Elas são as responsáveis por administrar um complexo
marítimo, zelando pela realização das atividades com regularidade, eficiência,
segurança e respeito ao meio ambiente
Fiscalizar
ou executar as obras de construção, reforma, ampliação e melhoria das
instalações em portos de todo o País estão entre as atribuições das autoridades
portuárias. Elas são as responsáveis por administrar um complexo marítimo,
zelando pela realização das atividades com regularidade, eficiência, segurança
e respeito ao meio ambiente.
Com
relação ao tráfego aquaviário, as autoridades portuárias têm a atribuição de
autorizar a entrada, a saída e o trânsito de embarcações. Para isso, são
ouvidas as demais autoridades do porto, como as capitanias dos portos.
No
Porto de Santos, a União, criou uma pessoa jurídica específica para tal
atividade, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A empresa iniciou
sua atuação com as funções de administradora e operadora portuária, ou seja,
cuidava da movimentação das cargas e da infraestrutura do cais, dos acessos
aquaviário, rodoviário e ferroviário internos e dos serviços de abastecimento
de água e energia.
Essas
atividades continuaram até 1993, quando foi promulgada a Lei de Modernização
dos Portos (nº 8.630), que permitiu a operação de mercadorias pela iniciativa
privada e incentivou o arrendamento de áreas do complexo. Com isso, a Docas
deixou a operação e se concentrou na fiscalização e na gestão do cais santista.
Suas
funções só foram alteradas 20 anos depois, com a promulgação de um novo marco
regulatório (Lei nº 12.815), que retirou as funções de fiscalização,
planejamento e concessão (de áreas) da companhia. Essas atividades foram
transferidas para a Secretaria Nacional de Portos da Presidência da República
(pasta a que a Docas está subordinada) e à Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq, o órgão regulador do setor).
Apesar
de tradicionalmente chamada de estatal, ela é uma sociedade anônima. Seu
principal acionista é o Governo Federal, que detém 99,97% de seus papéis e, por
isso, tem o poder decisório.
Os
0,03% estão divididos entre mais de uma centena de acionistas. Entre eles,
estão a Prefeitura de Santos, órgãos benemerentes da região, funcionários da
companhia, ex-diretores, políticos, advogados, sindicalistas, empresários e
representantes de entidades públicas.
As
ações não são negociadas em bolsa. Elas foram adquiridas na época da criação da
empresa, em 1980. Mas nesses 36 anos, alguns acionistas resolveram vendê-las ou
doá-las, de modo a permitir que outras pessoas se tornassem acionistas.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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