O Porto de São Raimundo é uma Instalação Portuária
Pública de Pequeno Porte (IP4) e, portanto, não possui Guarda Portuária, que é
obrigatória nos portos organizados
Porta
de entrada e saída para diversos municípios do Amazonas, o porto do São
Raimundo, localizado na Zona Oeste, que, recentemente, passou por uma
revitalização, há algum tempo, vem sendo utilizado como balneário público, com
música ao vivo e venda de bebidas alcoólicas, aos fins de semanas, sem qualquer
tipo de fiscalização ou segurança.
Dividindo
espaço com as balsas, barcos e não se importando com a poluição produzida pelas
fumaças e óleos das embarcações, populares ignoram as regras impostas pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão
responsável pelo local, sobre o uso do porto, e usam o espaço para tomar banho
e, ainda, comercializar refeições, roupas e acessórios para banho. O balneário
improvisado é composto por pessoas que moram próximo ao local e que preferem a
comodidade de frequentar um lugar mais calmo, sem a agitação das grandes praias
de banho da cidade.
“Moro
no São Raimundo e como o porto fica perto da minha casa, decidi trazer as
crianças para brincar no espaço. É bem mais calmo e mais seguro do que a Ponta
Negra. Muitos dizem que a área é imprópria para o banho devido aos riscos
apresentados pelas embarcações, que ficam ancoradas no porto, mas não concordo.
Aos fins de semanas, as embarcações ficam paradas, por isso não oferecem
perigo”, avalia a dona de casa, Roberta Teixeira.
De
acordo com um funcionário do porto, que preferiu não se identificar, a invasão
de banhistas e comerciantes começou logo após a entrega do novo complexo, ainda
de forma tímida, mas, desde o meio do ano passado, vem ganhando grandes
proporções. O pouco de servidores que fazem a guarda do local não tem sido
suficiente para impedir a ação dos populares.
“O
que está acontecendo aqui no porto, é a mesma situação vista quando ainda não
existia ponte e a travessia até o Cacau-Pirêra era feita somente por aqui. Era
uma confusão, gente tomando banho, vendendo espetinho, barraca espalhada pela
via, lixo e falta de segurança. Hoje, isso se repete aos sábados e aos domingos
e, infelizmente, não podemos fazer nada. Apenas duas pessoas ficam na guarita
para controlar a entrada e a saída de carros, mas para fiscalizar o uso do
porto como balneário não existe. É um problema que ainda trará muita dor de
cabeça para a administração. Se nada for feito imediatamente, isso ficará pior
que a Ponta Negra, aos fins de semanas”, ressalta o funcionário do lugar.
Ainda
segundo o servidor, uma solução para sanar esse problema, vem sendo estudada
pelo Dnit, há meses, mas, devido ao agravamento da crise econômica do Estado e
do corte de recursos na maioria das pastas, as medidas que estavam sendo
planejadas, tiveram que ser reavaliadas, algumas mudadas, para, posteriormente,
serem adotadas. O funcionário do porto destaca que não há previsão para que as
ações de combate ao uso indevido do local sejam colocadas em prática.
Providências
Questionada
pelo EM TEMPO sobre a situação, a superintendência do Dnit, representada pelo
coordenador-geral da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental
(AHIMOC), Luciano Moreira de Sousa Filho, por meio de nota, explica que o porto
de São Raimundo é uma Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4) e,
portanto, não possui Guarda Portuária, que é obrigatória nos portos
organizados, como é o caso do Porto Organizado de Manaus, no Centro.
Ainda
segundo o coordenador, na qualidade de IP4, o porto de São Raimundo possui
somente agentes de portaria e vigias, sendo assim o acesso de pessoas às suas
instalações é permitido. Entretanto, o Dnit já está em entendimento com a
Polícia Militar, para melhorar o policiamento no porto do São Raimundo.
A
informação do servidor do porto, de que a crise econômica tem afetado o planejamento
de ações para combater a invasão descontrolada de banhista no local, também foi
confirmada por Luciano. Segundo ele, tal situação registrada há anos,
“infelizmente não tem previsão para ser resolvida”.
Fonte:
Portal Em Tempo
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