Foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão, 18 de
prisão preventiva e seis de prisão temporária
Na
última sexta-feira (19), a Polícia Federal (PF) realizou uma operação contra o
tráfico internacional de drogas em cidades do Paraná, Rio Grande do Sul, Pará e
São Paulo. Foram expedidos, pelo Juízo da Vara Federal de Paranaguá, 20
mandados de busca e apreensão, 18 de prisão preventiva e seis de prisão
temporária. Até às 17h, 19 pessoas tinham sido presas, uma em Curitiba, oito em
Paranaguá, duas em São Paulo, duas em Porto Alegre e cinco em municípios do
Pará. Um mandado de prisão foi cumprido em Cascavel, o alvo, no entanto, não
foi localizado. Três dos detidos foram presos em flagrante.
Entre
os presos estão um ex-diretor do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e o
irmão dele, que é diretor de um tradicional clube esportivo e um funcionário
comissionado da prefeitura.
Segundo
a Polícia Federal, Renan de Andrade Britto Barbosa é Superintendente de
Assuntos Governamentais da Prefeitura de Paranaguá. Considerado foragido no início
da manhã, Renan Britto acabou se entregando à Polícia Federal em Curitiba a
tarde. Em 2016, segundo o Tribunal Regional Eleitoral, Renan Britto foi um dos
doadores de campanha do atual Prefeito. Ele possui amizade com outros membros
do governo municipal.
De
acordo com as investigações, os entorpecentes eram enviados para a Europa
através de portos brasileiros. Os envolvidos devem responder por crimes como
tráfico e associação para o tráfico internacional de drogas.
O
nome da operação, batizada de Flashback, é uma referência ao fato de que o
modus operandi utilizado pelos investigados é recorrente nos portos nacionais,
inclusive já identificado com a prisão de diversos envolvidos em operações
realizadas pela Polícia Federal em Paranaguá há alguns anos (operações Deadline
e Safira).
Os
presos em Paranaguá foram levados para a Superintendência da PF, em Curitiba.
Os demais ficarão à disposição do juízo de cada estado.
Porto Alegre-RS
Em
Porto Alegre, os policiais federais apreenderam uma arma escondida dentro de um
livro durante operação realizada no bairro Sarandi, Zona Norte de Porto Alegre.
A
PF gaúcha informou que foram realizadas duas prisões preventivas. Na casa de um
dos presos, foi cumprido um mandado de busca, onde a pistola foi encontrada.
Ela estava em ocorrência de roubo. Um veículo também foi apreendido. Não foram
repassados detalhes sobre os presos.
Pará
No
Pará, a operação foi realizada nos municípios de Belém, no distrito de
Mosqueiro, Ananindeua e Abaetetuba.
Foram
expedidos, ao todo, quatro mandados de busca e apreensão e quatro de prisão
preventiva nos municípios de Belém, no distrito de Mosqueiro, Ananindeua e
Abaetetuba. Todos os mandados foram cumpridos, com apreensão de armas e
dinheiro no distrito de Mosqueiro.
São Paulo
Não houve nenhuma divulgação da ação realizada no estado de São Paulo.
Flashback
Há
exatos cinco anos, em maio de 2012, quinze pessoas foram presas em Paranaguá,
em outra operação da Polícia Federal – chamada à época de Operação Deadline. Ao
todo 25 pessoas foram presas, entre elas três bolivianos, em uma operação que
contou com 105 policiais.
A
PF investigava a quadrilha desde novembro de 2011 e já havia apreendido 129
quilos da droga durante as investigações – 21 quilos no Porto de Rio Grande
(RS), 38 quilos no Porto de Valência, na Espanha, e 70 quilos no Porto de
Antuérpia, um dos maiores do mundo, na Bélgica.
Em
Paranaguá foram apreendidos 11 veículos, duas motos, U$ 66 mil, R$ 3 mil e uma
lancha. As apreensões feitas em Paranaguá chegaram perto dos R$ 3,5 milhões.
Segundo
as investigações, a cocaína era fabricada na Bolívia e saía por via terrestre
para o Paraguai. De lá cruzava a fronteira brasileira em direção ao interior de
São Paulo, local em que os traficantes negociavam a venda da droga para os
países da Europa e da África.
Quando
já havia um destino negociado, a cocaína seguia para o Porto de Paranaguá. Na
cidade funcionava o esquema de “inteligência” do tráfico. Algumas pessoas
tinham informações privilegiadas sobre a saída das cargas e facilitavam o
despacho da droga.
Quando
identificava alguma carga que seguiria para o país de destino da droga, a
quadrilha esperava que o caminhão fosse carregado com o contêiner e no meio do
caminho desviava a rota do veículo para um terreno baldio. Lá, tirava o lacre
do contêiner e o recheava com droga. Depois, o caminhão seguia em direção ao
porto normalmente.
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