A
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) assinou com a empresa Engeterpa
Construções e Participações Ltda. contrato para execução das obras de reforma e
ampliação das instalações da antiga Ponte de Inspeção Naval, na Avenida
Saldanha da Gama, na Ponta da Praia, em Santos. A estrutura abrigará o Centro
de Controle do Sistema de Gerenciamento de Informações do Tráfego de
Embarcações, o Vessel Traffic Management Information System (VTMIS).
O
contrato foi publicado na edição da última terça-feira (2) do Diário Oficial da
União, resta apenas a assinatura do termo para o início dos trabalhos. Com
recursos de R$ 1,116 milhão da própria Codesp, o novo posto levará oito meses para
ficar pronto.
A
firma apresentou um lance de R$ 1,285 milhão pelo serviço. Mas, por ser maior
do que o valor estimado pela estatal, houve uma negociação e o limite
estabelecido foi alcançado.
O
VTMIS possibilitará o monitoramento e gerenciamento, em tempo real, do fluxo de
embarcações no canal de navegação e nas áreas de fundeio do Porto, obtendo
informações que servirão também para controle de questões ambientais e apoio em
situações de emergência. O Centro de
Controle terá uma antena VHF para comunicação com as embarcações e receberá
dados dos pontos de monitoramento, de uma estação meteorológica e de um
marégrafo. A estação meteorológica servirá para monitoração de intempéries e o
marégrafo, para identificar os movimentos de preamar (maré alta) e baixa-mar no
canal. Assim, os operadores da central poderão estimar, de forma mais precisa,
a profundidade de cada berço do cais e auxiliar os navios no momento da
atracação.
O
Sistema de Gerenciamento de Tráfego de Embarcações para o Porto de Santos
(VTMIS) é um sistema de auxílio, controle e monitoramento do tráfego de
embarcações na área do porto e em suas imediações. Além do Centro de Controle,
contará com quatro torres de monitoramento em pontos estratégicos do porto
(Ilha da Moela; Ponta de Itaipu; próximo ao Terminal Exportador do Guarujá –
TEG, na entrada do canal; e Ilha do Barnabé). Estas áreas foram escolhidas por
oferecerem segurança aos equipamentos e por possibilitarem cobertura de todo o
estuário, com uma área de varredura que vai da área de fundeio ao Terminal
Marítimo da Usiminas.
As
torres abastecerão a central com dados sobre a localização e movimentação de
embarcações. Cada uma das torres terá um radar, uma câmera de alta definição e
um transponder AIS.
O
transponder AIS (Automatic Identification System, Sistema de Identificação
Automática), é um dos equipamentos mais importantes da torre: ele recebe sinais
enviados, obrigatoriamente, pelos navios. Com esse contato, a central visualiza
a posição, a velocidade e o número de registro do navio numa carta de navegação
eletrônica exibida num monitor – seu movimento é acompanhado em tempo
real. Como a maior parte dos barcos
pequenos não emite sinais de transponder, a tarefa do radar será identificar
estas embarcações menores (até um metro quadrado de área). A câmera inteligente
apontará automaticamente para o alvo localizado pelo radar. Isso aumentará a
segurança na área de fundeio. O contrato para o fornecimento e instalação dos
equipamentos foi assinado em outubro de 2014, com previsão contratual de 44
meses para conclusão.
Pelo
menos 30 pessoas atuarão na implantação do VTMIS do Porto, que custará R$31,07
milhões à Codesp. Nos próximos quatro meses, será executado o projeto-executivo
do empreendimento. Serão destinados 16 meses a sua implantação. No restante do
tempo, haverá uma operação assistida, em que a empresa Indra capacitará os operadores
da Codesp.
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