Nos últimos meses,
cerca de 50 quilômetros de fios foram furtados.
A Usina de Itatinga
fornece energia ao Porto de Santos .
Mais
uma vez, foram furtados cabos das linhas de transmissão da Usina Hidrelétrica
de Itatinga, que fica na cidade de Bertioga, a 30 quilômetros do cais, e é
responsável por fornecer a maior parte da eletricidade consumida no Porto de
Santos. Nos últimos sete meses, mais de 50 quilômetros de fios foram alvo de
ações de marginais. A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a
Autoridade Portuária) procura substituir os fios por similares de menor valor
comercial, mas não dá um prazo para a conclusão das trocas.
No
caso mais audacioso, em janeiro passado, 9,4 quilômetros de linhas simplesmente
desapareceram. O furto mais recente ocorreu na última quinta-feira. Cerca de um
quilômetro foi levado, comprometendo o fornecimento de energia no complexo.
A
usina, construída em 1910, é destinada à geração da energia necessária às
operações portuárias, à iluminação do cais, aos armazéns e aos escritórios da
administração portuária. A transmissão da eletricidade é feita por cabos, que
atravessam uma mata de difícil acesso em Bertioga.
O
problema é que, desde outubro último, bandidos descobriram que estes cabos
podem ser uma mina de ouro. Ou melhor, de cobre, que é o material de que são
feitos. Segundo comerciantes especialistas em eletricidade, esses fios têm alto
valor comercial, por conta do metal de sua composição. Mas furtar uma
quantidade tão grande e não ser percebido não é uma tarefa das mais simples, já
que os cabos têm torno de 40 centímetros de diâmetro e são necessários até
caminhões para transportá-los.
A
suspeita é de que uma quadrilha especializada tenha sido responsável pelo
furto. Além de conhecer bem a mata, os bandidos têm conhecimentos avançados em
eletricidade. Eles conseguem desarmar o sistema após jogar uma corrente de
ferro entre os fios, causando um curto-circuito. Com isso, conseguiram
retirá-los sem o risco de serem eletrocutados.
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Na
madrugada da última quinta-feira (14), com o mais recente ataque dos marginais,
o fornecimento de energia no Porto de Santos acabou comprometido por mais de 24
horas. Como resultado, alguns terminais precisaram reduzir o ritmo de suas
operações, diminuindo sua eficiência e, por consequência, aumentando seus
custos.
Estratégia
De
acordo com a Codesp, a estratégia para evitar novos furtos é a troca dos cabos de
cobre pelos de alumínio, com menor valor de mercado. A ideia é tentar inibir a
ação dos ladrões e desestimulá-los. No entanto, a estatal não informa qual é o
cronograma do trabalho e nem quando as substituições serão concluídas.
Segundo a Docas, as áreas por onde passam as linhas de transmissão estão sendo
patrulhadas por quatro viaturas da Guarda Portuária, principalmente no período
noturno. Equipes das polícias civis de Bertioga, Guarujá e Santos (municípios
percorridos pelos fios) foram notificadas para investigação. Mas estas medidas,
a princípio, não intimidam os ladrões, já que os casos de furto continuam no
local.
Abastecimento
Atualmente,
Itatinga é responsável por 15 dos 23 megawatts consumidos pelas instalações do
cais santista. Os 8 megawatts (quase 35%) restantes são obtidos por
concessionárias de energia elétrica, cujos sistemas de transmissão chegam ao
complexo e estão interligados com os da Docas. Na Margem Direita (Santos) a
compensação é feita pela CPFL. Já na Margem Esquerda (o Distrito de Vicente de
Carvalho, em Guarujá, e Área Continental de Santos), as redes são segregadas e
os terminais recebem energia, além da usina, das concessionárias CPFL e
Elektro.
Fonte: Jornal A Tribuna
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