O grupo, investigado pela Operação "Cullinan", desde fevereiro de 2016 negociava a droga com dois integrantes da máfia
italiana Ndrangheta
Polícia
Federal (PF) em Belo Horizonte, indiciou na última sexta-feira (05), 13
estrangeiros por suspeita de tráfico internacional de cocaína. Desses, um
investigado foi preso no Brasil e três na Colômbia.
O
delegado da Polícia Federal Elster Lamoia afirmou que o chefe do grupo suspeito
de tráfico internacional de drogas era integrante de um antigo cartel do
narcotráfico colombiano. O grupo se estabeleceu em Belo Horizonte e em Nova
Lima, na Região Metropolitana, onde tinha imóveis alugados e uma empresa
fictícia para exportar blocos de granito para a Europa, com cocaína escondida
dentro.
“O
líder da organização criminosa já era conhecido da Polícia Nacional da Colômbia
(PNC), porque após a extinção do Cartel de Cáli e do Cartel de Medellín foi
criado o denominado Cartel do Vale do Norte, que hoje não mais existe e ele é um
remanescente desse cartel”, contou o delegado. Ele afirmou que o suspeito está
foragido na Europa.
O
grupo, investigado pela Operação "Cullinan", desde fevereiro de 2016,
negociava a droga com dois integrantes da máfia italiana 'Ndrangheta, segundo o
delegado. Lamoia informou que a Polícia Federal indiciou 13 estrangeiros por
suspeita de tráfico internacional de cocaína, sendo nove colombianos, dois
italianos, um albanês e um venezuelano.
De
acordo com Elster Lamoia de Moraes, os colombianos se apresentavam como empresários
espanhóis do ramo de exportação de bloco de pedra bruta. O delegado explicou
que foram registradas as movimentações do grupo, a montagem da estrutura
logística para a exportação da droga, bem como os encontros com compradores e
fornecedores. Em novembro do ano passado, a PF identificou uma exportação feita
pelos criminosos, a partir dos portos de Vitória e do Rio de Janeiro. Sete
blocos de granito estavam em contêineres, cujo destino final era a Espanha, com
entreposto na Antuérpia, Bélgica.
Com
o apoio da polícia e da aduana belga, a carga foi vistoriada e foram
apreendidos no Porto de Antuérpia 1.020 quilos de cocaína, que estava escondida
em dois dos blocos de granito exportados. Depois da apreensão, foram expedidos
mandados de prisão preventiva contra os nove colombianos.
Para
tentar enganar a polícia, a quadrilha transferiu os equipamentos e estrutura de
logística, da empresa de fachada, para a região metropolitana de Vitória. Os
materiais foram colocados em um galpão alugado. Os integrantes da organização
deixaram o país, segundo a PF.
Diante
dos fatos, a PF pediu e a Justiça Federal decretou, as prisões preventivas dos
investigados. Os mandados foram cumpridos pela Interpol. Várias diligências
culminaram na apreensão de equipamentos de perfuração e uma empilhadeira que
foram abandonados pelos investigados no Espírito Santo. Os nomes dos
integrantes da quadrilha foram incluídos na lista vermelha de procurados
internacionais.
Prisões
No
dia 28 de abril deste ano, a PF prendeu preventivamente em São Paulo (SP) o
único dos investigados que se encontrava no Brasil. Na casa dele, foram
apreendidos documentos, smartphones e mídias eletrônicas, um veículo, além de
US$ 60 mil e R$ 34 mil em espécie. O preso, colombiano, foi conduzido para Belo
Horizonte, onde permanece à disposição da Justiça Federal.
No
mesmo dia, na Colômbia, a PNC prendeu preventivamente três investigados naquele
país. A PF solicitou à Justiça Federal que se formalize a Colômbia o pedido de
extradição dos presos para o Brasil, para que sejam interrogados e fiquem à
disposição da Justiça. Cinco pessoas ainda estão foragidas, segundo a
corporação.
Os
indiciados são suspeitos de tráfico internacional de drogas e de organização
criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 30 anos de reclusão.
As
ações culminaram na Operação “Cullinan”, que foi realizada em parceria entre a
PF e a Polícia Nacional da Colômbia, se refere ao nome dado ao maior diamante,
encontrado em 1905 por Frederick Wells, gerente da área de mineração, na mina
Premier, África do Sul, tendo sido associado às grandes somas de dinheiro que
os investigados queriam ter com o tráfico.
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