Somadas, as penas ultrapassam os 80 anos de reclusão. O
crime ocorreu em outubro de 2015
A Justiça Federal
condenou dois homens pelo arrastão cometido em 19 de outubro de 2015, no
Shopping Ferry Boat Plaza, em Guarujá. Durante fuga cinematográfica pelo mar,
os réus ainda atiraram na direção da lancha Leão Marinho, da Receita Federal.
Somadas, as penas da dupla ultrapassam 80 anos de reclusão.
Em razão de terem sido
presos em momentos diferentes, Átila Santana Chagas e Éric Henrique Moreira dos
Santos responderam a processos distintos, embora relacionados aos mesmos fatos.
Átila foi condenado há 35 anos e oito meses. A pena imposta a Éric atingiu 44
anos, nove meses e 13 dias.
As ações penais
tramitaram pela 5ª Vara Federal em Santos e foram julgadas pelo juiz Mateus
Castelo Branco Firmino da Silva. A decisão não é definitiva, cabendo eventuais
recursos ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. Castelo Branco
fundamentou a pena maior para Éric em razão de sua reincidência.
Acompanhados de um
adolescente e mais cinco comparsas, Átila e Éric arrombaram uma loja de
bijuterias e uma ótica do Ferry Boat Plaza. Na sequência, a quadrilha roubou o
guichê de uma empresa de ônibus existente no local e passageiros de uma barca
que faz a travessia Guarujá-Santos.
Os marginais portavam
pelo menos quatro armas de fogo, entre as quais um revólver 38 e uma pistola
calibre 6,35 milímetros. Mediante ameaça de morte, eles retiraram da barca um
homem. Feito refém, o passageiro foi obrigado a entrar em uma pequena
embarcação com motor de popa atracada ao lado. Denominada Pingo, ela foi usada
na fuga.
Neste momento, a notícia
do arrastão chegou ao conhecimento de uma equipe da Receita Federal, que
navegava pelo canal do estuário com a Leão Marinho I. Um analista tributário
estava a bordo e Átila atirou em sua direção, sem atingi-lo. Éric também
apontou uma arma para o barco oficial.
Câmera
Por ser blindada, a
lancha resistiu aos disparos. Uma câmera da Leão Marinho I filmou a ousada ação
do bando. A gravação contribuiu para a identificação de Átila e se constituiu
em importante prova do processo. Este acusado conseguiu escapar com outros
parceiros, mas foi capturado durante operação da Polícia Civil, no último dia
25 de maio.
Após os tiros na direção
da lancha da Receita, os criminosos seguiram com o Pingo até a margem de Santos,
na altura da Rua do Peixe, na Ponta da Praia. Eles abandonaram o refém no barco
e fugiram a pé para diversas direções. Éric e o adolescente foram detidos
momentos depois por policiais militares, sendo o adulto autuado em flagrante.
Castelo Branco condenou
Átila e Éric por dois furtos e dois roubos, todos consumados e qualificados;
por seis tentativas de latrocínio e, ainda, por corrupção de menor, porque
cometeram os delitos acompanhados de adolescente. O juiz federal destacou nas
sentenças a “atuação da associação criminosa”, que agiu “de forma ousada,
desenfreada e truculenta”.
Pela análise do vídeo
juntado ao processo, o magistrado concluiu que, no mínimo, cinco tiros foram
dados na direção da lancha da Receita. De acordo com ele, isso “demonstra a
intenção de matar para assegurar a impunidade dos crimes e a detenção dos bens subtraídos”.
Fonte: Jornal A Tribuna
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