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terça-feira, 10 de maio de 2016

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EMPRESÁRIOS DO SETOR PORTUÁRIO SUGEREM PRIVATIZAR AS DOCAS




O início do processo de privatização das Docas faz parte também da agenda elaborada pela Conferência Nacional da Indústria (CNI) para o período 2016-2018.

Os empresários do setor portuário querem levantar uma nova bandeira no eventual governo do vice-presidente Michel Temer: a privatização das Companhias Docas. Tabu na era petista, a proposta de transferência de controle das sete estatais responsáveis pela administração dos portos organizados será levada a Temer pela Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), maior entidade representativa do setor.
Para o presidente da ABTP, Wilen Manteli, as Docas precisam ser saneadas e recuperar sua capacidade de investir. Elas executaram só 46% do orçamento total de R$ 820 milhões para investimentos no ano passado. Manteli cita apenas uma das distorções acumuladas por essas empresas: o Porto de Santos tem 700 vigias portuários, subaproveitados e com estabilidade de emprego.
O início do processo de privatização das Docas faz parte também da agenda elaborada pela Conferência Nacional da Indústria (CNI) para o período 2016-2018. "Essas administrações públicas encontram-se com baixa capacidade gerencial, elevados passivos trabalhistas e incapacitadas para promover as transformações necessárias para elevar a eficiência dos portos públicos a padrões internacionais", diz o documento.
Na avaliação da CNI, as tentativas de fixar metas de desempenho nas estatais portuárias foram malsucedidas e sua modernização é justamente a parte da Lei dos Portos - sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 2013 - que menos avançou.
Nos últimos anos, o governo buscou acelerar a contratação de obras de dragagem nos canais de acesso aos portos, bem como desenvolver a infraestrutura de acesso terrestre, mas esbarrou seguidamente em amarras burocráticas e em um cipoal de recursos de recursos de consórcios que perdiam as licitações. O ex-ministro César Borges, da Secretaria de Portos (SEP), chegou a ventilar a possibilidade de que empresas responsáveis por serviços de serviços de dragagem atuavam em cartel.
São sete companhias espalhadas pelo país: Codesp (portos do Estado de São Paulo), CDRJ (Rio de Janeiro), Codeba (Bahia), Codesa (Espírito Santo), CDP (Pará), Codern (Rio Grande do Norte) e CDC (Ceará). Os terminais que movimentam as cargas já são arrendados à iniciativa privada.
Um sinal de fragilidade das estatais veio no último leilão de novos arrendamentos promovido pelo governo. Em vez de entrar no caixa das Docas, como ocorria no passado, o dinheiro das outorgas pagas pelos grupos vencedores foi para o Tesouro Nacional.
Ciente de que uma possível privatização das companhias tende a ser um processo lento e gradual, a ABTP sugere medidas de transição. Uma das mais urgentes, segundo Manteli, é o fortalecimento dos conselhos de autoridade portuária. Esses conselhos são formados em cada porto por representantes do poder público, do setor privado e dos trabalhadores. Atualmente já podem propor alterações no zoneamento portuário e mecanismos para a atração de cargas, entre outras atribuições. "Os conselhos também poderiam ter autorização para nomear ou destituir gestores", diz o executivo.
De acordo com Manteli, porém, o primeiro passo é garantir a manutenção da SEP. Inicialmente falava-se na intenção de Temer de criar um "superministério" da Infraestrutura, mas a ideia refluiu. "A descontinuidade na Secretaria de Portos tem sido letal", afirma o presidente da ABTP, em referência ao fato de que ela teve sete ministros desde 2007. "Mesmo assim, ela precisa continuar existindo."


Fonte: Valor Econômico / Sindaport.

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COMENTÁRIOS

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7 comentários:

  1. ok canalhas . mas nao vao levar essa . nao sem luta dos portuarios , vamos transformar os portos em trincheiras .
    gp alexandre -es

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  2. À LUTA, SEMPRE!

    CILENO BORGES

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  3. o momento e muito serio . vejam que esses abutres nao esperam nem o governo dos entreguistas e ja partem pra canalhece. o que esse canalha chama de vigias portuarios e na verdade a guarda portuaria . estao conosco em sua alca de mira. temos que nos mobilizar urgentemente.

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  4. Essa mobilização Nacional já deveria ter começado a anos. O que estamos esperando? Primeira luta, virar um órgão independente, sair do âmbito das docas

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  5. Mobilização nacional já! Lutar pra ser um órgão autônomo, sem vinculação com qualquer companhia docas! As próprias docas atrasam a Guarda portuária!

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  6. EU VEJO COMPANHEIROS DA GUARDA PORTUÁRIA FLERTANDO COM A DIREITA . TUDO BEM CADA
    UM TEM A POSIÇÃO POLITICA QUE QUISER , MAS UMA POSIÇÃO POLITICA QUE PODE LHE TIRAR O PÃO DE CADA DIA , AI JÁ É BURRICE DEMAIS. MAS O MOMENTO É DE AGORA QUE
    ELES JA TOMARAM O PODER DE TENTAR SEGURAR A BARRA. PORQUE ELES VÃO VIR PRA CIMA
    DA GUARDA PORTUÁRIA COM FORÇA , COMO JÁ DEMONSTRADO , NESTE MESMO ARTIGO. ONDE OS CAPITALISTA , AGORA COM APOIO POLÍTICO , ESTÃO A VONTADE PARA PERPETRAR OS
    SEUS INTENTOS , RETIRADAS DE CONQUISTAS SOCIAIS E TRABALHISTAS E METENDO O LENHO NA CLASSE TRABALHADORA , ONDE AGORA NÃO EXISTE MAIS O ANTEPARO DE UM GOVERNO DE ESQUERDA PARA BARRAR A SEDE DO CAPITAL.

    GP ALEXANDRE - ES

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  7. Já devia ser uma autarquia há muito tempo a guarda portuária.

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