No
dia 11 de agosto o Terminal da CONTECAR em Cartagena, na Colômbia, recebeu a
visita da CESPORTOS/SC – uma continuação do projeto de intercâmbio de
informações sobre segurança portuária a chamada Visita Técnica, cujo objetivo é
buscar o nivelamento dos portos e terminais catarinenses com os melhores do mundo
nas questões de segurança. Neste ano de 2015, a visita marcou a primeira etapa
da Missão.
Durante
a visita ao terminal, a comitiva catarinense composta por supervisores de
segurança portuária, diretores de portos e terminais e empresários que fornecem
equipamentos e prestam serviços especializados na área de tecnologia e
segurança para o setor portuário em Santa Catarina conheceram alguns
procedimentos e tecnologias utilizados na instalação portuária.
De
acordo com o coordenador de segurança da Contecar, Juan Carlos Pinzon Ochoa,
desde 1993 o terminal tem investido muito na área de segurança, e de lá para cá
foram implantados sistemas rigorosos de controle das cargas exportadas,
incluindo a auditoria de 100% da documentação. Todo o processo de movimentação
de cargas no interior do terminal não tem interferência humana, sendo realizado
por um sistema que indica a melhor posição de cada carga.
Os
condutores dos caminhões, por exemplo, não sabem quais as cargas estão
movimentando, tendo apenas acesso à rota que irão fazer e, caso esses
condutores desviem dessa rota, são abordados pela ronda motorizada que compõe a
Equipe de Segurança do Terminal e submetidos a uma inspeção criteriosa.
Outra
diferença percebida pela comitiva foi na área da segurança patrimonial. “Aqui
na Colômbia, a empresa prestadora de serviços de segurança patrimonial também
deve ter uma certificação específica e ter conhecimento acerca do ISPS Code
para estar capacitada para atuar na segurança portuária. Isso realmente é muito
interessante”, diz Reinaldo Garcia Duarte, Coordenador da Cesportos/SC.
Na
Colômbia, a instituição governamental com atribuições equivalente à Cesportos e
Conportos é a Dimar – Dirección General Marítima, enquanto no Brasil a
segurança portuária é coordenada por uma comissão composta por vários órgãos
governamentais - Polícia Federal, Marinha do Brasil, Receita Federal, governo
do estado e administrações portuárias - na Colômbia, essa coordenação é
composta pela Marinha colombiana.
Assim
como no Brasil, a Colômbia também adotou o ISPS Code como padrão para a
segurança portuária, cuja sigla adotada foi o Código PBIP – Código de
Protección del Buque y de las Instalações Portuárias. E igualmente como ocorre
no Brasil, as Declarações de Cumprimento do ISPS têm validade de cincos anos.
Mas enquanto no Brasil a renovação se dá pela auditoria realizada a cada cinco
anos, na Colômbia a Dimar realiza inspeção anual de verificação de implantação
do Plano de Segurança Portuária.
Segundo
o coordenador da Cesportos/SC, a comitiva foi surpreendida pelo altíssimo nível
do sistema de segurança do terminal. “O terminal tem implantada toda uma
filosofia de segurança, evitando rotinas nos procedimentos e a mínima
intervenção humana nos sistemas de controle, sempre com o propósito de
dificultar a entrada de qualquer produto, substâncias ou artefatos que possam
ameaçar a segurança da atividade portuária e do transporte marítimo
internacional que passa por Cartagena”, diz Reinaldo.
Um
exemplo indicado pelo Supervisor de Segurança da CONTECAR, Juan Pinzon, foi o
fato dos narcotraficantes estarem buscando portos em outras localidades para
tentarem fazer suas remessas de drogas diante da grande dificuldade de se fazer
através desse terminal.
Fonte: Cesportos/SC
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