Os trabalhadores recriminaram o sucateamento dos portos e
da Companhia Docas e o crescente aparelhamento político da empresa
Depois
de se concentrarem na sede da Companhia Docas do Rio de Janeiro e proferir
algumas palavras de ordem, os portuários saíram em caminhada rumo ao prédio da
Superintendência do Porto do Rio de Janeiro (SUPRIO), localizado na Av.
Rodrigues Alves, 20 – onde hoje funciona um trecho do Boulevard Olímpico.
A
caminhada, organizada pelo Sindicato dos Portuários do Rio, foi uma tentativa
de fazer contato com os membros da Comissão de Viação e Transportes da Câmara
dos Deputados, que na manhã de ontem visitaram as instalações do Porto do Rio
juntamente com a Diretoria Executiva da empresa.
Após
inúmeras tentativas de dialogar com os parlamentares e membros da Comissão, sem
sucesso, os portuários seguiram em marcha até o Armazém 2, com muito barulho e
indignação. Quem passava, ouviu claramente as reivindicações portuárias, com
direito a queima de fogos.
Insatisfeitos
com as últimas ações capitaneadas por alguns parlamentares dentro da Companhia,
os portuários questionaram o teor do encontro e reivindicaram a maior
participação dos trabalhadores nas decisões que dizem respeito ao porto. Também
criticaram as intenções do prefeito Marcelo Crivella, que já manifestou
interesse na municipalização do porto carioca.
Os
trabalhadores ainda recriminaram o sucateamento dos portos e da Companhia Docas
e o crescente aparelhamento político da empresa, dois problemas graves e
antigos que a categoria portuária enfrenta há décadas.
O
presidente do Sindicato, Sérgio Magalhães Giannetto, foi categórico em relação
aos últimos acontecimentos: “Centenas de trabalhadores correm o risco de
ficarem desempregados. A municipalização e a distribuição de cargos segundo
critérios político-partidários só prejudica a empresa. Não admitiremos esse
tipo de ação! Vamos lutar como sempre lutamos em defesa da democracia, da nossa
empresa e dos nossos portos!”, disse.
“Deixamos
aqui nossa reverência à companheira Lia Mara que fez questão de marcar presença
em nosso ato, mesmo em fase de recuperação de uma cirurgia. Muito obrigada e parabéns
pela força, companheira”, disse Gianetto.
Nas
próximas semanas, mais precisamente nos dias 17 e 27 de abril, os portuários se
reunirão em Assembleia para deliberar quais serão as ações da categoria para a
Greve Geral do Dia 28 de Abril, respeitando a convocação das centrais
sindicais. “Estaremos nas ruas contra os retrocessos e toda e qualquer proposta
que visa a retirada de direitos da classe trabalhadora. Juntos somos fortes!”,
falou Gianetto.
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