O cativeiro usado pelo bando ficava em um matagal às margens do Km 47 da
Via Anchieta, na Serra (Foto:Jornal A Tribuna)
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Cinco homens foram identificados pela DIG; eles podem ter
participado de 20 assaltos
Uma
quadrilha de ladrões de cargas que age na região foi desbaratada por policiais
da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos com a identificação de
cinco homens.
Dois
crimes foram esclarecidos, mas o delegado titular da DIG, Luiz Ricardo de Lara
Dias Júnior, acredita que o bando seja responsável por aproximadamente 20
assaltos.
Apontado
como um dos líderes do grupo, Aílton Tomaz de Campos Sampaio está preso. Outro
capturado é Bruno da Silva Aires. Ambos foram reconhecidos pessoalmente. Os
demais envolvidos foram reconhecidos por meio de fotografia, mas estão
foragidos. São eles: César Augusto Santos, Jefferson Miguel Melo e Darci
Fernandes do Prado Júnior.
O
delegado requereu à Justiça a prisão preventiva dos cinco acusados. As
investigações prosseguem para identificar os demais membros da quadrilha e
elucidar outros roubos. Segundo ele, o fato de as vítimas residirem em outras
regiões de São Paulo e até mesmo em outros estados dificulta a realização dos
reconhecimentos e algumas diligências.
Outro
obstáculo das investigações, ainda conforme Lara, diz respeito aos tipos de
cargas visadas pelo bando (açúcar, café e soja), porque elas são transportadas
a granel ou em sacas. “São cargas sem número de série. Não há como vincular
produtos a granel a certo delito. Quando estão ensacados, eles são retiradas
das sacas e os ladrões as eliminam”, explica.
Com
o descarte das sacas, os assaltantes eliminam vestígios que seriam provas do
crime. Depois, o produto é misturado a outro do mesmo tipo, tornando remota a
sua recuperação. Uma terceira dificuldade nas investigações ainda é citada pelo
titular da DIG. “Os receptadores não da Baixada Santistas, mas do Interior e
até de Minas Gerais”. O grupo agia “sob encomenda”, ou seja, roubava as cargas
mediante a certeza do interesse dos receptadores, finaliza Lara. A DIG já
possui pistas dos compradores.
Condenado
Condenado
a 4 anos e 1 mês de reclusão em regime inicialmente fechado pelo crime de
receptação qualificada, o comerciante Luiz Gustavo Plácido Domingos, o Galo
Cego, foi preso. Acusado de comprar uma carga furtada com a finalidade de
revendê-la, Luiz Gustavo foi capturado na Rua Martim Afonso, no Centro de
Santos, na quarta-feira à noite.
Segundo
o chefe dos investigadores da DIG, Paulo Carvalhal, Galo Cego não faz parte da
quadrilha desmantelada e a carga que ele furtou era de equipamentos de
informática. O comerciante foi processado perante a 1ª Vara Criminal de São
Paulo e alegou ignorar a origem ilícita da carga, mas não exibiu nota fiscal e
nem informou de quem a comprou.
Galo
Cego apelou, mas os desembargadores Otávio Henrique, Sérgio Coelho e Penteado
Navarro, do Tribunal de Justiça de São Paulo, confirmaram a condenação. Segundo
eles, a compra de produtos sem nota fiscal e por preço inferior ao de mercado
demonstra que o réu, “comerciante experiente”, sabia da sua procedência
criminosa.
Cativeiro
Um
dos roubos elucidados pela DIG ocorreu no último dia 26 de abril e teve como
alvo um carregamento de açúcar avaliado em R$ 59,8 mil.
Um
motorista trazia o produto para Santos, quando teve o caminhão interceptado na
descida da Serra da Via Anchieta por dois homens encapuzados.
A
vítima foi colocada em um carro e levada para um matagal às margens do Km 47 da
estrada, também na Serra, onde ficou mantida em cativeiro.
Três
homens vigiaram o motorista no mato, sendo dois reconhecidos: César Augusto dos
Santos, o Beiço, e Aílton Tomaz de Campos Sampaio.
Graças
ao sistema de rastreamento, o caminhão tomado de assalto foi localizado no
Casqueiro, em Cubatão, mas já estava sem a carga.
Aílton
comandou a operação junto com Darci Fernandes do Prado Júnior, o Moringa,
apontado como quem dirigiu o carro até o local do cativeiro.
O
investigador Carvalhal informou que Moringa faz parte do Primeiro Comando da
Capital (PCC) e já foi preso por roubo de carga em Minas Gerais.
Falsa
Blitz
Em
3 de maio, outro caminhoneiro foi rendido e feito refém quando trafegava pela
Alamoa, em Santos. Ele transportava uma carga de soja.
Vestidos
com jaqueta com a inscrição Polícia Civil e usando um Fiat Siena com
equipamento luminoso típico de viaturas, dois ladrões simularam uma blitz. Mais
dois homens participaram da ação e um deles assumiu o volante do caminhão,
sendo a vítima levada no carro para o cativeiro.
O
motorista ficou mantido em cárcere privado no Bairro Fabril, em Cubatão,
enquanto parte da quadrilha fugia com o carregamento de soja.
A
vítima foi solta após três horas, sendo o caminhão abandonado sem o produto no
São Manoel, bairro às margens da Anchieta, em Santos.
Aílton
Tomaz, Beiço e Jefferson Miguel Melo, o Zoio, são acusados de participar deste
crime. O quarto envolvido no caso ainda não foi identificado. Considerado um
dos mais violentos membros do bando, Beiço é apontado como um dos ladrões que
assaltaram e agrediram guardas municipais.
Os
agentes públicos faziam a vigilância de um terreno na Zona Noroeste, em 29 de
abril, quando foram rendidos por oito marginais.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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