Como
diria o ex-presidente Lula, "nunca antes na história" dos portos
brasileiros administrados pelo Poder Público se viu tanta gente graúda com o
"c." na mão, como agora. Isto porque, a embarcação trazendo os
policiais federais, e com eles as investigações em torno da Operação Lava Jato,
começou a navegar em direção aos complexos portuários estatais, devendo atracar
a qualquer momento e a despeito da tábua das marés.
A
dor de barriga (e de cabeça) geral teve início através da matéria veiculada no
jornal Folha de São Paulo, na semana passada, na qual o ex-diretor de
Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou em delação premiada
que, a exemplo do que ocorria na Petrobras, empresas privadas também formaram
cartéis para atuar em outras áreas do governo, entre elas a de portos. Setores
da construção de hidrelétricas e aeroportos, além da Eletrobrás também foram
citados por Costa.
A
denúncia acendeu a luz nos sete portos com administração exercida pela União,
as chamadas Companhias Docas, sob responsabilidade direta da Secretaria de
Portos (SEP). Além desses, outros 30 complexos administrados por consórcios
públicos, estados e municípios, também regidos pela Lei 12.815/13, e que rezam
na cartilha da Pasta dirigida pelo ministro Edinho Araújo, também entraram em
alerta.
Oportuno
destacar que, em cumprimento ao disposto no Art. 65 da referida Lei, a SEP e o
Ministério dos Transportes emitiram em conjunto uma portaria interministerial
aprovando a relação de outros 122 Portos Fluviais, classificados como
Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte, os quais, por serem públicos,
também foram atingidos pela delação.
Para
os que não sabem ou têm memória curta, o Brasil conta ainda com 39 portos
fluviais instalados do Oiapoque ao Chuí, definidos como IP4, que também se encontram
sob a competência da SEP por força da Portaria Interministerial 24, de
11/02/2015. Igualmente públicos, seguramente serão investigados.
Não
restam dúvidas que a grave denúncia do protagonista Paulo Roberto Costa fará
emergir outras tantas lançadas pela Operação Porto Seguro, muitas delas
envolvendo empresas e terminais portuários que operam no complexo santista,
além de gafanhotos que ocuparam importantes cargos na Companhia Docas do Estado
de São Paulo (Codesp).
À
julgar que quase a totalidade das empreiteiras que formam o seleto cartel da
corrupção já fincaram suas estacas em centenas de obras em curso e já
realizadas nos portos brasileiros, sobretudo o de Santos, muitas barbas já
estão de molho, literalmente.
Assim
sendo, considerando que a grande maioria dos complexos portuários públicos,
marítimos e fluviais, foi transformada em verdadeiros canteiros de obras, quase
todas oportunamente realizadas pelas grandes empreiteiras envolvidas na Lava
jato, a Polícia Federal certamente precisará de muita ajuda, até porque, de
agora em diante, haja portos para serem investigados, haja contratos, obras,
denúncias, acordos de leniência e delações premiadas, trocas de acusações, haja
mandados de prisão e, por fim, haja vaga na Papuda.
E
já que a Justiça dos Estados Unidos está acionando a Petrobrás em ação coletiva
de investidores da terra do Tio Sam por conta da Operação Lava Jato, o momento
é mais que oportuno para os combativos e incansáveis policiais brasileiros
solicitarem o auxílio da CIA - Agência Central de Inteligência - quando chegar
a hora e a vez dos portos estatais, que ao que tudo indica estão bem próximas.
Afinal
de contas, a CIA bem que poderia mandar ao Brasil o mais bem sucedido comando
militar especializado do mundo, o U.S. Navy SEALs, ideal para atuar nas três
áreas: no mar, esmiuçando a sempre polêmica dragagem e seus obscuros contratos;
em terra, nos adensamentos de áreas, concessões, obras e mais obras, e outros;
e para que o trabalho no ar não passe em branco, nada melhor do que resgatar as
negociatas que envolveram a construção daquela "maravilha" da aviação
executiva, heliporto da Codesp, que de tão inútil, inexplicável, bisonho e
obsoleto não serve nem para pousos e decolagens dos "gafanhotos".
Insetos
e SEALs à parte, é bom os rebocadores, práticos e amarradores de navios irem se
posicionando, uma vez que a proa da embarcação trazendo a nossa velha, boa e
eficiente Polícia Federal já começa a apontar na entrada da barra. O apito
anunciando a chegada é só uma questão de tempo.
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A HORA É DE SACUDIR OS PORTOS . UMA SUGESTÃO SERIA : OPERAÇÃO CAPITÃO GANCHO.
ResponderExcluirA REDE COM CERTEZA VAI VIR CHEIA DE PEIXES E SÓ GRAÚDO. LEVANTAR AS LICITAÇÕES
DE TERCEIRIZADOS POR EX. AS CONCESSÕES DE ÁREAS PARA PORTOS PRIVADOS, OU SEJA,
TEM MUITO CAROÇO EM BAIXO DESSE ANGU .
POLICIA FEDERAL NELESL. SOLTA OS CACHORROS EM CIMA SEM PIEDADE. VAI TER MUITO POR-
CO GRITANDO.
GP ALEXANDRE - ES