Polícia Federal participou da ação; investigação vai
apurar possíveis envolvidos
Um
carregamento com 546 quilos de cocaína foi interceptado no Porto de Santos, por
equipes da Receita Federal, nesta quarta-feira (29). Trata-se da sexta grande
apreensão do ano, cujo balanço já acumula mais 3,5 toneladas da droga.
Por
enquanto, ninguém foi preso. O entorpecente foi achado durante monitoramento em
um terminal de contêineres na Margem Direita (Santos). Os pacotes estavam
escondidos em meio a uma carga de miúdos de frango congelado.
Vinte
e três bolsas com a cocaína foram colocadas dentro da caixa metálica. A
princípio, não há indícios de envolvimento do proprietário da carga com o
ilícito. O destino final do carregamento seria o porto de São Petersburgo, na
Rússia.
A
suspeita, entretanto, é que a droga seria desembarcada no porto de Antuérpia,
na Bélgica, onde o contêiner faria baldeação. As outras cinco apreensões
realizadas neste ano também tinham cargas com o mesmo destino.
A
equipe da Alfândega do Porto de Santos suspeita que os narcotraficantes
utilizaram a técnica criminosa chamada de rip-on/rip-off. É quando a droga é
escondida em meio a uma carga regular para despistar a fiscalização.
A
Polícia Federal também participou da ação e apreendeu a cocaína encontrada. Uma
investigação deverá determinar a real procedência do carregamento e possíveis
envolvidos na região com a tentativa de embarque.
Desarticulada
Na
terça-feira (28), a Polícia Federal em Mato Grosso do Sul desarticulou uma
quadrilha, composta por 30 pessoas e que acumulava patrimônio superior a R$ 7,5
milhões, que exportava droga produzida na Bolívia pelo cais santista.
A
prisão de dois integrantes da organização criminosa em Cubatão, em 27 de abril
de 2006, contribuiu para a deflagração da operação. Entre as apreensões, estão
seis aeronaves e 35 veículos, entre carros de luxo e caminhões.
Em
entrevista para A Tribuna On-line em outras ocasiões, a Polícia Federal
informou que são diversas os grupos que atuam no Porto de Santos para enviar
cocaína a outros países. O destino principal, entretanto, é a Europa.
O
modo operacional é semelhante. A droga é transportada até a região, onde
pessoas que têm conhecimento das rotinas do porto local e da movimentação de
navios ficam encarregadas do trabalho final: o embarque.
Balanço
Somente
neste ano, já foram apreendidos 3.563 quilos de cocaína no cais pelas equipes
da Polícia Federal e pela Receita Federal. Em 2016, o balanço bateu recorde e
encerrou com 10,6 toneladas da droga interceptada.
Atenta
a esta situação e para conter o avanço do narcotráfico no complexo portuário, a
Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou uma unidade de controle no cais.
Trata-se de uma parceria estabelecida com o Fisco,
A
nova Unidade de Controle Portuário (UCP) tem o objetivo de intensificar a
fiscalização de contêineres, melhorar a coordenação, análise e intercâmbio de
informações. A instalação completa deverá ocorrer até o final do semestre.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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