Codesp decidiu queimar o produto em Guarujá, mas Condema
não permitiu. Os 115 cilindros estão em um armazém que, aparentemente, está em
mau estado de conservação
Dezenas
de cilindros que estão com seis tipos gases tóxicos permanecem 'esquecidos' no
Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O problema veio à tona depois que a
Prefeitura de Guarujá foi acionada pela Codesp, que tinha a intenção de
eliminar os gases na Base Área de Santos. Por enquanto, ainda não foi decidido
qual será o destino final dos cilindros, que oferecem risco à população.
A
Codesp decidiu queimar o produto em Guarujá e teve a ideia de transportá-los do
Porto de Santos até Guarujá pelo mar para que eles fossem eliminados na Base
Aérea de Santos. Na última segunda-feira (19), o Conselho de Defesa do Meio
Ambiente (Condema) fez uma audiência para discutir o assunto e, diante dos
riscos, rejeitou a queima ou o armazenamento desses produtos químicos em
Santos.
O
Ministério Público de Guarujá foi acionado pela Prefeitura de Guarujá. O
promotor abriu um inquérito civil e deu um prazo para que a Codesp e a empresa
contratada pela autoridade portuária apresentem outras áreas, que não seja a
Base Aérea de Santos, onde esses cilindros poderiam ser descartados.
Segundo
o coordenador de Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, a prefeitura está
acompanhando as decisões da Codesp para eliminar os riscos. "É um processo
que se arrasta por mais de um ano e meio. A empresa contratada pela autoridade
portuária já está para apresentar um plano definitivo, um plano de transporte e
destinação. Assim que tiver de acordo das autoridades competentes, será feito
esse trabalho e esperamos que seja o mais rápido possível", falou.
Os
115 cilindros estão em um armazém que, aparentemente, está em mau estado de
conservação. Dentro dos cilindros tem 6 tipos de gases tóxicos, inflamáveis e
explosivos. Segundo especialistas, o vazamento de algum desses gases provocaria
uma explosão que pode atingir uma área de quase 10 km em torno do armazém.
"Imaginando
que são 115 juntos, no mesmo ambiente. Um incidente qualquer de terceiros
naquele armazém cria um efeito dominó inimaginável. A concentração dos
cilindros hoje, no lugar que eles estão que é no centro urbano da Cidade, é um
ponto de extremo risco ", afirmou o gerente de Meio Ambiente da Codesp,
Arlindo Manoel Monteiro.
"A
gente nem deveria estar nesse momento discutindo como vai se dar a destinação
final, mas como minimizar o risco existente. Essas substancias deveriam estar
em um ambiente enclausurado, dado o seu risco, ou outra solução técnica, e não
exposta lá", disse o engenheiro Wanderlei da Costa Feliciano.
Fonte:
G1 Santos
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