A Guarda Portuária, que é sempre a primeira a chegar nos sinistros na área portuária, participou como coadjuvante (Foto: reprodução TV Tribuna) |
Exercício aconteceu no pátio do Terminal de Contêineres
da Margem Esquerda do complexo
O
Porto de Santos realizou, na manhã desta terça-feira (13), o maior simulado de
combate a incêndio de sua história. O exercício aconteceu no pátio do Terminal
de Contêineres (Tecon), da Santos Brasil, na Margem Esquerda do complexo, em
Guarujá, representando um vazamento de produto tóxico com princípio de incêndio,
seguido de explosão.
Etapa inicial simulou uma explosão seguida de incêndio, deixando duas
vítimas. Foto: Carlos Nogueira
|
Equipes
do Corpo de Bombeiros de três cidades, da Companhia Docas do Estado de São
Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária), de órgãos ambientais e da própria
instalação, administrada pela Santos Brasil, participaram do exercício, que
também contou com o apoio da embarcação de combate a incêndio Governador
Fleury. A ação, que contou com o envolvimento de 20 órgãos, teve como objetivo
avaliar o tempo de resposta em atendimentos de emergência para identificação de
dificuldades a serem sanadas.
Para
o simulado e atendimento aos acidentes, o Porto de Santos foi dividido em sete
áreas, de acordo com a localização geográfica e tipos de carga. O objetivo foi
fazer com que as ações acontecessem de forma coordenada, de acordo com a
proximidade entre os terminais e tipo de carga, facilitando a definição das
melhores estratégias para a solução de problemas advindos de acidentes.
Em outra etapa, bombeiros combatem o incêndio no contêiner com produto
químico. Foto: Carlos Nogueira
|
A
parte prática do simulado começou às 10h40, com o vazamento de um produto químico,
armazenado em um contêiner. Primeiro, ele foi movimentado até uma pilha de
armazenagem. Depois, foi colocado em contato com outros produtos, o que
desencadeou uma explosão e um incêndio. A simulação também contou com o resgate
de duas vítimas: o motorista de um caminhão e um operador de RTG (guindaste que
movimenta o contêiner no pátio).
Inicialmente,
equipes de emergência do próprio terminal atenderam aos supostos feridos.
Diante da gravidade da ocorrência, houve o chamado ao Corpo de Bombeiros, ao
mesmo tempo em que o Plano de Auxílio Mútuo (PAM) foi mobilizado. O incêndio
também foi combatido pela embarcação Governador Fleury, que captou água do mar.
Embarcação Governador Fleury auxiliou no combate ao incêndio, bombeando
água. Foto: Carlos Nogueira
|
Ações de segurança
De
acordo com o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, José Alex
Oliva, o simulado foi o primeiro de uma série de ações que o Porto de Santos
está adotando para aprimorar a segurança das operações.
Ao
final do exercício, por volta das 12h20, representantes do Corpo de Bombeiros,
Codesp e Defesa Civil fizeram uma avaliação do simulado. "Estamos dando
uma reposta proativa à sociedade. Esse simulado mostra que há integração e
sintonia, mas precisamos melhorar mais. O trabalho de avaliação será feito pela
Codesp. A equipe técnica vai se debruçar nos fatos e, a partir daí, fazer um
novo plano. Esta ação não acaba aqui, estamos apenas iniciando o trabalho”.
Conforme
o major do Corpo de Bombeiros, Daniel Tenório, com base no simulado, foi
possível verificar quais são as deficiências do órgão. “Toda vez que ocorre um
incidente de grande suporte, a quantidade de água usada é muito grande. Esse
simulado serve para que saibamos as dificuldades e as necessidades de
ocorrências como essa”, comenta o major, que acredita que ainda é precoce
numerar as dificuldades enfrentadas pela corporação. Ainda segundo ele,
“aproveitamos o simulado para treinar o serviço integrado de emergência dos
bombeiros. Mas é precoce numerar quais as dificuldades, isso será objeto de
análise posterior”.
A
ideia da realização do simulado surgiu através do Plano de Auxílio Mútuo (PAM)
do Porto de Santos, coordenado pelo Codesp e que reúne terminais, as
prefeituras da região, o Corpo de Bombeiros e órgãos ambientais. O PAM é acionado para o atendimento conjunto
a ocorrências de emergência no Porto e áreas adjacentes que possam causar danos
a pessoas, ao patrimônio e meio ambiente.
Grandes incêndios
Recentemente,
o Porto foi o cenário de dois grandes incêndios, que envolveram carregamentos
químicos ou explosivos. Em abril do ano passado, tanques do terminal
retroportuário da Ultracargo, na Alemoa, em Santos, foram destruídos pelas
chamas. O sinistro levou nove dias para ser controlado e foi considerada a
maior ocorrência deste tipo no País.
Já
em janeiro deste ano, no terminal retroportuário da Localfrio, na Margem
Esquerda (Guarujá) do complexo marítimo, os bombeiros tiveram dificuldade para
combater o incêndio devido à falta de dados sobre as cargas consumidas pelas
chamas.
Fonte:
Jornal A Tribuna
Veja abaixo a matéria da TV Tribuna:
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