Guarda Portuária Viviane demonstra a força da mulher
(Foto: Guarda Portuária: Os Guardiões dos Portos Brasileiros)
As
mulheres dão um ar feminino à Guarda Portuária nos portos brasileiros e nada mais
justo homenageá-las nesse dia. O que era impossível há alguns anos atrás, se
tornou uma presença marcante dentro dos quadros da Guarda Portuária.
Nos
lugares pelos quais passa ou frequenta, a mulher irradia charme e embeleza o
ambiente. A presença feminina, em geral, deixa qualquer local mais agradável.
Embora algumas culturas ainda exaltem e preserve a soberania masculina, as
mulheres vêm ganhando espaço profissional em diversos segmentos. É cada vez
mais comum encontrar jovens e senhoras exercendo funções ligadas à atividade
portuária.
Guarda Portuária Claudia é motorista de viatura
(Foto: Guarda Portuária: Os Guardiões dos Portos Brasileiros)
No
porto de Santos elas trabalham nas mais diversas áreas, tais como, no Centro de
Controle de Comunicação e Monitoramento (CCCOM), nos gates de acessos ao porto
e nas viaturas.
Izabel
Cristina da Luz é uma delas. Ela fala de sua profissão com muito orgulho e
empolgação.
Izabel
afirma que gosta muita do setor de segurança e que se sente muito bem
trabalhando nessa área. Antes de entrar para a Guarda Portuária, ela trabalhava
no meio de transporte escolar junto com sua mãe. Prestou alguns concursos
ligados à área de segurança, mas não obteve sucesso.
Além
da estabilidade que o cargo proporciona, Izabel carrega uma herança da família.
"Meu avô também foi guarda portuário e um tio meu é capitão do
Exército".
Izabel (foto) passou sete meses fiscalizando e orientando o trânsito. No começo muitos
motoristas estranharam, mas ela garante que nunca a desrespeitaram. O espanto
era somente uma reação comum para quem não estava acostumado a ver uma mulher
exercendo tal função. Além disso, ela não enfrentou um problema corriqueiro que
atinge mulheres em funções dominadas por pessoas do sexo masculino: a falta de
uniformes específicos.
Todas
as guardas portuárias receberam uniformes destinados ao público feminino, com
características que suprem suas necessidades e realçam a beleza da mulher. Até
uniforme de gala a instituição distribuiu para elas. O traje é utilizado quando
são designadas para fazer a segurança de ocasiões especiais.
Ela
destaca que, durante um ano de trabalho, ainda não passou por nenhum momento de
risco ou adrenalina. "Foi tudo muito tranquilo até o momento. Até seria
interessante encarar um momento de adrenalina. Mas não sei se quero. Só no
momento eu poderia dizer". (texto e foto: Portogente)
Dupla jornada
A
mãe de família que procura estabilidade para poder criar os filhos é uma das
histórias mais comuns hoje em dia. E é também a história da guarda portuária
Cintia Maria Machado, que trabalhava até 2004 como secretária, prestou o
primeiro concurso aberto para mulher da corporação e passou.
Atualmente,
ela e mais 33 companheiras possuem a liberdade de fazer as mesmas tarefas que
os homens, mas, no início, as coisas foram um pouco difíceis.
Cintia
conta que tanto os homens da guarda, como as próprias mulheres, tinham certo
receio, pois era novidade para todo mundo. Era muito raro ver uma mulher
dirigindo viatura, ou lanchas. Lidar com os outros trabalhadores do porto, como
os estivadores, também era um desafio, que pouco a pouco foi superado por elas.
Andar
armada, fazer ronda e lidar com todo o tipo de gente tornou-se rotina na vida
desta mulher, que quando dobrava turnos, chegou a trabalhar 12 horas seguidas.
"É uma vida cansativa, e algumas vezes você pensa em desistir, mas não
desisto porque amo o que faço", diz.
Mãe
de quatro filhos, quando chega em casa ainda tem de se preocupar com arrumar,
limpar, fazer comida e educar os filhos. Assim, arrumar um horário para dormir
acaba se tornando luxo. (texto e foto: Jornal da Orla)
Porto do Rio
Silvia Regina Chaves e Renata Barcelos dos Santos
(Foto: Blog Polícia Portuária Federal)
No
Porto do Rio de Janeiro, Silvia Regina Chaves Alves, guarda portuária desde o
ano de 2005, em outubro de 2012, foi empossada como Supervisora de Segurança
Portuária da CDRJ, sendo a primeira a assumir essa posição no Brasil.
Porto de Salvador
Carolina
Pires Silva Souza foi a primeira guarda portuária baiana. Ela passou no
concurso público realizado pela Companhia Docas da Bahia (Codeba), para
trabalhar no Porto de Salvador.
Sua
maior motivação é saber que é a primeira e única mulher a atuar como guarda no
Porto de Salvador. “Estou muito feliz por ter passado no concurso. Sinto que já
entrei para a família Codeba, e já percebo um carinho especial de todos os
colegas “, disse Carolina.
A
rotina das atividades não a intimida e se sente totalmente capaz de
realizá-las. “Acho que nós mulheres temos provado ao longo dos anos que não
existe uma profissão que atende mais aos homens”, enfatizou.
Porto do Recife
Mônica,
Júlia e Raimunda entraram num universo ocupado por homens.
O
universo masculino do Porto do Recife, com navios, cargas pesadas, estivadores
e armas de fogo, não assustou as três únicas mulheres aprovadas no concurso
público para integrar a Guarda Portuária. Há exatos três anos, elas tomaram
conhecimento desse exame, que abria cinquenta vagas para homens e apenas quatro
para mulheres.
Procurar
se impor no local de trabalho foi um dos maiores desafios para Mônica Maria de
Caldas Nogueira logo que se viu como integrante de um pelotão de guarda junto a
48 homens. "Às vezes, falo da minha profissão e as pessoas a relacionam
com o tipo de imagem que têm do Porto, pois a presença feminina na área sempre
esteve ligada à prostituição. Todo mundo mostra curiosidade sobre o que nós
fazemos aqui", diz.
Mônica
explica que, inicialmente, a principal função da guarda feminina compreendia a
abordagem de mulheres que entravam no porto. Principalmente as prostitutas,
cuja presença é extremamente proibida. A guarda Júlia de Farias Laureano, 50
anos, salienta que, com a diminuição do movimento portuário, observado nos
últimos anos, já não se enfrenta tanto o problema de entradas clandestinas das
prostitutas, mas que, quando ocorria, a meta era esclarecer. "Pegávamos os
dados e orientávamos as meninas para que não voltassem mais", recorda
Júlia.
As
três mulheres impõem organização na Guarda Portuária, realizando um trabalho de
administração e comunicação. São responsáveis pela composição dos quatro
pelotões de guarda e controle do uso de equipamentos como rádios e armas. Além
da comunicação interna, como controle das entradas e saídas no porto e a
comunicação externa, caso seja necessária a presença de uma ambulância ou de
uma equipe do Instituto Médico Legal (IML), pois não é raro o aparecimento de
corpos boiando junto a navios.
Porto de Vitória
(Foto:Codesa)
No
Espírito Santo não é diferente, as mulheres começaram a dividir com os homens a
responsabilidade pela segurança do porto. O que de início era novidade, hoje é
fato comum e elas contribuem com a sua dedicação na realização do trabalho
realizado pela Guarda Portuária.
Portos do Pará
Dione
Fochesatto, guarda portuário da Cia Docas do Pará, atuando no porto de Vila do
Conde (Barcarena), concurso de 2012. De uma lista de 10 mulheres, quatro já
ingressaram na CDP, todas atuando em Vila do Conde.
O nosso papel é manter informado àqueles que nos acompanham, de
todos os fatos, que de alguma forma, estejam relacionados com a Guarda
Portuária e a Segurança Portuária em todo o seu contexto.
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TODAS ESTÃO DE PARABÉNS PELO DIA QUE MERECIDAMENTE AS HOMENAGEIA E PELA PROFISSÃO QUE ABRAÇARAM.
ResponderExcluirSUCESSO A TODAS E QUE MUITAS OUTRAS POSSAM INGRESSAR NA NOSSA BRIOSA CORPORAÇÃO.
CILENO BORGES