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Um dos caminhões apreendidos pela Polícia Federal |
Ambos são acusados de retirar ilegalmente e contrabandear
ao menos 80 toneladas de combustível no cais santista
Dois
empresários que atuam no Porto de Santos foram presos ontem pela Polícia Federal
(PF). Cada um é proprietário de uma firma especializada em recolher resíduos
oleosos produzidos por navios. Ambos são acusados de retirar ilegalmente e
contrabandear ao menos 80 toneladas de combustível de embarcações.
Além
dos detidos, outras 13 pessoas foram indiciadas por envolvimento na organização
criminosas, que é investigada pela Polícia Federal há um ano. Entre eles estão
dois tripulantes, um chinês e um búlgaro, que são chefes de máquina de dois
cargueiros de bandeiras estrangeiras. Os demais são funcionários e
colaboradores das firmas.
Na
operação deflagrada, apelidada de Mar Negro, 60 policiais cumpriram 12 mandados
de busca e apreensão em cidades da Baixada Santista e em Itajaí (SC). As ordens
judiciais foram autorizadas pela 6ª Vara Federal de Santos e tinham como alvos
as sedes das companhias e as residências dos proprietários.
Foram
apreendidos documentos e computadores que possam comprovar como funcionava o
esquema ilegal. Enquanto um dos empresários foi encontrado logo pela manhã, o outro
foi achado durante a tarde – ambos em Santos. Os nomes dos envolvidos, assim
como o das empresas não foram informados pela Polícia Federal, que continua com
as investigações.
Desvio de Combustível
Ao
todo, 10 empresas têm hoje autorização para recolher os resíduos oleosos de
embarcações no cais santista, de acordo com a Companhia Docas do Estado de São
Paulo (Codesp). Elas são especializadas em retirar o material produzido durante
as viagens, como o óleo conhecido como Sludge, e destiná-los para o tratamento
correto.
De
acordo com o delegado Ciro Moraes, chefe do Núcleo Especializado de Polícia
Marítima (Nepom), duas delas aproveitavam essa credencial para cometer o
ilícito. Com a conivência de tripulantes, funcionários preenchiam os caminhões–tanques
destinados à coleta de resíduos oleosos com o combustível (Full Oil) que
poderia ser prontamente revendido no Brasil.
Em
um dos flagrantes ocorridos no ano passado, a compra de 40 toneladas desse óleo
foi negociada entre a firma local e a tripulação do navio por US$ 12 mil (R$ 40
mil, aproximadamente).
“Esse
combustível não era para abastecer outras embarcações em Santos. Era revendido
para outros usos, como para caldeiras a óleo, fora da região”, explica o
delegado.
Escutas
telefônicas autorizadas pela Justiça ajudaram a polícia a interceptar a
negociação e flagrar outro desvio no cais, que resultaria no contrabando de
mais 40 toneladas pela outra empresa envolvida. Como a prática era rotineira,
as investigações ainda não conseguiram estabelecer o quanto as firmas
conseguiram enriquecer ilicitamente e o quanto foi contrabandeado no total.
Máfia do Óleo
Ainda
não há indícios de que a organização desmantelada ontem esteja ligada àquela
que, em 2001, foi também responsável por desviar combustível de navios no Porto
de Santos por meio de barcaças. No entendimento do delegado-chefe da PF, Júlio
Cesar Baida Filho, trata-se de situações distintas e, por enquanto, sem
relação.
Há
15 anos, Máfia do Óleo, como ficou conhecida a fraude, foi descoberta pela PF,
mas também abrangia outros portos do País, como o do Rio de Janeiro. Além do
desvio do combustível, conforme as investigações dos casos avançavam vários
assassinatos foram relacionados aos crimes, que passaram a ser acompanhados
pelo Ministério Público Federal (MPF).
Fonte:
Jornal A Tribuna
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Já que a policia federal tornou público o inquérito ,e falou em nome de duas empresas ele deveria realmente colocar esses nomes que saõ das duas empresas envolvidas,porque se não,eles estão prejudicando todas as outras empresas,já que tornou a público,divulgem os nomes,tem varias empresas que trabalham legalmente, e estao sendo prejudicadas.
ResponderExcluirAmerica Oil - Atlantic Oil
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