Na operação padrão realizada no dia 12/08 houve longas filas de trabalhadores |
Uma
liminar obtida na justiça pelos terminais do Porto de Itaguaí impedirá que a
Guarda Portuária realize sua operação padrão durante a greve dos portuários que
está programada para hoje. Segundo informações, caso a ordem judicial seja
descumprida, o Sindicato da categoria estará sujeito ao pagamento de uma multa
de R$30.000,00 por dia.
O
Porto de Itaguaí foi demasiadamente afetado pelas operações padrões que vêm
sendo realizadas pelos guardas portuários, principalmente nos dias 12, 13 e 14
de agosto, que levaram colapso aos terminais, principalmente ao Sepetiba Tecon
que atende a massa de exportadores e importadores. Segundo o terminal,
armazenagens de importação e deadlines de entregas de cargas para exportação
foram estendidas, sem que os usuários fossem prejudicados financeiramente com
as despesas portuárias. O mais trabalhoso, no entanto, foi remanejar as
milhares de janelas de entregas e retiradas de cargas e contêineres que foram
perdidas. Mencione-se ainda que perdas de embarques de exportadores foram
verificadas e que isso atrasa o recebimento das quantias pelas vendas dos
produtos no exterior.
Segundo
nossas fontes, o que pesou para obtenção da liminar foram as severas
dificuldades de acesso ao porto impostas aos trabalhadores da iniciativa
privada, que ficaram até 2 horas em pé, no sol e em filas enormes para que
pudessem chegar aos seus postos de trabalho. Nesse sentido, deve ser salientado
que os caminhoneiros também são sacrificados com as enormes filas e que o
trânsito nas regiões dos portos também entra em colapso, muitas vezes, afetando
o direito de ir e vir dos cidadãos, tal como ocorre no bairro do Caju no Rio de
Janeiro, que fica literalmente parado quando ocorrem operações padrões.
Não
tivemos acesso ao teor da liminar, porém, trata-se de um precedente muito
interessante. Embora o UPRJ seja o único que venha a público apoiar os portuários
nessa luta contra o aparelhamento da Cia. Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) pelo
PMDB, verifica-se que, mesmo sendo contra as operações padrões, a comunidade
portuária é muito simpática ao movimento dos portuários em defesa da companhia,
principalmente, pelo momento que o país atravessa, em que toda a gestão pública
vem sendo duramente questionada pela sociedade.
Estava
programada para ontem às 11 horas da manhã uma nova assembleia dos portuários.
Uma série de exigências foi enviada ao Diretor-Presidende da CDRJ, com destaque
ao cumprimento da Portaria n°. 350 da SEP, na parte que trata das nomeações de
cargos para a guarda portuária, fato que inclusive foi objeto de denúncia ao Ministério Público por improbidade administrativa.
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