Integrantes
da Associação Nacional da Guarda Portuária do Brasil (ANGPB) participaram da
reunião com o presidente
Nos
últimos dias, alguns companheiros associados questionaram os motivos que tem
levado a diretoria do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária
(Sindaport) a tratar de vários temas referentes à Guarda Portuária diretamente
com o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Alex
Oliva, cabendo, para boa ordem, os esclarecimentos que prestamos a seguir.
Inicialmente,
vale o exemplo de que quando um associado se dirige ao Sindicato em busca de
uma informação ou até mesmo resolver um problema específico, em via de regra
procura pelo diretor ligado a sua área de trabalho ou de sua categoria,
naturalmente por este já possuir conhecimento mais apurado do setor de trabalho
e dos problemas correlatos.
Pois
bem, no âmbito da Codesp acontece mais ou menos a mesma coisa, ou seja, quando
um determinado assunto pode ser tratado, porém não resolvido com a chefia imediata,
todos os caminhos apontam para o diretor da empresa responsável pela atividade.
Por
exemplo, se o problema é com o departamento de infraestrutura, elétrica ou
mecânica, o Sindaport procura pelo diretor de Engenharia da Codesp, Antônio de
Pádua de Deus Andrade, responsável pelas áreas. Se for sobre fiscalização ou
atracação, pedimos reunião com Celino Fonseca, titular da Diretoria de
Operações Logísticas. E quando se tratar de questões de origem financeira ou
administrativa, tais como pagamento a menor, voltamos nossas atenções para
Francisco José Adriano.
Desta
forma, considerando que na estrutura organizacional da Codesp a Guarda
Portuária está ligada diretamente à presidência da empresa, é natural que
diante de qualquer problema envolvendo os membros da corporação as lideranças
do Sindaport se dirijam ao mandatário da estatal, Alex Oliva.
Evidente,
cabe ressaltar, que o atual mandatário apenas cumpre o que está previsto no
modelo hierárquico desde que assumiu o cargo, restando, portanto, a sugestão
para fazer uma oportuna mudança. E se para alguns companheiros (os mesmos que
fizeram os questionamentos) isso seria um privilégio ou uma grande vantagem, na
opinião do Sindaport é justamente o contrário em face de um provável entrave ou
prejuízo.
São
compreensíveis as dificuldades de revisão ou reversão de qualquer deliberação,
ainda que a pedido do Sindaport, cujos assuntos de ordem operacional, tais como
a jornada de trabalho, definição locais de ponto, etc. já tenham sido levados
pelo superintendente do setor ao conhecimento prévio do presidente. Plausível a
justificativa de que não seria saudável qualquer desautorização hierárquica,
mesmo cabível e pertinente.
Nesse
sentido, a direção do Sindaport entende que a figura do presidente de uma empresa
estatal do porte da Codesp deve ser preservada e voltada tão somente para temas
macros e de absoluta relevância em termos estratégicos e institucionais, não
ficando, portanto, responsável por uma determinada atividade especifica e
exposto a desgastes desnecessários.
Importante
registar que o comando da Guarda Portuária, até 1980, na era da Companhia Docas
de Santos (CDS), era exercido por empregado indicado pelo departamento de
Recursos Humanos. Já na qualidade de estatal, a partir do ano seguinte, lamentavelmente
o leme da corporação ficou à mercê das indicações políticas indo parar nas mãos
de policiais civis e militares, integrantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.
Atualmente, a lendária Guarda Portuária é comandada por um policial rodoviário federal
aposentado.
E
com o único objetivo de acabar com esse verdadeiro balcão empregatício
decorrente de nomeações meramente políticas partidárias, sobretudo por pessoas
notadamente alheias ao segmento e sem qualquer conhecimento sobre fiscalização,
monitoramento, policiamento e outras atividades ligadas aos portos públicos, a
direção do Sindaport defende que o comando da Guarda Portuária seja entregue a
um empregado de carreira da categoria. Para tanto, encaminhou ofício a Alex
Oliva.
No
expediente, o Sindicato solicita que sejam considerados, como paradigma, os
termos da Lei 13.022/2014, cuja normativa determina que em todas as guardas
municipais do Brasil, os cargos em comissão deverão ser providos por membros
efetivos do quadro de carreira do órgão ou da entidade.
Atendendo
a solicitação de agendamento de reunião, acompanhado do diretor jurídico,
Gabriel Nogueira Eufrásio, do superintendente de Recursos Humanos, Pedro
Augusto Chibebe Waller, e do assessor da presidência da empresa, Ozoni, Alex
Oliva recebeu, no último dia 31/08, os guardas portuários Vilmar, Mario Paiva,
Magalhães e Thiago Saúda, membros da comissão eleita em assembleia realizada no
dia 16/03. Eles estiveram acompanhados do presidente do Sindaport, Everandy
Cirino dos Santos, que solicitou oficialmente a reunião, do vice-presidente
João de Andrade Marques, e do 1º secretário, Edilson de Paula Machado.
Na
pauta do encontro o pedido de liberação dos membros da referida comissão para
tratar de assuntos institucionais da Guarda Portuária, com destaque os que
estão em tramitação no Senado Federal e Casa Civil da Presidência da República.
Foram expostas as justificativas, como o PLC 30 que trata de terceirização, o
PL 3722 que dá nova redação do Estatuto do Desarmamento e o projeto do Estatuto
da Guarda Portuária.
Após
duas horas de reunião, considerada extremamente proveitosa por sindicalistas e
trabalhadores, demonstrando grande interesse e preocupação com a específica
atividade, Alex Oliva requereu prazo para uma melhor análise dos diversos temas
abordados. No "staff" da Guarda Portuária marcaram presença o
superintendente Ézio Borguetti, e os funcionários de carreira, gerentes Luiz
Roberto Gomes e Orlando Alves dos Santos.
Os
participantes do encontro deliberaram pelo encaminhamento do ofício do
Sindaport, versando sobre sugestões operacionais para a Guarda Portuária, bem
como do ofício de apresentação da Associação Nacional da Guarda Portuária do
Brasil (ANGPB) e das sugestões de um estudo sintético de viabilidade da
localização da 4ª Subsede, no Guarujá, considerando que mais de 95% dos
Registros Diários de Ocorrências (RDO), elaborados em atendimento aos terminais
portuários, são circunscritos naquela base.
Fonte:
Sindaport
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