Fiscais fazem entrevistas com motoristas de caminhão que
passam pelo Porto. Foto: Carlos Nogueira
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Fiscais do MT constataram problemas na jornada de
trabalho dos motoristas
A ação foi executada com apoio da Guarda Portuária
Uma
operação-padrão dos fiscais do Ministério do Trabalho bloqueou o acesso ao
Porto de Santos, pelo viaduto da Alemoa, por volta das 11 horas da última
sexta-feira (29). Segundo a Ecovias, concessionária do Sistema
Anchieta-Imigrantes (SAI), motoristas encontraram reflexos na chegada a Santos
pela Via Anchieta, do Km 63 ao Km 64.
Pelo
menos 50 multas serão aplicadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência
Social as transportadoras de cargas que atuam no Porto de Santos. Todas as
empresas descumpriram o limite de horário de serviço dos motoristas de
caminhões.
Ao
todo, 76 veículos foram fiscalizados durante duas horas e meia de operação
nomeada “Carga Pesada”. As vistorias se concentraram no equipamento conhecido
como tacógrafo, utilizado para monitorar os veículos. Ele é responsável por
armazenar informações relacionadas não apenas a velocidade do caminhão, como
também ao período em que ele permaneceu em trânsito.
Entre
a meia centena de conformidades encontradas, estavam motoristas que excederam o
tempo limite de trabalho, entre 8 e 10 horas, conforme convenção. De acordo com
a auditora Viviane de Jesus Forte, que coordenou a operação, é comum que o
caminhoneiro ultrapasse 12 horas ininterruptas dirigindo.
Nestes
casos, não é o motorista o autuado, mas sim a empresa responsável por ele. Após
a identificação dos problemas, pelo menos 25 firmas especializadas no
transporte de carga da região e de outros lugares do Estado e, até mesmo do
Brasil, foram autuadas. Os valores e as modalidades não foram informados.
Profissão de Risco
A
auditora explicou que ser caminhoneiro no Brasil é uma das profissões mais
perigosas. Dados do Ministério do Trabalho mostram que a taxa de mortes no
segmento é de 27 a cada 100 mil pessoas. Já no caso de funcionários da
construção civil são sete mortes a cada 100 mil trabalhadores.
Ainda
de acordo com Viviane, são 13 mil acidentes por ano envolvendo caminhões e,
destes, pelo menos 250 motoristas não resistem aos ferimentos. “É importante o
setor ter a consciência de que esses números tem influência direta da jornada
errada do caminhoneiro. Existem regras e elas precisam ser cumpridas”.
A
falta de descanso, que é obrigatório e pode evitar os incidentes nas estradas,
é justificada pelos motoristas pela ausência de pontos específicos – como
pátios e estacionamentos que possuem segurança para a parada de veículos.
Todo o Brasil
Entre 8 mil a 10 mil caminhões passam por dia pelo Porto de
Santos. Foto: Carlos Nogueira
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A
operação de ontem foi realizada pela gerência de Santos com o apoio da
Superintendência do Ministério do Trabalho. Ao todo, 11 auditores fiscais
participaram da fiscalização.
Ela
aconteceu em outras regiões do Brasil ao longo da semana e foram alvos somente
caminhoneiros que são vinculados a empresas.
A
força-tarefa teve o apoio da Guarda
Portuária e da Polícia Rodoviária Estadual. A ação foi realizada na Avenida
Engenheiro Augusto Barata, conhecida como "Retão da Alemoa", e o tráfico ficou
prejudicado, já que cada vistoria levava cerca de 20 minutos. O
congestionamento se estendeu até a Rodovia Anchieta, sentido cais, e nas vias
portuárias no fluxo contrário.
Fonte: Jornal A Tribuna
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