Oficialmente,
a Companhia Docas do Pará (CDP) já se pronunciou, se for aprovado pela SEP/DEST
serão criados cargos de coordenador de segurança na modalidade de cargo de
confiança, que serão ocupados exclusivamente por empregados da Guarda Portuária.
Em
que pese a forma desse processo de mudança, vale ressaltar que já existe a
consolidação da hierarquização na CDP (gerente, supervisores e inspetores).
Dever-se-ia
reestruturar as atribuições do inspetor, dando-lhe maior autonomia sobre o
cargo da Guarda Portuária e manter o referido cargo como vantagem de progressão
objetiva do guarda portuário, garantidas por tempo de serviço no PUCS – Plano
Unificado de Cargos e Salários, e, ainda que apenas financeiramente por progressão
de faixas salariais, no Plano de Empregos e Salários – PES.
É
fato ainda que os dois planos ainda vigorem na CDP, já que nem todos aderiram
ao PES, ressaltando que existe no quadro a função de rondante (PUCS),
justamente a progressão imediata do guarda portuário antes de chegar a
inspetor, cuja progressão para rondante se dá com dois anos na atividade
profissional, e para inspetor, com cinco anos.
Alerta-se
sobre a tentativa de criação desse cargo de confiança de coordenador com o
quantitativo que está sendo prometido (ao que parece quatro para cada uma das
cinco unidades portuárias certificadas com o Isps-Code) mesmo sabendo-se da
dificuldade de prover os postos de serviço com guardas portuários com o efetivo
atual.
Vale
lembrar que ainda há vários postos descobertos e com frequência de contratados,
muitos ainda atuando na área primária de competência da GUAPOR (atividade fim)
e inconforme com a Portaria SEP 350/14, que proíbe a terceirização, mas que não
é cumprida. Assim como também nunca foram cumpridos o TAC (2006) firmado com o
MTE (abster-se de mão de obra contratada) e a Portaria SEP 121/09, que também
proibia a terceirização. Na segurança porto patrimonial da CDP o número de
contratados ainda é superior ao número de efetivos.
Não
se pode esquecer que se não fosse a insistência da Associação dos Concursados
do Pará (Asconpa), Secretaria Regional do Trabalho e o Ministério Público do
Trabalho (MPT), oito dos vinte classificados para o cargo de guarda portuário
no concurso de 2012, promovido pela CDP, não teriam sido chamados.
Ao
que parece, o reajuste salarial que contemplou guardas portuários com o
enquadramento no nível médio e com a assinatura do PES (já que os inspetores,
corretamente, não aderiram a este plano), criando-se o cargo de coordenador de
segurança, é a forma que a CDP está buscando pra compensar a defasagem e
estagnação salarial que sofreu o cargo de inspetor, cuja passagem ao cargo de
coordenador seria automática.
O
preço e custo, porém, disso tudo é a eliminação do plano de carreiras para o
cargo de guarda portuário, fato ainda inédito nessa Companhia, promovendo-se,
mais uma vez, o fator político-partidário-subjetivo, alguns outros laços
estreitos de conveniência, falta de avaliação de desempenho e mesmo troca de
favores, como meios à indicação (e possivelmente manutenção eterna) de alguns
para este novo cargo que se quer criar, elegendo-se a livre escolha em
detrimento da fé pública, competência e consolidação meritocrática por tempo de
serviço e respeito e acatamento no exercício da função, aos princípios da
administração pública, leis e normativos vigentes desse país.
Autor:
Cileno Borges – Guarda Portuário - CDP
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PRA ISTO A CDP TEM ,MAIS PRA CHAMR OS CONCURSANDOS DOS CARGOS:
ResponderExcluirAUXILIAR DE ENFERMAGEM DO
TRABALHO I-,CONFERENTE DE CAPATAZIA I-TÉCNICO DE SEGURANÇA DO
TRABALHO I-FIEL DE ARMAZÉM I ,NÃO NÉ !!ALÔ MPT, FIQUEM DE OLHO!!
CARA CONCEIÇÃO
ExcluirSE O MPT FOR INFORMADO CORRETAMENTE SOBRE A REAL SITUAÇÃO DA PROPORCIONALIDADE DESSES CARGOS QUE VC CITOU À NECESSIDADE DO SERVIÇO, COM CERTEZA MUITOS CONCURSADOS SERIAM CHAMADOS.
ATT
CILENO
A LUTA CONTINUA, SEMPRE!
ResponderExcluirCILENO BORGES