Ainda não se sabe como a água entrou no compartimento,
mas não há mais risco de naufrágio
O Navio Gral San Martin, atracado no Terminal Exportador de Veículos (TEV), na Margem
Esquerda (Guarujá) do Porto de Santos, está inoperante desde segunda-feira
(03), quando a casa de máquinas da embarcação foi alagada. Ainda não se sabe
como a água entrou no compartimento, mas não há mais risco de naufrágio. As
autoridades marítima e ambiental acompanham o caso.
O
cargueiro é do tipo ro-ro (as cargas são levadas ou trazidas dos porões sobre
caminhões, através de rampas em seu casco), tem bandeira liberiana e foi
construído em 2009. Segundo dados do armador NSC, ele possui 175,91 metros de
comprimento, 31,15 metros de largura (boca) e tem um peso bruto estimado em
mais de 40 mil toneladas. A bordo, trabalham 17 tripulantes. A atracação
ocorreu às 00h50 de segunda-feira e a previsão inicial de saída era às 11 horas
do mesmo dia.
A
Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) informou que foi notificada do
alagamento na manhã de segunda, quando a embarcação se preparava para deixar o
cais. Peritos e um inspetor foram enviados até o local e constataram o
alagamento parcial do compartimento inferior onde localizam-se os motores do
navio.
Conforme
apurou A Tribuna, a suspeita inicial era que uma rachadura no casco da
embarcação tivesse ocasionado a entrada da água. Depois, também passou a ser
considerado um possível erro de manobra nas válvulas do navio. Para descobrir o
que ocorreu e identificar responsáveis, a Marinha do Brasil abriu um inquérito
com prazo inicial de apuração de 90 dias.
A
Autoridade Marítima não quantificou o volume de água na casa de máquinas, mas
informou que o Gral San Martin está estável e seguro. Apesar disso, a
embarcação permanece sem capacidade de operar, uma vez que o compartimento
ainda está parcialmente submerso. A água não foi retirada do local pois está
misturada com óleo combustível e há o risco de caírem no canal do estuário.
O
procedimento de esvaziar a praça de máquinas vai ocorrer com o auxílio de
barcaças, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a
Autoridade Portuária de Santos. O serviço está a cargo da agência marítima
Agunsa, responsável pelo navio durante escala em Santos. A empresa informou que
todos os procedimentos estão sendo adotados corretamente e que não há
tripulantes feridos.
A
Docas informou que estão a bordo do Gral San Martin dois técnicos estrangeiros,
um holandês e um alemão. Também é aguardada a chegada do superintendente de
frota do armador. Ele vai auxiliar nos trabalhos de esvaziamento, reparação de
eventuais danos e na retomada operacional do navio, que não tem prazo para
deixar o cais.
Meio ambiente
Além
da equipe de Meio Ambiente da Codesp, técnicos da Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo (Cetesb) verificaram que não há indícios de danos ambientais, por
enquanto. Por precaução, barreiras de contenção foram colocadas no entorno do
cargueiro e equipes especializadas permanecem de plantão monitorando o mar.
Em
sua escala em Santos, no Terminal de Exportação de Veículos (TEV, localizado ao
lado do Terminal de Contêineres, o Tecon, e operado pela Santos Brasil), o
navio desembarcou 355 veículos, segundo dados da Autoridade Portuária. A bordo
da embarcação ainda encontram-se 572 veículos, sendo 2 destinados ao Porto do
Rio de Janeiro, onde era o destino para o qual ele se preparava para seguir na
última segunda-feira, e os outros 570 para o Porto de Paranaguá, no Paraná.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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