deles é causado quando
a transportadora não acondiciona de forma correta a mercadoria e ela acaba se
mexendo podendo causar o tombamento do caminhão, mas sem a soltura da caixa. Já
o outro tipo é quando o contêiner cai do caminhão pela falta de trava”, detalha
o presidente.
Fonte:
Diário do Litoral
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