Uma
decisão de junho deste ano, da 13ª Vara do Trabalho de Vitória, condenou a
Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) a pagar multa de R$ 4 milhões por
descumprimento de decisão judicial. O valor já corrigido, atualizada até 1 de
julho último, eleva o valor da multa para R$ 4,3 milhões. A empresa foi
condenada porque terceirizou função restrita a guardas portuários.
De
acordo com o os Sindicato da Guarda Portuária (Sindguapor), que levou a
denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT), a atual direção da Codesa
poderia ter evitada a multa milionária, caso tivesse acatado a decisão liminar
de maio de 2012, que estabeleceu o prazo de seis meses para a empresa portuária
realizar concurso e substituir a mão de obra terceirizada.
A
Ação Civil Pública do MPT/PRT da 17° Região denunciou o contrato de
terceirização firmado com a empresa Visel. Segundo a ação, a função
terceirizada pela empresa é exclusiva da guarda portuária, conforme prevê a Lei
12.815/2013 (novo marco regulatório dos Portos) e as portarias 121/2009 e
350/2014 SEP/PR - Secretaria Especial de Portos da Presidência da República.
Mesmo
após ser notificada pela Justiça, a empresa não cumpriu a decisão. A princípio,
a Justiça do Trabalho estabeleceu uma multa de R$ 200 mil pela irregularidade,
e exigiu a realização do concurso no prazo de seis meses. A empresa, no
entanto, preferiu manter os terceirizados e recorrer da decisão.
Como
a empresa não cumpriu a decisão, o juiz revogou a multa de R$ 200 mil e
estabeleceu uma nova multa máxima de R$ 4 milhões. Embora o sindicato tivesse
reivindicado o valor de R$ 9 milhões, que seria a soma da multa diária de R$ 10
mil, desde 23 de maio de 2012. Mas o juiz acabou fixando o teto em R$ 4
milhões. Com os cálculos atualizados até 01/07/2015, a multa chega aos R$ 4,3
milhões.
A
Codesa recorreu novamente, e agora tenta reverter a decisão no Tribunal
Superior do Trabalho (TST). Desta vez, porém, como o valor da condenação já foi
arbitrado, a empresa precisou dar garantias à Justiça. A Codesa ofereceu como
garantia uma cábrea, guindaste flutuante, atualmente arrendado à Flexibrás.
O
presidente da Codesa, Clovis Lascosque, que é funcionário de carreira da
empresa há 38 anos, minimiza as críticas do sindicato. Ele diz que a questão
referente às funções restritas à guarda portuária e a vigilantes terceirizados
é polêmica. Apesar do entendimento da Justiça, Lascosque garante que não está
transgredindo a lei. O Sindguapor contesta. Denuncia que há seguranças da Visel
atuando em área alfandegária, o que é proibido por lei. “É polêmica essa
questão dos limites”, sustenta Lascosque.
Para
tentar minimizar a polêmica, o presidente da empresa portuária avisa que o
contrato com a Visel termina em agosto e não será mais renovado. Ele também
afirmou que a Codesa realizará concurso ainda este ano para guarda portuário.
Em maio de 2012, é importante registrar, quando o MPT protocolou denúncia
contra a Codesa na Procuradoria Regional do Trabalho sobre as irregularidades,
a empresa, em sua defesa, também garantiu que o concurso estava em andamento,
mas três anos depois, o concurso ainda não foi realizado e tampouco há uma data
definida para o certame.
Quanto
aos postos que serão desocupados até o final de agosto pelos vigilantes da
Visel, Lascosque afirma que contratará recepcionistas. “Não precisamos de
vigilantes armados para fazer o serviço de recepção".
Lascosque
entende que as contestações do sindicato são normais. “Eles querem a
contratações de mais servidores, mas essa não é a realidade da Codesa”. O
presidente explica que algumas áreas administradas hoje pela empresa de
economia mista devem ser arrendadas em breve. Caso isso ocorra, Lascosque
afirma que haverá excesso de guardas para a vigilância e fiscalização das áreas
que ficariam sob a administração direta da Codesa. O presidente não diz isso
abertamente, mas dá a entender que postergou o concurso de guardas portuários
para evitar demissões futuras, já prevendo o processo de arrendamento da
Codesa.
Questionado
se houve negligência da administração em relação à condenação milionária da
Justiça, Clovis Lascosque preferiu não se manifestar. Disse que o assunto está
sob a competência do Departamento Jurídico da Codesa.
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ESSA TERCEIRIZAÇÃO É UM CANCER MESMO, SEM CONTAR QUE, SÓ PODE SER ISSO, DEVE SER LUCRATIVO PARA CERTAS PESSOAS, POIS COMO ´E DIFICIL ACABAR COM ISSO, AINDA MAIS SE TRATANDO DE GUARDA PORTUÁRIA.
ResponderExcluirMESMO COM LIMINAR DO TJE PA PARA CESSAR A CONTRATAÇÃO DE TERCEIRIZADOS, ACATANDO PEDIDO DO MPE; MESMO O MPT/MPU JÁ TENDO DETERMINADO A SUPRESSÃO DAS ÁREAS INTERNAS DOS PORTOS DE TODOS OS TERCEIRIZADOS, CUMPRINDO O QUE DETERMINA O TAC/2006, QUE DIZ QUE A CDP DEVE SE ABSTER DE MÃO DE OBRA CONTRATADA NAS AREAS INTERNAS DOS PORTOS ONDE SÓ DEVA ATUAR A GUARDA PORTUÁRIA; CDP SEGUE DESCUMPRINDO E DESACATANDO A TUDO E A TODOS.
ATT
CILENO BORGES
VEJAM QUE O QUE NÃO SE EXPLICA É POLEMICO. A QUESTÃO DE LIMITES É POLEMICO.
ResponderExcluirE POR AI VAI. AS PORTARIAS SÃO SETORES CHAVES NA SEGURANÇA E ELE DIZ QUE
QUER COLOCAR RECEPCIONISTAS . JA HOUVE CASOS DE FURTOS NAS PORTARIAS
DE UM DESEQUILIBRADO MENTAL QUE ENTROU E FOI ATÉ UM SETOR INTERNO E SE
NÃO FOSSE A PRESENÇA DE ESPIRITO DA SERVIDORA QUE SOUBE CONTORNAR A SI-
TUAÇÃO PODERIA TER ACONTECIDO ALGO PIOR . PORTARIA DE PRÉDIO DA CODESA
É LUGAR DE GUARDA PORTUÁRIO AO LADO DA RECEPCIONISTA DANDO SEGURANÇA,
AI SIM . NÃO SE CUMPRE NEM O PLANO DE SEGURANÇA MINIMO ESTABELECIDO .
SEGURANÇA SE FAZ ANTES QUE ACONTEÇA. DEPOIS QUE ACONTECER SEMPRE TEM
UMA DESCULPA E ELES SE SAFAM. ALIÁS, ATUALMENTE , O GUARDA NÃO PODE FAZER
NEM MESMO A SEGURANÇA PRÓPIA POIS ESTA DESARMADO .
É BRINCADEIRA ? NÃO , NÃO É BRINCADEIRA .
MAS ELES VÃO LEVANDO NA FLAUTA . SABEM QUE NESSES LUGARES TROPICAIS DA PRA LEVAR
NO BICO.
E TOCA O BARCO.
GP ALEXANDRE- ES
O pior que não haverá concurso, uma vez que, a CODESA pagará essa muta de 4,3 milhões não tera verba o suficiente. Uma vergonha o ultimo CODESA vem implantando a terceirização em tal lugar...
ResponderExcluirCORRETO TATIANE . ESSAS MULTAS SÓ DETERIORAM A SITUAÇÃO DA AUTARQUIA. ELES MESMOS
ResponderExcluirNÃO SÃO ATINGIDOS. ESSE DINHEIRO, SE VIER MESMO A CODESA PAGAR , PREJUDICARÁ OS CO-
DESIANOS QUE GANHAM MENOS , LÓGICO, E PODERÁ ATINGIR POR EX. A PARTICIPAÇÃO NOS LU-
CROS E O CONCURSO PARA A GUARDA PORTUÁRIA . MAS CONTINUE ESTUDANDO , SE PREPARAN-
DO FISICAMENTE , PRECISAMOS AQUI NA GUARDA DE GENTE QUE TENHA ESPÍRITO CRÍTICO POSI-
TIVO , PARA LUTAR POR UMA GUARDA PORTUÁRIA EQUIPADA E COM PRERROGATIVAS PARA TRA-
BALHAR .
GP ALEXANDRE - ES