Soares e o cão Phelps (Foto publicada na capa do Jornal A Tribuna) |
Soares
trabalha no Canil da Guarda Portuária de Santos
Não
basta adestrar, é preciso entender o comportamento do cão. É com esse
pensamento que o técnico profissional em Psicologia e adestrador canino Eduardo
Soares de Souza, de 43 anos, encara a profissão que abraçou há nove anos. Por
suas mãos já passaram mais de 600 cães de toda a Baixada Santista, que aprenderam
não só os cinco comandos básicos – senta, deita, junto, fica e aqui -, como
também deixaram de ser medrosos, agressivos e ansiosos, por exemplo.
Soares com Phelps, parceiros há oito anos na Guarda
Portuária
|
O
que ele não esperava, entretanto, é que sua paixão pela arte de ensinar
obediência aos cães o levasse a experiências exóticas. Sem pretensões, Soares
acabou adestrando também um galo.
Isso
foi possível porque o instrutor começou a conviver com a ave desde que ela
nasceu, passando a alimentá-la. Depois, quando o galo já estava maior, ele
passou a utilizar a técnica de adestramento canino. “Para ele vir até mim, eu
fazia como com os cães, dava uma recompensa, o cafuné. Com isso, eu chamava e ele
vinha ganhar o carinho”.
Já
para a ave cantar na hora em que ele desse o comando, fez diferente. “O galo
canta sempre após outro galo. Então eu soltava o som de outro galo cantando e
ao mesmo tempo eu falava: canta galo. Com o tempo, não precisei mais o canto,
era só eu falar que ele obedecia”.
O
galo, batizado de Furacão, já não está mais com ele. Mas não foi o único animal
diferente que ele conseguiu adestrar. Soares conta que também obteve o feito
com um gato de uma amiga. “ensinei-o a cumprimentar e vir quando chamado. Mas é
difícil, já tentei com outros e não deu certo”.
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Phelps
Após alcançar a idade limite para o trabalho, os cães
geralmente são doados aos seus adestradores
|
Mas
é mesmo com os cães com que Soares gosta de estar. Principalmente com o mascote
de trabalho, Phelps, seu parceiro há oito anos na Guarda Portuária de Santos –
onde é instrutor de adestramento.
Phelps,
um pastor belga malinois, é o chamado cão completo: domina as funções de
abordagem, faro e ainda participa de eventos de dogshow – em que mostra as
habilidades como saltar, por exemplo, e diverte a plateia, especialmente as
crianças.
Basta
um comando de Soares para que o animal se transforme totalmente de um dócil
cão, capaz de ficar uma hora parado para obedecer uma ordem, em uma feroz arma,
que abocanha sem pestanejar o alvo do ataque.
Com
outro comando, o cão começa a farejar sem parar em busca de drogas – já trabalhou
em muitas operações no Porto em apoio à Polícia Federal e Receita Federal. “O
cão é capaz de decifrar mais de 20 odores ao mesmo tempo, inclusive de nossas
emoções”, afirma Soares.
Phelps
está prestes a se aposentar da Guarda Portuária. Em seu lugar entrará seu
filho, Hunter, que já está sendo treinado. “Assim que ele estiver pronto, o
Phelps sai”, afirma Soares, que já tem planos para o animal. “Quero que ele vá
morar comigo”.
Nesse
caso, Phelps dividirá o espaço com outros dois cães da raça buldog francês –
Litani e Dara -, e duas gatas, Marmelada
e Fiona. E como “em casa de ferreiro o espeto é de pau”, afirma Soares, Phelps
reinará como o animal mais obediente da matilha.
Fonte:
Reportagem publicada no Jornal A Tribuna - Santos
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