Intervenção
foi pedida pela Codesp.
Crimes
começaram há 7 meses.
A
Polícia Federal (PF) iniciou investigações para identificar os responsáveis
pelos furtos aos cabos das linhas de transmissão da Usina Hidrelétrica de
Itatinga, que fica em Bertioga e é responsável por fornecer a maior parte da
eletricidade consumida no Porto de Santos. Os trabalhos seguem em parceria com
a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Polícia Civil.
Nos
últimos sete meses, mais de 50 quilômetros de fios foram alvo de ações de
marginais. No caso mais audacioso, em janeiro passado, 9,4 quilômetros de
linhas simplesmente desapareceram. Todas as ações comprometeram, mesmo que
temporariamente, o fornecimento de energia elétrica ao cais santista – o mais importante
porto do Brasil, responsável por mais de um quarto da balança comercial – e,
consequentemente, as operações de seus terminais.
Segundo
o delegado-chefe da PF em Santos, Júlio César Baida Filho, a corporação passou
a investigar os furtos após o assunto ter sido levado à Comissão Estadual de
Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Cesportos), pela
própria Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de
Santos). “O assunto, o fato criminoso, a princípio, é uma atribuição da Polícia
Civil e estava sendo investigado por várias delegacias. Agora, a determinação é
de que a DIG investigue o caso e nós estamos à disposição para auxiliar, como
já estamos fazendo”, explicou o delegado-chefe da PF.
Inicialmente,
equipes das polícias civis de Bertioga, Guarujá e Santos (municípios por onde passam
os fios) foram notificadas para investigar os furtos das linhas de transmissão.
Segundo
Baida, a ação conjunta começou a ser estruturada no último dia 28. “Nós
trabalhamos muito bem em parceria com a Polícia Civil e temos certeza de que
vamos identificar as pessoas responsáveis por esses furtos”, destacou.
Segundo
comerciantes especialistas em eletricidade, os cabos de linhas de transmissão
têm alto valor comercial, por serem feitos de cobre. Mas furtar uma quantidade
tão grande sem ser percebido não é uma tarefa das mais simples, uma vez que os
cabos têm cerca de 40 centímetros de diâmetro e são necessários até caminhões para
transportá-los.
Além
de conhecer bem a mata por onde passam os fios, os bandidos têm conhecimentos
de eletricidade. Eles desarmam o sistema após jogar uma corrente de ferro entre
os cabos, causando um curto-circuito. Com isso, conseguiram retirá- los sem ser
eletrocutados.
Estratégia
A
principal estratégia da Codesp para evitar novos furtos é a troca dos cabos de
cobre pelos de alumínio, com menor valor de mercado. Com dificuldade para deter
os criminosos, a Docas busca desestimular a prática do crime. A estatal não
informa qual o cronograma do trabalho e nem quando as substituições serão
concluídas.
Segundo
a companhia, as áreas por onde passam as linhas de transmissão, com 30 quilômetros
de extensão, estão sendo patrulhadas por quatro viaturas da Guarda Portuária, principalmente
no período noturno.
Mas
estas medidas, a princípio, não intimidam os ladrões, já que os casos de furto
se repetem no local.
Texto:
Fernanda Balbino
Fonte:
Jornal A Tribuna
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