Autoridades europeias
afirmam que entorpecente foi embarcado no cais santista e transportado
escondido em um contêiner.
Autoridades
europeias apreenderam 300 quilos de cocaína em contêiner que havia sido enviado
do Porto de Santos à Bélgica. A localização dos entorpecentes ocorreu por
acaso, depois de a carga ter chegado às proximidades da fronteira entre a
Alemanha e a França. No Brasil, a Polícia Federal acompanha o caso para tentar
encontrar os responsáveis pela ação.
A
droga estava dividida em 283 tabletes, armazenados em nove malas de viagem, e
escondidos entre peças mecânicas. Todo o material foi localizado por
funcionários de uma empresa de logística instalada na cidade alemã de Wörth am
Rhein, vizinha aos franceses. A firma é a responsável pela importação da carga
brasileira, que estava sendo transportada até o país europeu.
Investigadores
disseram à agência de notícias Associated Press que a quadrilha internacional
que planejou o transporte do entorpecente não conseguiu recuperá-lo no porto
belga de Antuérpia, onde o navio fez escala para que a carga fosse
desembarcada. De lá, ela seguiu viagem de caminhão até a empresa que faria a
entrega das peças importadas aos clientes.
Ao
fazerem o rastreamento do contêiner, os policiais que investigam o caso
descobriram que ela havia sido embarcada em um terminal no Porto de Santos, no
início do último mês. De lá, o cargueiro seguiu viagem diretamente para a
Europa, sem realizar qualquer outra parada onde pudesse ocorrer o embarque
clandestino da droga. Por enquanto, não há informações de presos.
Deste
lado do Atlântico, as autoridades brasileiras se dizem atentas ao que ocorreu.
Principalmente pelo embarque da droga ter ocorrido depois da apreensão de pouco
mais de uma tonelada de cocaína em três operações distintas, em um intervalo de
15 dias e frustrar a ação de quadrilhas internacionais que atuam no cais
santista.
Deste
lado do Atlântico, as autoridades brasileiras se dizem atentas ao que ocorreu.
Principalmente pelo embarque da droga ter ocorrido depois da apreensão de pouco
mais de uma tonelada de cocaína em três operações distintas, em um intervalo de
14 dias e frustrar a ação de quadrilhas internacionais que atuam no cais santista.
Organização celular
O
delegado Ciro Tadeu Moraes, do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) da
Polícia Federal em Santos, confirma que já existem investigações em andamento
sobre esse e outros casos. "Recebemos a comunicação de autoridades europeias
sobre outras localizações de drogas. Estamos atrás dos envolvidos aqui no
Brasil", disse.
Ele
explica que o trabalho é complexo, uma vez que as quadrilhas especializadas
trabalham em células de atuação. Isto é, quando um grupo de criminosos que atua
no embarque clandestino da droga, por exemplo, é identificado pela polícia e,
automaticamente, descartado pelos agenciadores. É uma tática para despistar.
"A
organização deles é muito celular. Se alguém for preso hoje, as quadrilhas
substituem rapidamente os grupos" - delegado Ciro Tadeu Moraes, da Polícia
Federal
"Cada
envolvido é responsável por uma parte. Não, necessariamente, por uma só
quadrilha e, por isso, é fácil substituir a forma de envio da droga",
pontua, ao reiterar a informação já noticiada por A Tribuna de que mais de uma
organização criminosa atua no Porto de Santos. "Nós temos que bloquear
essa ação, que começa na entrada da droga no País".
A
cocaína que é exportada clandestinamente pelo cais santista não é feita no
Brasil, segundo o delegado. A substância é preparada em países vizinhos, como
Bolívia, Colômbia e Peru. De lá, atravessam a fronteira terrestre e seguem até
os complexos portuários que possuem rotas frequentes com a Europa.
Uma tonelada
Uma
tonelada de cocaína que seria exportada clandestinamente para a Europa foi
apreendida por agentes federais no Porto de Santos em um intervalo de duas
semanas no mês de agosto. Investigação e denúncias anônimas levaram policiais e
autoridades alfandegárias a encontrarem as drogas escondidas em compartimentos
de navios e em contêineres.
Em
12 de agosto, 471 quilos de cocaína escondidos no navio Saga Journey, de
bandeira chinesa, que estava atracado no Armazém 31 do cais santista. Os
entorpecentes tinham como destino a Espanha, onde deveriam ser distribuídos por
países vizinhos. Na ocasião, não ocorreram prisões e as investigações tentam
descobrir até hoje a procedência da droga.
Oito
dias depois, mais 216,5 quilos da mesma droga foi encontrada a bordo do
cargueiro panamenho MSC Krystal, atracado em um terminal da Alemoa. A
localização da droga, também armazenadas em malas, ocorreu dentro de um
contêiner que tinha como destino a cidade portuária de Antuérpia, na Bélgica.
Análise de risco da Receita Federal foi decisiva para os trabalhos.
No
dia 26, exatos 317 quilos de cocaína foram apreendidos pelos agentes. Uma
denúncia os levou até o pátio de um terminal da Alemoa, onde conseguiram flagra
um caminhoneiro escondendo as bolsas com a droga em um contêiner que seria
embarcado no navio MSC Antares e transportado para Roterdã, na Holanda. O homem
foi preso e as investigações procedem.
Flagrante
Em
abril, A Tribuna divulgou um vídeo inédito em que mostra a ação de uma
quadrilha internacional que embarcou os entorpecentes em um navio que estava
atracado na baía de Santos. Ao todo, foram apreendidos 172 quilos de cocaína,
que foram escondidos em um dos compartimentos internos do MSC Loretta, um
porta-contêiner, com bandeira do Panamá.
Na
ocasião, três sérvios foram investigados por suspeita na participação do
crime. O entorpecente foi embarcado
enquanto o cargueiro aguardava para entrar no cais santista, durante ação de
parte de uma quadrilha que atua no tráfico internacional. Imagens registraram o momento que a droga era
içada para o navio. Ela ficou escondia por dois dias, até ser encontrada
durante varredura.
Fonte: Jornal A Tribuna.
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