Apreensão
das mercadorias falsificadas foi feita na manhã de quarta-feira (10) - (Foto:
Marcos Porto / Agencia RBS)
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Carga vinda da China
continha óculos de sol, camisetas, bonés e etiquetas de diversas marcas.
Vinte
e uma toneladas de produtos falsificados foram apreendidos pela Receita Federal
na manhã desta quarta-feira no terminal da Portonave, em Navegantes. As mercadorias
vieram da China e pertencem a um importador da região. Entre os itens retidos
estão óculos de sol, camisetas, bonés, equipamentos de impressão e etiquetas de
marcas como Ray Ban, Oakley, Gucci, Diesel, Lacoste e a nacional Dudalina. A
carga havia sido declarada como granito para revestimentos e está avaliada em
R$ 3 milhões.
A
irregularidade foi percebida na terça-feira pela fiscalização do Ministério da
Agricultura. Os profissionais estavam fazendo uma vistoria nos pallets usados
para apoiar os produtos, quando descobriram as mercadorias contrafeitas. Ao
todo, 510 caixas estavam dentro do contêiner de 40 pés, que chegou no terminal
no início do mês.
O
inspetor-chefe da Receita Federal em Itajaí, Luiz Gustavo Robetti, explica que
é possível identificar a falsificação pela forma como os itens estão embalados,
por exemplo.
—
Notamos que essa carga veio com embalagens de qualidade e até mesmo certificado
de garantia do produto. No entanto, os relógios estão todos dentro dessas
caixas. Um importador que traz produtos originais não utilizaria esse tipo de
armazenagem — afirma.
O
contêiner saiu da China e veio direito para o terminal da Portonave. A suspeita
da Receita é que as mercadorias seriam vendidas na região em centros de compras
populares. Conforme o inspetor, a carga poderia ter passado despercebida pela
fiscalização, em função do tipo de declaração de importação que foi feita.
—
Ela não tinha as características que geralmente chamariam a atenção.
Infelizmente conseguimos fiscalizar apenas 5% das cargas que passam pelo porto
— diz.
Chama
atenção entre os itens apreendidos etiquetas da marca Dudalina. O inspetor da
Receita Federal pressupõe que este tipo de material seria utilizado para
produção de mercadorias falsificadas na região. Segundo ele, em outras
apreensões também foram encontrados botões e etiquetas de marcas.
—
Alguns trazem esses insumos para produzir aqui e também por ser um transporte mais
barato — comenta.
Depois
da carga ser contabilizada, Robetti afirma que será apurada a responsabilidade
do importador pela irregularidade. A Receita poderá fazer ainda uma
representação ao Ministério Público Federal (MPF). Nesse caso, a empresa vai responder
por falsa declaração de importação, falsificação e contrafação. Após término do
processo, a mercadoria será encaminhada para destruição.
Última apreensão de carga
também foi em Navegantes
A
última apreensão de carga da Receita Federal também ocorreu no terminal de
Navegantes em fevereiro deste ano. Na época, foram retidos dois contêineres com
50 toneladas de produtos falsificados vindos da China. Essa foi a maior carga
apreendida nos últimos três anos. Entre as mercadorias encontradas estão camisas,
aparelhos de celular, canetas, óculos, equipamentos ópticos e relógios. O valor
dos produtos, após o levantamento, chegou a R$ 8 milhões.
Fonte:
Diário Catarinense
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