Porto interditado continua funcionando irregularmente em
Belém
Órgão de fiscalização realizará uma campanha de
regularização dos portos
A
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realizará uma fiscalização
nos próximos seis meses nos portos do Pará. De acordo com a agência
fiscalizadora, os portos precisarão se adequar as exigências da entidade.
Segundo
o Diretor-Geral da Antaq, Adalberto Tokarski, o órgão realizará uma campanha
educativa para incentivar a regularização dos portos paraenses.
"Nós
vamos fazer uma campanha educativa. Agora nós temos 180 dias para buscar essa
regularização, e ainda uma regularização um pouco mais leve. Ou a Antaq, se
colocar a mão pesada, todos os terminais seriam interditados
praticamente", afirmou Tokarski.
No
porto de Tucuruí, no sudeste do Pará, os passageiros precisam descer uma escada
muito íngreme e andar sobre uma tábua para conseguir embarcar e desembarcar das
embarcações. Idosos, crianças e mães com recém-nascidos fazem parte do grupo
que mais sofre para ter acesso os barcos.
"Eu
já sofri acidente. Semana retrasada eu fui eu caí da escada, porque não tem um
porto adequado, uma estrutura adequada" relatou Carla Daibes, zootecnista.
Em
dois portos de Belém a situação não é diferente. No Porto Santa Efigênia, que
fica no bairro da Cidade Velha, e recebe passageiros de Cametá e do estado do
Amapá, logo na entrada, as pessoas que chegam precisam enfrentar lama e muitos
buracos. Para chegar à embarcação, tem que se equilibrar entre tábuas soltas de
um trapiche quebrado.
Bem
próximo fica o Porto Brilhante. No portão tem uma placa dizendo que o
estabelecimento “está interditado pela administração para embarque e
desembarque de passageiros e cargas”. Porém passageiros continuam embarcando e
desembarcando do porto interditado, vindo de Cachoeira do Arari, na Ilha do
Marajó.
"A
gente pede que as autoridades tomem providência para que não deixe acontecer
como acontecera com a lancha que naufragou. E certamente que aqui também há
esse perigo. Então é preciso de melhorias e providências por parte das
autoridades" cobrou o autônomo Gleidson Portal.
Foi
do Porto Brilhante que no último dia 7 de dezembro saiu a lancha com destino à
Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó. A embarcação, que não tinha autorização
para transportar passageiros, naufragou. Segundo o Corpo de Bombeiros, 44
pessoas foram resgatadas com vida, 4 morreram e 5 continuam desaparecidas. A
lancha também não foi localizada. Depois de 10 dias de buscas aos corpos e a
lancha, o trabalho encerrou.
Fonte:
G1
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