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Os problemas ocorreram na etapa das provas físicas (Foto:
Jornal Notícias do Dia / SC)
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Candidatos aprovados reclamam do excesso de prazo no
julgamento do processo que se encontra paralisado há dois anos
Seis
candidatos aprovado no último concurso da Guarda Portuária do Porto de São
Francisco do Sul, em Santa Catarina, realizado em 2014, entraram com uma
reclamação na Ouvidoria do Poder Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de
Santa Catarina (TJSC) sobre o excesso de prazo para o julgamento do processo
que se encontra paralisado há dois anos.
Segundo
os candidatos Diego Tiburcio Machado, Artelino Anderson Arend, Venícius
Gonçalves Souza, Rodrigo Xavier da Silva, João Vicente Vieira Barcellos e André
Ferreira Silveira, o concurso está suspenso desde julho de 2014, através de uma
Ação Civil Pública (ACP) proposta pelo MP, quando o resultado já tinha sido
homologado e publicado no Dário Oficial. Completados dois anos, nada foi
comprovado referente às denúncias feitas por candidatos reprovados numa decisão
parcial de juiz de primeira instância que não garantiu direitos àqueles que
leram o edital e se prepararam para o concurso num todo, sendo que o concurso
era de três etapas.
O
Processo 09000403720148240061 está no gabinete do desembargador Jorge Luiz de
Borba desde 23 de maio do corrente ano, somando-se a outros 1423 pendentes de
julgamento.
Após
as manifestações formuladas perante a Ouvidoria e encaminhadas ao TJSC, elas
foram recebidas como pedido de preferência na tramitação. Isso, apesar de não
ter havido nenhuma postulação nesse sentido por parte dos procuradores atuantes
na causa.
De
imediato foi realizado contato com o cartório da 2ª Vara Cível de S. Francisco
do Sul para que se viabilizasse a remessa, com a maior agilidade possível, do
CD e do HD externo, onde se encontram arquivados, os quais foram objeto de
pedido expresso formulado pela Procuradoria Geral de Justiça (PGJ). Após a
ascensão das mídias em questão, será necessária nova vista à PGJ; somente após
haverá a possibilidade de inclusão do recurso em pauta.
Ouvidoria
A
Ouvidoria é um órgão vinculado à Presidência do Poder Judiciário e tem como
objetivos servir de canal de comunicação dos públicos, interno e externo, com a
Instituição e fortalecer o exercício da cidadania. Ela não se presta a acelerar
o impulso processual, nem exerce atividade de caráter fiscalizatório.
A
finalidade do contato foi cientificar a unidade judiciária a respeito da
manifestação realizada perante a Ouvidoria e, ao mesmo tempo, dar oportunidade
ao Juízo de Direito de divulgar o bom serviço jurisdicional prestado. Essa
mediação colabora para melhoria da sensação de que o Poder Judiciário escuta o
interessado e o auxilia na busca de notícias sobre a expectativa de andamento
processual.
LEIA MAIS: JUSTIÇA SUSPENDE CONCURSO PARA GUARDA PORTUÁRIO EM SÃO FRANCISCO DO SUL
Concurso
O
concurso público do Porto de São Francisco do Sul para guardas portuários foi
suspenso por uma liminar. A promotora de Justiça de São Francisco Andreia
Favero analisou mais de vinte denúncias e moveu uma ACP sobre as
irregularidades em uma etapa da seletiva.
O
juiz da 2ª Vara Cível de São Francisco, Fernando Seara Hickel, concedeu uma
liminar suspendendo o concurso organizado pelo Instituto de Estudos Superiores
do Extremo Sul (IESES), empresa contratada pelo porto. A seletiva que contou
com 5.000 inscritos, foi realizada em três etapas: teste teórico, físico e
psicológico.
Os
problemas ocorreram na etapa das provas físicas. Os candidatos reclamaram da
mudança do dia da prova e da maneira como foi realizada a contagem dos pontos.
A chuva atrapalhou a realização dos exercícios na pista de atletismo da
Univille, em Joinville, e a organização do concurso decidiu dividir os testes
em duas etapas. As mulheres executaram os exercícios de barra, corrida e abdominal
debaixo de chuva. A prova dos homens foi adiada para o dia seguinte.
Na
liminar, o juiz considerou que “é bem possível que o desempenho das candidatas
mulheres tenha sido comprometido em razão do mau tempo”, e que “a marcação da
prova para o dia seguinte prejudicou os candidatos que não residem na cidade do
local da prova”. Das 71 candidatas, apenas uma foi aprovada.
Após
a realização das provas das mulheres, com o argumento que a chuva tinha
engrossado, os funcionários do IESES adiaram a prova dos homens. Os
concorrentes tiveram que comparecer ao mesmo local no dia seguinte para fazer
os testes físicos.
A
assessora jurídica do Porto, advogada Nasira Maria, afirmou na época, que uma
comissão do Porto organizou o concurso e que as provas seguiram de acordo com o
estabelecido pelo IESES. Enquanto não ocorre uma decisão, o porto segue com
vigilantes contratados de uma empresa terceirizada.
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Muito Obrigado pelo apoio Carlos! Isso ai! Precisamos de apoio...
ResponderExcluirAgradeço o apoio e que após a decisão dos Srs desembargadores, possamos enfim tomar posse dos cargos conquistados por mérito.
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