Além
de Leandro Skurczynski, a esposa dele também é acusada de improbidade
administrativa e enriquecimento ilícito
A
pedido do Ministério Público Federal em São Paulo, a Justiça Federal decretou a
indisponibilidade de bens do auditor fiscal da Receita Federal Fabio
Skurczynski e de sua mulher, Ângela Maria Leandro Skurczynski. O casal é alvo
de ação de improbidade administrativa ajuizada pelo MPF por suposto
enriquecimento ilícito.
O bloqueio de R$ 6,36 milhões visa à garantia
de recursos para a recomposição do patrimônio público e o pagamento de multas
em caso de condenação ao final do processo. As informações foram divulgadas no
site do Ministério Público Federal em São Paulo nesta terça-feira, 12.
Fabio
Skurczynski, da Delegacia Especial da Receita Federal de Administração
Tributária em São Paulo, apresentou variação patrimonial incompatível com os
rendimentos declarados, nos anos de 2006 a 2009, segundo a ação de improbidade.
Em inquérito civil, o Ministério Público Federal apurou que o servidor e a
mulher utilizaram uma empresa de fachada, em nome de Ângela, para ocultar a
origem ilícita do patrimônio a descoberto de mais de R$ 582 mil.
A
empresa A.M.L. Bordados, cuja sede fica na residência do casal não possui
nenhum funcionário nem apresenta nenhum crédito em conta corrente que tenha
correspondência direta com as notas fiscais emitidas no período. Ao consultar
os principais supostos clientes declarados pela empresa, "foram
constatadas divergências em relações aos valores informados e descobriu-se que
vários clientes nunca tiveram relação comercial com a A.M.L".
Segundo
a Procuradoria da República "foram encontrados indícios de que a relação
comercial com a empresa Labutare foi uma simulação".
"Durante
o inquérito, Fábio e Ângela tiveram oportunidades para demonstrar a suposta
licitude do crescimento de seu patrimônio", destaca texto divulgado pelo
site do Ministério Público Federal em São Paulo. "No entanto, em nenhum
momento conseguiram esclarecer as variações acima dos seus rendimentos
declarados."
Além
do pagamento de multas, a procuradora da República Thaméa Danelon, autora da
ação por improbidade, requereu que os réus tenham seus direitos políticos
suspensos por dez anos e sejam proibidos de firmar contratos com o poder
público ou receber benefícios fiscais e de crédito pelo mesmo prazo. A ação
pede que Fábio Skurczynski também sofra perda da função pública.
A
reportagem tentou contato com o auditor da Receita Fabio Skurczynski, mas ele
não atendeu ligação para seu celular nem deu retorno.
Fonte:
Jornal A Tribuna.
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