O grupo é composto por representantes dos ministérios
da Defesa, Fazenda, Casa Civil, Justiça e das Relações Exteriores, além da
Polícia Federal, Receita Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e
do Gabinete de Segurança Institucional
O
governo federal anunciou na última quarta-feira (25), a criação do Comitê
Executivo de Coordenação de Controle de Fronteiras, para unificar as ações de
combate aos crimes na fronteira do país, especialmente o tráfico de drogas e
contrabando. O grupo é composto por representantes dos ministérios da
Defesa, Fazenda, Casa Civil, Justiça e das Relações Exteriores, além da Polícia
Federal, Receita Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do
Gabinete de Segurança Institucional.
O
Comitê, de caráter permanente, vai integrar as políticas e mecanismos de
combate ao contrabando de produtos e armas, tráfico de drogas ilegais e crimes
de descaminho. A articulação da inteligência brasileira de combate ao crime
fortalecerá a fiscalização no interior do País e nos 17 mil quilômetros de
fronteiras secas, além das marítimas e fluviais.
“É
uma ideia antiga e, por solicitação dos ministros José Serra e Raul Jungmann, o
presidente Michel Temer resolveu dar foco, luminosidade na ação do Brasil em
várias áreas de fronteiras”, disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
De
acordo com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, a ideia é promover
ações integradas e permanentes nas regiões de fronteira. “A ideia é ter uma
visão comum, aprofundar o diagnóstico, fazer com que ações tenham caráter
permanente e não episódicos, como outras ações que foram bem-sucedidas, mas
careceram de continuidade nessa matéria”, disse.
“São
três tipos de problemas que temos: contrabando de armas, tráfico de drogas e de
mercadorias. São 30 bilhões de reais (de contrabando) por ano, e perde-se pelo
menos 20 milhões de reais em receita, sem mencionar que (as mercadorias) são
feitas sem gerarem emprego no país”, afirmou o ministro das Relações
Exteriores, José Serra.
O
comitê, segundo o ministro, também terá como objetivo ampliar a cooperação
bilateral entre os países da região. “O crime não se dá na linha da fronteira,
mas no interior dos territórios, seja na origem, seja no deslocamento. A ideia
é ter um mecanismo permanente. Uma ação coordenada que vai envolver, no futuro,
uma ação diplomática, que tem existido, mas muito mais intensa”, explicou.
Próximas ações
“Para
aumentar a vigilância e a efetividade das operações estamos alugando de Israel
um satélite de baixa altitude, uma ferramenta tecnológica fundamental que
permite uma resolução de 4 ou 5 metros a partir do espaço. Vamos poder
acompanhar todo e qualquer movimento em nossas fronteiras, que servirão de
ferramentas para Defesa, Receita, Polícia Federal e Ibama. Isso significa um
salto tecnológico” , disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
O
ministro da Defesa explicou que não haverá restrição orçamentária, já que a
ação reúne várias operações já programadas em uma única. Segundo ele, serão 15
mil homens, oito navios e 80 lanchas, além de aproximadamente 20 agências e a
participação dos países fronteiriços.
Operação Ágata
O
ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou que as Forças Armadas farão uma
nova etapa da Operação Ágata, de combate a crimes na fronteira, para garantir a
segurança da Rio 2016.
“Vamos
iniciar, nos próximos, dias uma operação que irá envolver 15 mil homens na
fronteira, 27 aeronaves, oito navios e 80 lanchas, ao custo de R$ 9 milhões.
Ela vai envolver todas as nossas fronteiras e visa assegurar a realização
tranquila para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.”
A
ação, segundo o ministro, será baseada na inteligência e ocorrerá de forma “não
previsível” e em vários momentos.
Cooperação Internacional
Para
viabilizar o sucesso da iniciativa, o ministro José Serra aproveitou sua
recente viagem à Argentina e combinou com o presidente Mauricio Macri um
encontro reunindo as nações que fazem fronteira com os países, principalmente as
da região Sul do Continente.
Na
ocasião, Brasil e Argentina se comprometeram a unir esforços para realizar um
encontro com as nações que fazem fronteira com os dois países, principalmente
os da região sul do continente.
“A
ação diplomática é essencial. Temos 17 mil km de fronteiras, e boa parte serve
como trânsito para ações delituosas. Temos que somar forças com a Argentina.
Este assunto será puxado por Brasil e Argentina”, concluiu Serra.
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