Substância
estava armazenada em cilindros "esquecidos" no cais por 20 anos
A Companhia
Docas do Estado de São Paulo (Codesp) foi multada em R$ 500 mil pelo vazamento
de gás tóxico e inflamável de um cilindro armazenado irregularmente no Porto de
Santos, no litoral de São Paulo. A penalidade foi aplicada pelo secretário
estadual do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na última quarta-feira (2).
O
vazamento foi constatado na segunda-feira (31). Segundo a Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (Cetesb), houve vazamento de fosfina durante a
transferência de cilindros entre armazéns. Trata-se de um gás inflamável
incolor que ocasionou poluição atmosférica e consequente risco à população.
De
acordo com Salles, o vazamento do cilindro foi "pequeno", mas existiu
risco de segurança. A transferência dos compartimentos entre os armazéns foi
realizada nos últimos dias após uma solicitação do Corpo de Bombeiros.
"Eles estão separados por grupos em um local arejado e em um galpão
exclusivo".
O
secretário ainda informou que a partir do próximo dia 10 a autoridade portuária
será multada em R$ 250 mil por dia caso não execute uma destinação aos
cilindros. "Estabelecemos um cronograma até a próxima semana para que a
Codesp apresente um plano definitivo, seja avaliado e executado em
seguida".
Ao
todo, a Codesp mantém irregularmente 115 cilindros semelhantes contendo gases
tóxicos e inflamáveis. Eles foram "esquecidos" no cais por duas
décadas, até que a autoridade portuária decidiu por queimar as substâncias em
Guarujá (SP), onde o Conselho Municipal de Meio Ambiente vetou a proposta.
Em
uma vistoria realizada no último dia 20, a Cetesb já havia multado a Codesp em R$ 50.190,14 pelo armazenamento irregular desses cilindros. A autoridade
portuária foi obrigada ainda na ocasião a apresentar um plano de contingência e
um plano de trabalho ao órgão, que passou a monitorar o local.
O caso
A
existência dos cilindros de 20 anos foi revelada depois que a Codesp, a
autoridade portuária, solicitou autorização ao Conselho Municipal de Meio
Ambiente de Guarujá para queimar os gases na cidade. O pedido foi negado, e o
Ministério Público solicitou para que a estatal apresentasse um novo plano.
O
Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) do MP abriu um inquérito
para investigar o caso, e pediu um plano de destinação à estatal. Por enquanto,
a Codesp ainda não apresentou uma solução, que é avaliada também por uma equipe
terceirizada contratada para realizar o serviço.
A
autoridade portuária informou anteriormente que mantém monitoramento 24 horas
no armazém onde estão os cilindros, e que a área está segura e estável. A
Codesp foi procurada para comentar a multa aplicada pela autoridade ambiental,
mas ainda não se pronunciou sobre assunto.
Fonte:
G1 Santos
* Esta publicação é de inteira
responsabilidade do autor e do veículo que a divulgou. A nossa missão é manter
informado àqueles que nos acompanham, de todos os fatos, que de alguma forma,
estejam relacionados com a Guarda Portuária e a Segurança Portuária em todo o
seu contexto. A matéria veiculada apresenta cunho jornalístico e informativo,
inexistindo qualquer crítica política ou juízo de valor.
* Direitos Autorais: Os artigos e notícias,
originais deste Portal, tem a reprodução autorizada pelo autor, desde que, seja
mencionada a fonte e um link seja posto para o mesmo. O mínimo que se espera é
o respeito com quem se dedica para obter a informação, a fim de poder
retransmitir aos outros.
COMENTÁRIOS
Os comentários
publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A
responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários
anônimos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos. Caso não tenha conta no Google, entre como anônimo mas se identique no final do seu comentário e insira o seu e-mail.