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O
Hezbollah, que significa “Partido de Deus”, surgiu após a ocupação do Líbano por Israel.
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A droga saía do Brasil por meio dos
portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
A ligação entre o grupo e o Hezbollah
foi detectada pelo DEA (departamento antidrogas dos EUA).
A
PF (Polícia Federal) disse ter encontrado indícios de ligações entre
traficantes internacionais de drogas baseados em Rio Claro (173 km de São
Paulo) com o grupo fundamentalista libanês Hezbollah. Segundo a instituição, o
lucro da venda de drogas pode ter sido utilizado para financiar atividades do
grupo no exterior. A informação foi confirmada em nota pelo delegado
Florisvaldo Emílio das Neves, da PF em Piracicaba.
Os
11 traficantes, presos em dezembro de 2014, estão sendo julgados pela Justiça
Federal de Piracicaba. Neves não informou detalhes da possível ligação do grupo
com os traficantes.
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Apreensão
na Operação Beirute (Foto: Divulgação Receita Federal)
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Ele
também relatou que a ligação com a organização internacional não altera em nada
a tipificação dos crimes cometidos pelos traficantes. "Esse fato, embora
reclame maior atenção com a segurança, como reforço nas escoltas, por exemplo,
não altera o panorama de organização criminosa e tráfico transnacional de
drogas dos crimes", disse Neves.
Responsável
pelo julgamento do caso, a juíza da 1ª Vara da Justiça Federal em Piracicaba,
Daniela Paulovich, afirma que o processo não investiga a ligação dos
traficantes com o Hezbollah. "Estamos analisando apenas a questão do
tráfico internacional de drogas. Existe uma investigação relacionada ao
terrorismo, mas não está nesse processo", informou.
A
ligação entre o grupo e o Hezbollah foi detectada pelo DEA, o departamento
antidrogas norte-americano, e repassada à PF no primeiro semestre de 2014. Por
meio da Operação Beirute, a PF realizou escutas nos telefones dos traficantes e
comprovou que a droga era comprada na Bolívia e entrava no Brasil pela
fronteira com o Paraguai. De lá, era remetida para Rio Claro, onde era
escondida em carregamentos de pisos cerâmicos exportados, em contêineres, para
países africanos, europeus e do Oriente Médio. A droga saía do Brasil por meio
dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
De
acordo com a PF, a quadrilha era chefiada por um libanês e atuava no Brasil
havia pelo menos dez anos, sendo que os três principais líderes do grupo eram
libaneses. Os brasileiros entravam na operacionalização do esquema. Após a
investigação, 11 pessoas foram presas e mais de 1,5 tonelada de cocaína foi
apreendida.
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Cerca
de 1,1 tonelada de cocaína apreendida em 2014 em Ipeúna (Foto:Valter
Martins/Piracicaba em Alerta)
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Todos
os presos acusados estão sendo julgados na 1ª Vara Federal de Piracicaba. Eles
respondem pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de
drogas e associação para o tráfico, com penas que variam de 8 a 30 anos de
reclusão. Há ainda uma investigação em curso na PF sobre a relação dos
traficantes com o terrorismo, fato que também é investigado pelo DEA.
A
reportagem tentou falar com o advogado indicado nos autos como defensor do
libanês, mas ele não foi localizado em seu escritório para comentar. Em sua
defesa, entretanto, o acusado afirma que não há provas que caracterizem o ato
como tráfico internacional de entorpecentes e sua relação com os outros
envolvidos como formação de quadrilha. Ele também argumenta que tem sofrido
coação de movimentos por se encontrar preso sem base legal, segundo sua defesa.
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Acho improvável o Hezbollah ter envolvimento com narcotráfico até porque eles não precisam disso, tem financiamentos do Irã, do Líbano até porque lá é um partido político, da Rússia, do Bashar Al Assad porque são todos aliados, de pessoas do mundo todo, enfim, é muito suspeito os EUA acusar o Hezbollah de participação sendo que 1 pessoa do partido é quem comprava a droga.
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