Os tabletes de cocaína estavam escondidos dentro de blocos
de granito (Foto: Receita Federal/Divulgação)
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A droga estava escondida em blocos de pedra que seriam levados
de navio para a Espanha
No
dia 6 de maio, uma Operação da Receita Federal realizada no Porto de Itajaí,
resultou na apreensão de 811 quilogramas de pasta base de cocaína, no terminal
portuário de Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina. A droga estava
escondida em blocos de pedra que seriam levados de navio para a Espanha. No
total, foram encontrados 751 tabletes.
O
Porto de Navegantes é um porto privado, localizado na foz do Rio Itajaí, no
município de Navegantes, no estado de Santa Catarina. A empresa administradora
do porto é a Portonave SA - Terminais Portuários de Navegantes
A
carga de blocos de pedra (granito) estava dentro de oito contêineres, que foram
selecionados pela Receita Federal para passar pelo escâner, baseado em
informações de inteligência e ferramentas de análise de risco. Cada bloco pesava 17 toneladas.
Os blocos foram descarregados e fiscalizados (Reprodução –
TV RBS)
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Após
a passagem pelo scanner, as imagens evidenciaram que a composição do bloco não
apresentava consistência e semelhança, optando-se então, pelo uso dos cães de
faro da Polícia Militar.
Os
blocos foram descarregados e farejados pelo cão Lobo, do 1º Batalhão da Polícia
Militar de Itajaí, que prestou apoio à operação.
O cão Lobo, da Polícia Militar de Itajaí, que prestou apoio
à operação. (Reprodução – TV RBS)
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Durante
a inspeção, os fiscais localizaram a droga. "Descobrimos fundo falso e
dentro de uma pedra havia 200 quilos de cocaína", explicou o inspetor da
Receita Federal Luís Gustavo Robetti.
A
carga estava acondicionada em oito contêineres, cada um com um bloco de pedra
(granito). Depois de descarregada e vistoriada, foi encontrada droga em três
desses oito contêineres, resultando na localização de cinco pontos que foram
destinados a esconder a droga e dissimular a mesma dos controles aduaneiros.
Ninguém foi preso
No
momento da abordagem, estavam apenas os motoristas dos caminhões que levavam os
contêineres. Ninguém foi preso. A apreensão foi encaminhada à Polícia Federal,
que irá investigar o caso.
A
Receita Federal não informou quem é o exportador, para não atrapalhar o andamento
do processo. Ele será responsabilizado pela carga na esfera civil. As
investigações criminais ficarão sob responsabilidade da Polícia Federal.
Organização criminosa
No total, foram encontrados 751 tabletes (Reprodução – TV RBS)
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O
delegado chefe da Polícia Federal em Itajaí, Alexandre Braga, disse que uma
apreensão desse volume de drogas é difícil ocorrer:
–
Apreensões desse quilate são raríssimas. Só vemos algo parecido nos Estados
Unidos, casos de cartéis colombianos que enviam drogas em pequenos submarinos
ou grandes cargueiros. Uma quantidade dessas é impressionante.
Os
tabletes recolhidos pela Receita têm uma marca, que pode indicar a que grupo
criminoso pertencia. O responsável pela carga será enquadrado em crime de
tráfico internacional, considerável gravíssimo e similar ao crime hediondo, com
penas de até 15 anos de prisão.
Modus oprendi
Os blocos de granito estavam acondicionados em contêineres (Foto:
Lucas Correia / Agência RBS)
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Esta
não é a primeira apreensão deste tipo no país. Em 2011, a Polícia Federal
descobriu uma quadrilha que usava blocos de granito para enviar drogas à Europa
no Espírito Santo. Com o grupo foram recolhidos 181 kg de cocaína.
A
apreensão é uma das maiores já feitas no país e a maior em Santa Catarina. Em
2008, cerca de 600 quilos haviam sido encontrados em Imbituba.
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