(Foto:
Matheus Tagé/DL)
Por
cima, muita chuva e trovoadas. Do lado de baixo, no Viaduto da Alemoa –
principal via de acesso a Porto de Santos – um confronto entre policiais e
caminhoneiros autônomos, que iniciaram um grande protesto nesta terça-feira
(24) contra aumento do preço do diesel, excesso de pedágios e baixo valor do
frete, nos mesmos moldes que ocorrem em todo a País. Durante seis horas (entre
13 e 19 horas), os caminhoneiros congestionaram toda a pista Sul da Rodovia
Anchieta, entre os quilômetros 61 e 64, incluindo a marginal.
(Foto:
Matheus Tagé/DL)
Os
manifestantes, que ocuparam o lado direito da pista, incluindo o outro sentido,
pararam todos os veículos acima de três eixos. Somente carros, ambulâncias,
ônibus e motocicletas podiam passar pelo lado esquerdo, proporcionando diversos
pontos de lentidão. Muitos trabalhadores resolveram seguir a pé para casa. A
Polícia ameaçou retirar os caminhões, mas os guinchos da Ecovias eram
represados pelos manifestantes, que formavam grupos em vários pontos da pista.
Mais
de 100 policiais foram enviados ao local, incluindo os do 2º Batalhão de Ações
Especiais (Baep). Sete pessoas foram presas. Os detidos foram conduzidos ao 1º
Distrito Policial no Centro de Santos. O ponto crítico ocorreu por volta das
17h30, quando a Polícia Rodoviária e o reforço do Baep entraram em conflito
direto com os caminhoneiros sob e sobre o Viaduto da Alemoa. No mesmo tempo que
os manifestantes arremessavam pedras do viaduto, recebiam tiros de borracha e
bombas de efeito moral. Uma delas bateu na parede do viaduto e estourou ao lado
do grupamento de choque. Somente às 18 horas a polícia conseguiu liberar o
viaduto.
Ecovias
A
concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) - liberou a
circulação de veículos que vinham de São Paulo (Capital) somente pelo
acostamento da Via Anchieta. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) acusou
pontos de lentidão na Avenida Martins Fontes, sentido Centro-bairros, entre
Praça dos Andradas e Anchieta. A orientação era que motoristas acessassem a
Rodovia dos Imigrantes por São Vicente (seguindo pela Avenida Nossa Senhora de
Fátima).
CET
De
acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, o movimento
congestionou um trecho da Anchieta entre a entrada de Santos e o viaduto da
Alemoa, comprometendo o tráfego de veículos que saiam da Cidade em direção a
São Paulo. Por isso, segundo a empresa, a orientação aos condutores era pegar a
Rodovia dos Imigrantes por São Vicente, seguindo pela Avenida Nossa Senhora de Fátima.
Os
motivos dos protestos são os mesmos apontados pelos caminhoneiros que desde
segunda-feira paralisam rodovias brasileiras: aumento do preço do diesel, a
cobrança de pedágio por eixo suspensos dos caminhões, que passou a valer em
2013, e o valor do frete, que, de acordo com eles, não corresponde ao aumento
salarial dos trabalhadores.
A
paralisação, segundo caminhoneiros, conta apenas com o envolvimento de
trabalhadores autônomos.
Bandidos incendeiam
caminhão
(Foto: Jornal A Tribuna)
Por
volta das 21h20, um caminhão que estava estacionado no km 64, na pista de
descida da Anchieta, foi incendiado. Segundo apurou a Reportagem, cerca de 10
homens encapuzados teriam saído do mato, em direção à rodovia. Eles abordaram o
motorista, que participava do protesto na entrada de Santos, e exigiram que
descesse do veículo. Na sequência, eles jogaram gasolina e atearam fogo no
veículo.
O
fogo no caminhão foi controlado. Uma equipe do Corpo de Bombeiros já se
encontra no local da ocorrência. Não houve feridos.
(Foto: Jornal A Tribuna)
Segundo
o tenente coronel Carlos Alberto dos Santos (foto-AT), da Polícia Militar Rodoviária, a
maioria dos caminhoneiros não teria aderido ao movimento. Estavam sendo
coagidos a fazer parte do protesto. “Esse movimento não tem liderança. Não há
um sindicato por trás. Por isso, a gente não sabe quem está movimentando tudo
isso. É uma ação difícil para a polícia poder discutir, para entrar num acordo
com essas pessoas”, explica.
Ainda
conforme o tenente, equipes da Polícia Rodoviária e do Baep permanecerão no
local, mesmo que o trânsito seja escoado. “A polícia vai permanecer aqui para
dar segurança a esses caminhoneiros, que não querem aderir ao movimento”.
Santos
explica ainda que a Pista Sul, fechada desde o período da manhã, será liberada
na noite de hoje. “Tivemos que fazer uma ação de choque, para liberar os
primeiros caminhões. Daqui a alguns instantes, os veículos vão começar a se
movimentar e nós vamos liberar essa pista”.
O
tenente coronel da Polícia Rodoviária afirma ainda que cerca de dez indivíduos,
encapuzados, teriam participado do incêndio a um caminhão, que estava parado no
trecho próximo ao viaduto. “Foi uma ação de vândalos. Já temos a informação que
vândalos mascarados invadiram a cabine do caminhão e atearam fogo no
veículo”.
Polícia
O
major da Polícia Rodoviária Alexandre Xavier, que permaneceu parte do tempo
negociando a liberação do viaduto pelos caminhoneiros, disse que o principal
objetivo da polícia era o de evitar acidentes e roubos nas imediações. “Estamos
conversando para liberar o acostamento para a passagem dos veículos menores.
Estamos trabalhando com equipes de três companhias e mais reforços. O ponto
crítico é o viaduto”, resumiu.
Bloqueios pelo Brasil não
prejudicam chegada de soja
Nesta
terça-feira (24), a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou não
ter detectado até o momento problemas na chegada dos caminhões agendados para
fazer o desembarque de soja no Porto de Santos, em virtude da paralisação de
caminhoneiros e transportadores em rodovias brasileiras. Os manifestantes
protestam desde quinta-feira contra o aumento do preço do diesel e as tarifas
de frete abaixo dos custos de transporte.
O
fluxo de embarques em Santos também continua ocorrendo normalmente, já que os
terminais com armazéns têm grãos que chegaram ao porto nas últimas semanas. A
Codesp informou, entretanto, que está monitorando a evolução da paralisação
pelo País.
Participantes
do setor projetam que as interrupções do trânsito em rodovias devem trazer
impacto na chegada de cargas em Santos em breve, já que boa parte dos grãos
movimentados pelo porto vem do Centro-Oeste. Até o dia 3 de março, são
esperados navios para carregar 1,17 milhão de toneladas de soja a granel.
Fim do protesto
(Foto:
Matheus Tagé/DL)
Os
manifestantes, que ocuparam o lado direito da pista, incluindo o outro sentido,
pararam todos os veículos acima de três eixos. Somente carros, ambulâncias,
ônibus e motocicletas podiam passar pelo lado esquerdo, proporcionando diversos
pontos de lentidão. Muitos trabalhadores resolveram seguir a pé para casa. A
Polícia ameaçou retirar os caminhões, mas os guinchos da Ecovias eram
represados pelos manifestantes, que formavam grupos em vários pontos da pista.
A
entrada da Cidade só voltou ao normal às 18h30 de ontem (24).
Fonte:
Jornal A Tribuna / Diário do litoral
Edição:
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