Esta foi uma das ações
aprovadas no Encontro Nacional da Guarda Portuária, realizado na quarta (24) e
quinta-feira (25), em Paranaguá.
Os
mais de 2.000 guardas portuários que atuam nos 30 portos do país farão uma
paralisação de duas horas no mês de março. O objetivo é chamar a atenção da
sociedade e das autoridades pelo não cumprimento das normas de segurança
internacionais e das portarias federais que regulamentam a atividade.
Esta
foi uma das ações aprovadas no Encontro Nacional da Guarda Portuária, realizado
na quarta (24) e quinta-feira (25), em Paranaguá. O evento foi organizado pela
Federação Nacional dos Portuários (FNP), Associação da Guarda Portuária do
Paraná (AGPE-Pr) e Sindicato dos Trabalhadores na Administração dos Portos do
Paraná (Sintraport).
Vieram
à Paranaguá representante dos portos da Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul, São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco, Espírito Santo. No encontro, foram
abordados e discutidos os diversos problemas que a corporação enfrenta, com
ênfase à questão da terceirização, já iniciada no Porto de Paranaguá.
Com
o tema “Unidos contra a terceirização”, os organizadores convidaram
especialistas da área de segurança portuária e direito portuário para mostrar
qual o papel e os desafios da corporação neste momento, considerando as
mudanças trazidas pela lei 12.815/2013.
Na
abertura estiveram presentes, o presidente da Federação Nacional dos Portuários
(FNP), Eduardo Guterra; da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ),
Thiago Bonetti; da Capitania dos Portos do Paraná, capitão Marins; da
Prefeitura de Paranaguá, a secretária de segurança Regina Nakamori; e da Câmara
de Vereadores, o vereador Arnaldo Maranhão.
“Estamos
chamando a atenção da sociedade para o tema. O Brasil adotou um código
internacional de segurança que as autoridades não estão cumprindo. Para
cumprir, a Guarda Portuária precisa ser revitalizada, com trabalhadores bem
preparados, equipamentos adequados e treinamento constante, não com o
sucateamento e a terceirização da segurança nos portos”, afirmou Eduardo
Guterra da FNP. Segundo o presidente do Sintraport, Gerson Antunes, a categoria
está unida e acompanhando as movimentações na Câmara dos Deputados, na Secretaria
de Portos e na ANTAQ.
Carlos
Carvalhal, (Ex-Inspetor da Guarda Portuária na Codesp (Porto de Santos), disse na
sua palestra, que os principais desafios são fazer cumprir as portarias 121 e
350 da SEP, dar andamento no PL 3972/15 e recuperar os postos terceirizados.
“Tudo isso poderemos conseguir através da união das bases”, disse Carvalhal.
Outro
assunto que também foi muito comentado foi a questão do porte de arma. Guardas
Portuários de Recife e Salvador levantaram a questão. O GP Lucas, do Porto de
Salvador, citou que as armas adquiridas pela Codeba estão guardadas no cofre da
empresa desde 2011 sem uso.
Na
chácara dos portuários do Sintraport, o evento foi encerrado no dia 25, com a
definição dos itens que constarão no documento do encontro, como a paralisação
de advertência. A “Carta de Paranaguá” será divulgada nos próximos dias pelos
representantes da categoria.
Terceirização
em Paranaguá
No
mês de novembro, foi assinado o contrato 82/2015 de R$ 4,3 milhões entre a
Administração dos Portos de Paranaguá a Antonina (Appa) e a empresa Ondrepsb
para a terceirização da área de segurança. Vigilantes já estão em diversas
áreas do Porto. Segundo o Sintraport, os terceirizados não foram treinados,
trabalham sem fardamento e desarmados. Já o controle de acesso, está sendo
feito por oito funcionárias contratadas como recepcionistas, através de um
aditivo no contrato da Appa com a empresa Emparlimp e também já estão
trabalhando.
Portarias 121 e 350
As
regulamentações citadas no Encontro Nacional da Guarda Portuária, impedindo a
terceirização da área de segurança portuária é o artigo 2° da Portaria 121/2009
da SEP com a seguinte redação: “É da competência da Administração organizar e
regulamentar os serviços de Guarda Portuária, a fim de prover a vigilância e a
segurança”. Foi citada ainda a Portaria 350/2014 da mesma secretaria onde está
escrito: “A administração do porto, na qualidade de autoridade portuária,
deverá estabelecer, na sua estrutura organizacional, diretamente subordinada ao
seu dirigente máximo, unidade administrativa encarregada de organizar,
gerenciar e supervisionar os serviços de segurança portuária”.
Decisões
Já
existem decisões contrárias à terceirização. Em agosto de 2015, os ministros do
Tribunal de Contas da União (TCU), reunidos em sessão extraordinária, após a
explanação da relatora Ana Arraes determinaram que a Companhia Docas do Pará
(CDP) cesse as terceirizações de prestação de serviços de vigilância armada e
desarmada nas áreas dos portos organizados sob sua jurisdição, considerando sua
ilegalidade à vista da redação das Portarias 121/2009 e 350/2014 da Secretaria
de Portos (SEP).
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COMENTÁRIOS
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Acredito que a GP daqui da CDP não vá articular essa paralisação
ResponderExcluirjá que o presidente do sindicato daqui boicotou esse congresso
A NÃO ser que as canecas façam greve no lugar dos guardas.
Azevedo
Um absurdo isso. É O pior que só uma meia dúzia de associados receberam esses brindes.
ExcluirEZEQUIEL
Tudo no mundo é frágil tudo passa .
ResponderExcluirInclusive esses pelegos .
GP Alexandre es
VAMOS TODOS JUNTOS VIRAR ESSE JOGO E COM DEUS À FRENTE ACABAR COM A TERCEIRIZACAO EM PARANAGUA
ResponderExcluirCILENO BORGES
Perfeito chileno . todas as guardas tem que estarem unidas para repelir qualquer ataque seja em que doca acontecer temos que chegar fortes .
ResponderExcluirGp Alexandre es
Só corrigindo o nome do companheiro Cileno e não chileno afinal é antes de
ResponderExcluirTudo brasileiro . é que estou digitando
De celular e a precisão não é a mesma.
GP Alexandre es
Vamos lá Guarda Portuária do Brasil continuar firmes e fortes,pois quem não luta por seus direitos não é digno de tê-los.
ResponderExcluirGp Amorim Santana-Ap
TODOS JUNTOS PARA LUTARMOS PELA VOLTA DA GUARDA PORTUÁRIA DO AMAZONAS
ResponderExcluirJA QUE O PORTO DE MANAUS ESTADUALIZOU E ACABARAM COM A GP DE LÁ
PORTO QUE ERA GERIDO PELA CIA DOCAS DO MARANHAO
MAS QUE AGORA PODERÁ SER GERIDO PELA CDP
VAMOS LÁ PESSOAL DA CDP
VAMOS REORGANIZAR A GP DO AMAZONAS JUNTOS COM O GUARDAS DE TODO BRASIL E DO AMAZONAS DISPOSTOS A RECRIAR A NOSSA GUAPOR EM MANAUS
GP RAMOS