Deputados contrários levantaram carteiras de
trabalho, aos gritos de "não à terceirização".
Por 230 votos a
favor e 203 contra, o plenário referendou emenda que permite que empresas
subcontratem também para atividade-fim. Guarda Portuária é
exceção.
Mesmo
diante de protestos por parte de centrais sindicais e movimentos sociais, a
Câmara dos Deputados aprovou, na noite de ontem, uma emenda do Projeto de Lei
4.330/04, que abre as portas para que as empresas possam subcontratar todos os
seus serviços, incluindo a atividade-fim. Por 230 votos a favor e 203 contra, o
plenário referendou texto do relator, deputado Arthur Maia (SD-BA).
A
emenda foi aprovada com apoio de partidos como, por exemplo, PSDB, PMDB, DEM,
PSD e Solidariedade, entre outros, enquanto que PT, PCdoB, PSB, PV, PDT, Pros e
Psol ficaram contrários à proposta. O PT ainda tentou apresentar emenda para
que fosse votado, separadamente, o trecho que trata da questão de
"atividade-fim", mas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
defendeu que isso não era mais possível porque o texto estava atrelado à emenda
do deputado Arthur Maia.
Antes
da votação, deputados que criticam o projeto de lei fizeram um protesto ao
erguerem a carteira de trabalho, em referência à precarização dos direitos trabalhistas.
Após a apreciação de outras emendas, o projeto de lei seguirá para análise no
Senado.
Guarda Portuária
Os
deputados também aprovaram um destaque da bancada do PTB que veda a aplicação
da terceirização às Guardas Portuárias vinculadas às administrações dos portos.
Apesar
de na semana passada a Câmara já ter aprovado a possibilidade da terceirização
das atividades-fim nas empresas públicas, a aprovação da exclusão explícita da
Guarda Portuária no conceito do projeto, afasta de vez qualquer possibilidade
de terceirização.
A
Câmara dos Deputados decidiu que os guardas portuários estão excluídos das
regras de terceirização previstas no Projeto de Lei 4.330/2004. Com isso, a
decisão vetou qualquer tipo de contratação terceirizada no segmento.
Foi aprovada a expressão "As
Guardas Portuárias vinculadas às Administrações Portuárias" contida na
Emenda Aditiva de Plenário nº 46, para adicioná-la ao art. 21 da Subemenda Substitutiva Global,
objeto do Destaque para votação em separado da bancada do PTB. A votação foi
encaminhada pelo Deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).
A aprovação da emenda foi uma vitória
expressiva da categoria, que se mobilizou no Brasil todo pela sua aprovação. As
administrações portuárias estavam ávidas pela possibilidade da terceirização, o
que com certeza, iria precarizar a segurança dos portos.
Exclusão de empresa
pública
Na
semana passada, o plenário aprovou um destaque para excluir das novas regras de
terceirização as empresas públicas e sociedades de economia mista controladas
por União, estados, Distrito Federal e municípios.
Conforme
o líder do PSDB na Casa, deputado Carlos Sampaio (SP), destaque aprovado em
plenário não proíbe que o setor público realize terceirizações, mas impede que
empresas controladas pelo governo façam a terceirização em todas as suas
atividades, como prevê o projeto. A intenção, segundo ele, é valorizar o
concurso público como forma de ingresso nesse tipo de empresa.
No
entanto, na visão do líder do governo, José Guimarães (PT-CE), a aprovação do
destaque não impedirá que o projeto se aplique a empresas públicas e sociedades
de economia mista. Para ele, não é necessário haver, no texto, artigo que diga
expressamente que as regras se aplicam a essas categorias.
O
petista citou o artigo 173 da Constituição Federal, que diz que empresas
estatais que exploram atividade econômica estão sujeitas ao regime jurídico das
empresas privadas.
“Esse
projeto de terceirização é um regime jurídico aplicado às empresas privadas e
deverá ser aplicado também às empresas públicas, ao Banco do Brasil, à
Petrobras. Esse destaque não terá qualquer incidência nos serviços
terceirizados dessas empresas”, afirmou.
Senado
Caberá
agora ao Senado a apreciação do projeto, se ele for alterado pelos senadores, a
matéria terá que voltar para Câmara a fim de nova apreciação dos deputados.
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse antes da votação que os
senadores iriam modificar o projeto se a Câmara aprovasse o modelo que amplia a
possibilidade de terceirização para todas as empresas privadas, o que acabou se
confirmando.
Renan
disse que a regulamentação não pode ser "ampla, geral e irrestrita",
atingindo integralmente as atividades-fim das empresas. A Justiça do Trabalho
proíbe a terceirização de atividades-fim das empresas. A própria definição de
atividade-fim, no entanto, é tema de disputa judicial, já que o conceito não é
claro.
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GLORIA A DEUS.
ResponderExcluirCILENO BORGES
PARABÉNS AO DEPUTADO ARNALDO FARIA DE SÁ PELA SUA LUTA A FAVOR
ResponderExcluirDE UMA GUARDA PORTUÁRIA COM AS PRERROGATIVAS QUE LHE SÃO DE-
VIDAS.
GP ALEXANDRE -ES BRASIL.