A Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que é uma
adequação do efetivo às novas condições, uma vez que a viatura será retirada
das ruas para reparo (Foto: JB Neto/Estadão)
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Determinação vale para três batalhões da capital;
Corporação diz que objetivo não é punir PMs que se envolvem em acidentes
O
coronel Washington Luiz Gonçalves Pestana, comandante do Comando de Policiamento
da Capital (CPAM-11) determinou que policiais militares que se envolverem em
acidentes de trânsito com as viaturas, mesmo em perseguição a suspeitos,
passarão a fazer policiamento a pé por tempo indeterminado. PMs ouvidos pela
reportagem dizem que a medida incentiva que o policial deixe um criminoso fugir
para não correr o risco de ser punido.
O
Estado teve acesso ao ofício do coronel que foi encaminhado para os comandos do
8.º, 21.º e 51.º batalhões, responsáveis pelo policiamento dos bairros do
Tatuapé, Móoca e Cangaíba, respectivamente. O texto traz três recomendações. Na
primeira constam procedimentos básicos da PM, como preservação do local e a
busca por provas que esclareçam os fatos.
Nas
duas últimas, o coronel Pestana diz aos comandantes dos batalhões citados para
"escalar os policiais militares envolvidos, no próximo serviço, no
policiamento ostensivo a pé, no horário de expediente administrativo,
permanecendo nesta escala até ordem em contrário; no primeiro dia útil
subsequente aos fatos, comunicar o ocorrido bem como as providências adotadas
para conhecimento deste comandante".
Policiais,
que pediram para não se identificar por temer represálias, disseram à
reportagem que agora, a tendência pode ser deixar de fazer a perseguição a
suspeitos. "O risco de bater a viatura existe", afirmou um PM.
Ofício foi encaminhado para os comandos do 8.º, 21.º e 51.º
batalhões, responsáveis pelo policiamento dos bairros do Tatuapé, Móoca e
Cangaíba
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Especialista
em segurança, o coronel José Vicente da Silva, defende as medidas. Segundo ele,
há normas na PM que recomendam que a perseguição deve ser exceção. "A
idéia é sempre montar um cerco para prender o bandido. Perseguição, somente com
autorização da central de comando".
Silva
considera que se a fuga do criminoso for uma opção de menor risco para o
policial e também às pessoas que estão próximas, deve ser adotada. "O
importante é que o método de abordagem passe sempre por treinamento".
Em
nota, a Polícia Militar declarou que a "medida não foi tomada para punir
policiais que se envolvam em acidentes". "Trata-se de uma adequação
do efetivo às novas condições, uma vez que a viatura será retirada das ruas
para reparo. Cabe esclarecer que, em todo acidente envolvendo viaturas, é
aberta sindicância para apuração de responsabilidade pela corporação",
acrescentou.
Fonte:
O Estadão
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