A CPAP-Rio reconhece que o roubo de cargas é uma
realidade no estado, mas ressalta que não afeta as cargas portuárias
A
Comissão Permanente para Assuntos Portuários da Prefeitura do Rio de Janeiro
(CPAP-Rio) informa que desconhece o aumento progressivo de roubos de cargas
destinadas ou oriundas do Porto do Rio de Janeiro. Em carta aberta à imprensa
divulgada nesta terça-feira (27), a comissão afirmou que tais notícias
contribuem para agravar ainda mais a crise econômica e fiscal do estado ao
afastar cargas do porto. A CPAP-Rio reconhece que o roubo de cargas é uma
realidade no estado, mas ressalta que não afeta as cargas portuárias.
A
carta cita uma reportagem veiculada na Rádio CBN no último dia 19 de julho que
apontava que exportadores e importadores, incluindo cargas conteinerizadas,
estavam migrando suas operações para portos de outros estados. "Tais
notícias, sem comprovação, trazem grande prejuízo, podendo dar causa, por gerar
medo, à migração de cargas, o que é prejudicial para a cidade, o estado e o
país", diz a carta.
A
CPAP-Rio apresentou dados de levantamentos realizados pelo conselho empresarial
de defesa e segurança da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan) que não identificou, em 2017, ocorrências de roubos de cargas
destinadas ou oriundas do Porto do Rio de Janeiro. "Operadores portuários
e empresas que prestam serviços a importadores e exportadores não relataram
casos de empresas que, sob a alegação de roubo de cargas, tenham migrado suas
operações para os portos de Santos (SP) e Vitória (ES)", acrescenta a
carta, assinada pelo presidente da comissão, André de Seixas.
Ele
salientou na carta que o porto recebeu e vem recebendo mais de R$ 1,5 bilhão em
investimentos privados e públicos, como expansão dos terminais e a dragagem de
seus acessos. Além disso, ele destacou grandes projetos de acessos terrestres
em estágios avançados que devem melhorar consideravelmente a logística de
cargas no porto e entorno. "Lembramos que o porto é o maior arrecadador
individual de impostos (ICMS e ISS) do estado e gera mais de 30 mil empregos
diretos e indiretos", reforçou a carta.
Nesta
terça-feira (27), empresários do setor de transportes e caminhoneiros realizam
um protesto contra o aumento dos casos de roubo de cargas no Rio. De acordo com
a categoria, em 2016 foram registrados mais de 10 mil roubos de cargas no
estado, o que provocou um prejuízo de R$ 619 milhões. Os caminhoneiros pedem
mais segurança e que a escala de trabalho da Força Nacional, que está no Rio há
mais de um mês para coibir os assaltos aos caminhões, seja de 24 horas.
Fonte:
Portos e Navios
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