(Foto: Gport Porto de Aratu)
|
Guarda
Portuária participou em apoio a Operação
Quem
tentou se aproximar do Porto de Aratu, esta semana, por meio de pequenas
embarcações marítimas ou via terrestre, se deparou com um forte esquema de
segurança. Segurança de guerra. É que desde a terça-feira (25), o Centro de
Coordenação de Defesa de Área, instalado na sede do Comando do 2º Distrito
Naval, preparou seu efetivo para testar o nível de reação das tropas baianas,
caso algum país tentasse invadir e se apossar do Porto de Aratu, em Candeias,
na Região Metropolitana de Salvador. A fictícia tropa invasora é, na verdade,
composta por militares oficiais da Marinha.
(Foto: Arisson Marinho/CORREIO)
|
De
acordo com o capitão de Portos da Marinha, Ricardo Pinheiro, a ação tem o
objetivo de analisar o nível de alerta do porto, caso houvesse, de fato, uma
situação de guerra e tomada de território. O exercício conta com a participação
de 134 fuzileiros navais fazendo a proteção da área terrestre em torno do
espaço, além de 300 militares, de sete organizações da Marinha, embarcados em
um navio varredor de minas, um navio rebocador de alto-mar, um navio patrulha e
duas lanchas das Capitanias dos Portos da Bahia (CPBA).
Todos
os envolvidos permanecem a postos, 24 horas por dia, até o final do simulado,
nesta sexta-feira (28). "O treinamento é real, ou seja, qualquer pequena
embarcação civil ou até um carteiro que se aproximar do porto é minuciosamente
investigado pelo grupo de defesa", explicou Ricardo.
Ainda
segundo ele, o comando de defesa da operação não tem ideia de quando, ou por
que meio, terrestre ou marítimo, a tropa fictícia de invasores vai se
apresentar. "É como na vida real, quem quer atacar não avisa, então nosso
treinamento envolve pensar e considerar que um invasor pode se articular e
tentar adentrar de qualquer forma", disse.
Como funciona o
treinamento
O
oficial reiterou que a tropa de defesa do simulado desconhece os militares da
tropa invasora, o que torna o exercício mais realista, já que não há um horário
pré-determinado para tentativas de ataques. Os invasores anônimos não tentaram
nenhuma ação de invasão nesta quinta-feira, quando a equipe do Correio
acompanhava o exercício.
(Foto: Arisson Marinho/CORREIO)
|
Já
no primeiro dia de treinamento, as tropas capturaram um invasor que tentava
entrar em Aratu se dizendo funcionário - o que foi rapidamente descartado pelos
fuzileiros navais que se encarregam da defesa da área terrestre. As tropas
marítimas também apreenderam invasores em uma pequena embarcação civil.
Duas
lanchas menores ficam próximas à parte do berço do porto, para impedir qualquer
embarcação de pequeno porte de aproximar. Os navios-patrulhas são maiores e
ficam mais afastados - eles podem conter embarcações de porte grande. Já os
fuzileiros se posicionam em terra para garantir a segurança do berço do porto,
segundo capitão Ricardo. O rebocador de alto-mar serve para fazer a patrulha e
o socorro, em caso de vítimas.
(Foto: Gport Porto de Aratu)
|
"No
treinamento só não tem tiros", disse. As lanchas da capitania não tem
armamento, mas tem um fuzileiro armado e o rebocador conta com uma metralhadora
e armamentos portáteis, como pistolas. Toda a ação é acompanhada pelo Centro de
Comando do porto, onde é possível manter comunicação em tempo real com todos os
fuzileiros e militares envolvidos, além da localização exata dos navios de
defesa.
O Porto de Aratu
De
acordo com capitão Pinheiro, em uma situação de guerra, portos marítimos são
grandes atrativos porque são responsáveis pelo abastecimento das indústrias
locais. "Os portos de um país são pontos vitais da economia, por isso são
alvos de invasores, já que rapidamente poderiam causar o enfraquecimento do
país", pontuou. O Porto de Aratu, como demais portos públicos, têm sua
segurança garantida pela Guarda
Portuária (GP).
(Foto: Arisson Marinho/CORREIO)
|
O
oficial explica que o treinamento é essencial para que os militares e
fuzileiros executem a teoria que aprendem diariamente. O simulado de guerra
ocorre em quatro portos da Bahia, nas cidades de Candeias, Madre de Deus,
Salvador, Ilhéus - de quatro em quatro anos. "É uma maneira de nos
avaliar. Depois nos reunimos para entender o que deu certo, o que temos de
falha, assim podemos corrigir e nos aperfeiçoar", finalizou Ricardo. Os
militares são selecionados pelo Comando do 2º Distrito Naval, de acordo com
suas experiências profissionais.
Fonte: Correio 24h - Bahia
* Esta publicação é de inteira
responsabilidade do autor e do veículo que a divulgou. A nossa missão é manter
informado àqueles que nos acompanham, de todos os fatos, que de alguma forma,
estejam relacionados com a Guarda Portuária e a Segurança Portuária em todo o
seu contexto, não cabendo a esse Portal a emissão de qualquer juízo de valor.
* Direitos Autorais: Os artigos e notícias, originais deste
Portal, tem a reprodução autorizada
pelo autor, desde que, seja mencionada a fonte e um link seja posto para o
mesmo. O mínimo que se espera é o respeito com quem se dedica para obter a
informação, a fim de poder retransmitir aos outros.
COMENTÁRIOS
Os comentários
publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A
responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários
anônimos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos. Caso não tenha conta no Google, entre como anônimo mas se identique no final do seu comentário e insira o seu e-mail.