Denúncia feita por trabalhador portuário que não quis se
identificar temendo represálias. A justificativa é de que salário-base dos
guardas é maior do que o do novo quadro funcional
Na
última semana, o JB recebeu uma denúncia de um trabalhador, que não quis se
identificar, pertencente à Guarda Portuária (GUAPOR), que tomou conhecimento do
que foi discutido na reunião da Comissão de Elegibilidade da Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), a qual apontou a possibilidade da
estatal colocar a corporação da GUAPOR em quadro de extinção. Segundo ele, a
justificativa é de que o salário-base dos trabalhadores é muito superior ao
teto estipulado no novo quadro funcional que a empresa pública pretende adotar.
"Não
haverá nem mesmo Plano de Demissão Integrada (PDI), todos irão para o quadro de
extinção. Não há novo quadro que beneficie ninguém. Era mentira aqueles quadros
que a Appa mencionava anteriormente, quando diziam que tudo estava sob
apreciação do governador. Foi tudo história para otários, este quadro novo é 'bucha',
teremos que acionar a justiça para procurar nossos direitos", denuncia a
fonte.
Na
reunião da Comissão de Elegibilidade foi dado ciência de que os guardas estariam
no quadro em extinção. “O detalhe é que
tal decisão baseia-se em resoluções do Conselho de Administração da Appa
(CONSAD), sendo este um ato notório da administração portuária", explica a
fonte. Segundo ele, a GUAPOR, antes de ser da APPA, é um órgão do Governo
Federal. "Por isto estamos
vinculados diretamente à Autoridade Portuária. Somos regidos por resoluções do
Ministério da Justiça (CONPORTOS), portarias da SEP, Leis Federais, decisões do
Supremo Tribunal Federal (STF). Todas estas se sobrepõem à resolução de um
Conselho de Administração do Porto, portanto, só podemos ser extintos pelo
poder concedente. O ato da APPA pagar nossos salários é resultado de Portaria
da União e da Lei 12815/2013", explica.
Prazo para recorrer
De
acordo com o portuário, os guardas terão 10 dias para recorrer a partir da
publicação da portaria do CONSAD, algo que ainda será feito. "Acredito que
o Sindicato dos Trabalhadores Portuários (Sintraport) irá realizar uma
orientação e produzir uma defesa para ser protocolada na Appa. O ato da
administração portuária não cabe à Guapor, visto que somos subordinados à
autoridade portuária", critica o servidor.
Segundo
o trabalhador portuário, a representante dos trabalhadores e guardas
portuários, Maria do Socorro, não concordou com a decisão de colocar estes
servidores no quadro de extinção. "A gestão deles acaba no próximo
semestre, mas de qualquer forma, independente do sindicato, eu vou entrar com
um mandado de segurança individual", informa a fonte que não quis se identificar.
Segundo a mesma, a diretoria da Appa está fazendo o novo quadro junto com o
Conselho de Administração e é válido ressaltar que, enquanto há a possível
proposta de extinção, o Governo do Estado realizou um aumento de todos os
conselheiros e diretorias da Appa.
Sem porte de arma e
uniformes para UASP
Vale
destacar que a corporação ainda se encontra sem a renovação do seu porte de
arma e, consequentemente, trabalhando desarmada, inclusive irregular no serviço
de escolta aos caminhões que saem do Pátio de Estacionamento em direção aos
pontos de descarga no Porto de Paranaguá, conforme registro de Boletim de
Ocorrência feito na Delegacia de Polícia no dia 25 de abril pelo guarda
portuário e vereador, Luiz Maranhão (PSB).
A
APPA também abriu o Pregão Eletrônico 584/2017 no valor de R$ 110.289,59 para
compra de uniformes e calçados operacionais aos agentes da Unidade
Administrativa de Segurança Portuária (UASP), que é como a APPA tenta enquadrar
a corporação da Guarda Portuária no quadro fixo do porto. O que mostra a
decisão de extinguir os guardas portuários.
O
JB entrará em contato com a Appa nesta semana para saber se de fato procede a
denúncia sigilosa em torno da extinção dos guardas portuários do quadro
funcional da empresa pública.
Fonte:
Jornal dos Bairros
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