Sede da Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP)
As
causas para a ineficiência administrativa e operacional das companhias docas
estão relacionadas à ausência de definição de funções e áreas de atuação. A
conclusão é proveniente de estudo contratado pela Secretaria Especial de
Portos, para a modernização da gestão de autoridades portuárias locais –
inclusive a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável pelo
Porto de Santos.
Em
execução desde o primeiro semestre do ano passado, os trabalhos já
identificaram a necessidade de pontuar qual é o real papel das companhias
docas. Da mesma forma, que tipo de supervisão a pasta responsável pelos portos
do País, em Brasília, deveria ter para cada órgão local, sempre com base no
atual marco regulatório do setor (Lei 12.815, de 2013).
De
acordo com Ricardo Onoco, diretor da Deloitte, empresa de consultoria
responsável pelo estudo, no novo modelo de gestão os papéis dos interlocutores
foram redefinidos. “É um desafio muito grande porque estamos tentando mudar a
cultura que está enraizada”, pontua, ao lembrar que a introdução da primeira
etapa será coordenada pela empresa.
Antes
disso, porém, a Secretaria de Portos centraliza esforços para consolidar as
opções apresentadas à Codesp e às companhias docas do Rio de Janeiro (CJRJ) e
do Pará (CDP), as primeiras a passarem pela transição. Junto com a pasta, cada
estatal programa as etapas para a redefinição interna dos processos.
“Vamos
implementar as mudanças e as recomendações de planos de melhoria. Estamos
monitorando todas as fases do projeto”, afirma o ministro Edinho Araújo.
Segundo ele, na Codesp, algumas mudanças já estão em vigor. Uma delas, o plano
de remuneração variável dos dirigentes, agora condicionado a metas de gestão.
Modernização
A
identificação dos problemas quanto à ineficiência correspondem à segunda etapa
do estudo, apresentada na última semana. A fases inicial foi entregue no
semestre passado, com um mapeamento dos processos dentro das companhias, a fim
de identificar aqueles que são de negócios das empresas. Foram diagnosticadas
oportunidades de melhorias, tornando fases de trabalho mais racionais e
introduzindo ferramentas para integração de mecanismos de gestão.
Portos
internacionais também foram utilizados como exemplo para o processo de
modernização. Técnicos da consultoria, ao lado de representantes da SEP e da
Codesp, estiveram em Barcelona (Espanha), Portugal, Cingapura, Coreia do Sul,
China e nos Estados Unidos para “importar” os pontos fortes na gestão desses
portos.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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