Poderão ser realizadas provas internas para o
preenchimento do cargo de Coordenador de Segurança, com exigência de CNH AB,
porte de arma em dia e tempo mínimo de 3 anos de companhia
Oficiosamente,
a Companhia Docas do Pará (CDP) já se pronunciou, serão criados cargos de
coordenador de segurança na modalidade de cargo de confiança, que serão
ocupados exclusivamente por empregados da Guarda Portuária. A condição dependia
da aprovação da SEP/DEST.
Em
que pese a forma desse processo de mudança no organograma da empresa, em especial
na Guarda Portuária, vale ressaltar que já existe a consolidação da
hierarquização na CDP (gerente, supervisores e inspetores). Onde os supervisores (que no início não eram
comissionados) vieram com a necessidade da implantação dos planos de segurança
nas instalações portuárias; o Gerente de Segurança (GERSEG) veio em
substituição ao antigo ASI e SUPGUA e os inspetores, em que pese a Companhia
querer acabar com esta função a todo custo, ainda existem no quadro da empresa,
pois ainda vigora o PUCS, embora um novo plano de empregos já esteja em vigor a
cerca de dois anos (o PES). Cabendo ainda ressaltar que alguns inspetores e
empregados de outros setores foram promovidos através do PUCS.
Ao
invés da criação desse cargo dever-se-ia reestruturar as atribuições do
inspetor, dando-lhe maior autonomia a esse cargo da Guarda Portuária e manter o
referido cargo como vantagem de progressão objetiva do guarda portuário,
garantidas por tempo de serviço no PUCS – Plano Unificado de Cargos e Salários,
e, ainda que apenas financeiramente por progressão de faixas salariais, no
Plano de Empregos e Salários – PES, pois, na prática, os guardas portuários já
fazem o papel de inspetor de serviço ao coordenarem, quando escalados de VTR,
as ocorrências e lavrarem os relatórios sobre estas. Hoje no quadro da escala
de serviço há apenas 07 inspetores, precisando de ainda mais 13 para completar
01 por turno em cada unidade portuária.
Ressaltando
ainda que existe no quadro a função de rondante (PUCS), justamente a progressão
imediata do guarda portuário antes de chegar a inspetor, cuja progressão para
rondante se dá com dois anos na atividade profissional, e para inspetor, com
cinco anos.
Alerta-se
sobre a tentativa de criação desse cargo de confiança de coordenador com o
quantitativo que está sendo prometido (ao que parece quatro para cada uma das
cinco unidades portuárias certificadas com o ISPS-Code) mesmo sabendo-se da
dificuldade de prover os postos de serviço com guardas portuários com o efetivo
atual. Isso tanto é verdade que
oficialmente o DEST já autorizou o aumento do quadro de efetivos da CDP,
portanto, um novo concurso público.
Ao
que parece, o reajuste salarial que contemplou guardas portuários com o enquadramento
no nível médio e com a assinatura do PES (já que os inspetores, corretamente,
não aderiram a este plano), criando-se o cargo de coordenador de segurança, é a
forma que a CDP está buscando pra compensar a defasagem e estagnação salarial
que sofreu o cargo de inspetor, cuja passagem ao cargo de coordenador seria
automática. Mas, o preço e custo, porém, disso tudo é a eliminação do Quadro de
Carreira da Guarda Portuária, fato ainda inédito nessa Companhia.
Mas,
o fato mais preocupante é que se poderá promover, mais uma vez, o fator
político-partidário-sindical-subjetivo e alguns outros laços estreitos de
conveniência, a falta de avaliação de desempenho e mesmo troca de favores, como
meios à indicação (e possivelmente manutenção eterna) de alguns, para este novo
cargo que se quer criar (como vem ocorrendo há anos na maioria das indicações e
manutenções para Supervisores de Segurança Portuária (SSP) e GERSEG elegendo-se
a livre escolha em detrimento da fé pública, competência e consolidação
meritocrática por tempo de serviço e respeito e acatamento no exercício da
função, aos princípios da administração pública, leis e normativos vigentes
desse país.
Texto:
Cileno Borges – Guarda Portuário do Pará
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COMENTÁRIOS
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Só pra acomodar os peixes, nada mais do que isso.
ResponderExcluirGP Ramos
Acho sem nexo um GUARDA vir aqui falar pelos inspetores, quando nem eles mesmos falam.
ResponderExcluirUma figura hoje desnecessária ao serviço, avaliação feita pelo próprio GERHUM.
Lembram do G P O
Antes volante e agora VTR.
Chega a ser hipocrisia, já que muitas vezes nem INSPETOR TEM onde NA ESCALA o SSPBEL RESPONDE remotanente, depois só assinando todo detalhe de serviço feito pelo VTR.
A CDP ESTÁ CERTISSIMA EM ACABAR COM ESSE CARGO.
GP Silva
Prezado Silva
ResponderExcluirMe permita discordar de sua opinião, a questão não é defender a categoria de inspetores e sim da própria Guarda Portuária, a luta pelo Quadro de Carreira deve existir.
A Guarda Portuária não pode ficar a mercê de indicações políticas.