Na pauta da reunião o
processo de terceirização da Guarda Portuária desencadeado pelos gestores da
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA).
Atendendo
solicitação de audiência em caráter de urgência encaminhada pelo presidente do
Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy
Cirino dos Santos, a Advocacia Geral da União (AGU), que tem à frente o
ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, agendou o encontro para o próximo
dia 30, em Brasília.
Na
pauta da importante reunião o parecer emitido pela Assessoria Jurídica da
própria AGU (nº 00065/2016/ASJUR-SEP/CGU/AGU, sob a NUP 00045.000657/2016-26),
que discorre sobre o processo de terceirização da Guarda Portuária desencadeado
pelos gestores da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA).
"A
linha de atuação do Sindaport será no sentido de assegurar que a categoria não
tenha prejuízos em face da avaliação jurídica atual, considerando o disposto
nas portarias 121/2009 e 350/2014 emitidas pela Secretaria de Portos (SEP), que
regulamentam a questão nos termos da Lei 12.815, mais precisamente em seu
inciso XV do parágrafo 1°, do artigo 17°", esclareceu o dirigente
sindical.
Devido
aos desdobramentos políticos que tomaram conta da capital do País nos últimos
dias, a presença de José Eduardo Cardozo na reunião com os portuários ainda não
é certa. Nesse sentido, caso a ausência do titular da autarquia seja confirmada
a AGU estará representada pelo Consultor-Geral da União, José Levi Mello do
Amaral Júnior.
Para
defender os interesses e o mercado de trabalho dos guardas portuários que atuam
nos portos estatais, o mandatário do Sindaport terá um aliado de peso durante a
audiência. "Vamos à Brasília com o intuito de preservar os direitos dos
companheiros, que estão previstos nas portarias 121 e 350 da própria SEP,
conforme aprovado pela categoria", destacou o presidente da Associação
Profissional da Guarda Portuária - Porto de Santos (Aprogport), Sinval
Nascimento de Santana.
O
mandatário da associação avalia que a terceirização em curso nos portos do
Paraná representa uma séria ameaça para os empregados das companhias docas
administradas pelo Poder Público. "O início da precarização de uma das
mais importantes atividades exercidas nos portos brasileiros e o parecer
emitido pela AGU não deixa dúvidas de que estamos diante de um momento
extremamente preocupante e delicado.", disse Sinval, que pede serenidade
aos guardas portuários da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Sinval
e Everandy Cirino fizeram questão de agradecer o deputado federal Paulo
Teixeira (PT-SP), que intermediou o agendamento da audiência que acontecerá na
quarta-feira da próxima semana. "Nós o oficiamos pedindo seu apoio e ele
novamente nos atendeu de imediato, demonstrando não apenas toda sua preocupação
diante dos nossos argumentos, mas principalmente porque mais uma vez provou ser
um legítimo homem do porto", concluiu o presidente do Sindaport.
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